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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Ezequiel Capitulo 09



9: 1-3 A Glória de Deus se retira


9.1-11 Os idólatras são mortos. E uma visão sobre a destruição iminente de Jerusalém.


9.1 O Deus de Israel vinha falando desde que Ezequiel viu a glória do Senhor (Ez 8.5). Agora o profeta deveria anunciar a destruição aos intendentes. O sentido literal desse termo é aqueles que têm armas, comando, consequentemente poder, os guardas da cidade (NVI). [O termo também pode significar aqueles sobre os quais pesam acusação excessiva]. Esse tipo de sentença é utilizado com frequência para descrever uma atitude vingativa (Is 10.3).


9.2 Entre eles, um homem. Provavelmente, ele era um além dos seis, somando seis homens escolhidos como algozes e mais outro representando a presença e a pureza do Deus Santo, que é digno de separar alguns para o julgamento e poupar outros da destruição (v. 3-7; Ex 12.1-13; Rm 9.14-29; Ap 7.3; 9.4). Armas destruidoras. Literalmente, instrumento de destroçar (compare com Jeremias 51.20). Aporta alta pela qual esses sete homens vieram é equivalente à porta norte do pátio interno de templo (Ez 8.3; 2 Rs 15.35). O altar de bronze era o altar do sacrifício.


9.3 E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava. Não se sabe ao certo se o querubim nesse trecho tem a ver com: (1) os querubins da arca do concerto localizada no Lugar Santíssimo, ou (2) com os querubins sobre as rodas vistos por Ezequiel (10.1-5,18). De qualquer maneira, o trecho descreve a glória de Deus abandonando o templo, depois partindo de Jerusalém, e em seguida de Judá, como visto nos capítulos 9— 11.


9:4-7 Execução da sentença


9.4 Marca com um sinal as testas. O verbo traduzido como marcar corresponde à última letra do alfabeto hebraico, que no tempo de Ezequiel se assemelhava a um x. Os marcados na testa seriam os homens que suspiram e que gemem por causa das abominações de idolatria mencionadas até então. As pessoas que demonstravam um genuíno arrependimento e aversão ao pecado foram separadas dos rebeldes de coração duro. Elas fariam parte do remanescente (v. 8), que continuaria a seguir as ordenanças de Deus (Ap 7.2-4; 9.4; 14.1).


9.5.6 Passai pela cidade após ele. A abrangência desse julgamento nos deixa chocados; entretanto, isso está de acordo com os castigos divinos da época do Dilúvio, narrado em Gênesis, até o julgamento final, descrito em Apocalipse.


9.6.7 Meu santuário. Os líderes espirituais corruptos estavam praticando idolatria e imoralidades até dentro do templo (Ez 8.3-16). O juízo divino teria início por eles, porque haviam estimulado a nação a afastar-se de Deus (1 Pe 4.17). Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos, e saí implicava realizar a execução de todos no templo, e deixar os corpos caídos ali (Lv 21.1; Nm 19.11).


9: 8-11 A intercessão de Ezequiel


9.8 O profeta ficou horrorizado com o que viu. Um servo genuíno de Deus sempre se entristece com a destruição que o povo atrai para si por meio de sua rebeldia. A interjeição ah! foi utilizada de modo sarcástico em Ezequiel 6.11; aqui é uma expressão sincera de sofrimento (como em Ezequiel 11.13). O restante, o remanescente, um grupo escolhido que seria poupado da destruição pelo Deus soberano, é um tema recorrente na Bíblia (2 Rs 19.31; Ed 9.8; Is 1.9; 10.20-23; Am 5.15; Rm 9.27-29; 11.1-8).


9.9, 10 São apresentados três motivos para a nação merecer esse terrível derramamento da ira de Deus: (1) a maldade grave e inegável da nação, e sua culpa pelo pecado (Ez 4-4-8); (2) a terra se encheu de sangue, ou violência (Ez 8.17); e (3) a perversidade, mais precisamente de injustiça. O povo, principalmente os governantes ricos, escolheu espontaneamente acreditar que Deus não enxergava ou não se importava com a injustiça.


9.11 Fiz como me mandaste. O relatório de julgamento foi levado a Deus por um homem que estava vestido de linho, a cuja cinta estava o tinteiro (ver também os versículos 3, 4), que surge como um justo prestador de contas.


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