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segunda-feira, 30 de abril de 2012

LEGIÃO DA BOA VONTADE


I - Sua História


Fundada por Alziro (Elias David Abraão) Zarur, sendo registrada a seguinte cronologia no decorrer de sua história:
1914 - Zarur nasce em 25 de dezembro, filho de um casal de católicos ortodoxos chegado há dois anos da Síria.
1926 - Aos 12 anos de idade, Zarur inicia na rádio como locutor. Neste ano diz haver tido uma revelação de Jesus dando-lhe a missão de revelar e pregar o Novo Mandamento no sentido oculto e no sentido prático. Sentido oculto: Todas as criaturas e todas as religiões do mundo são cristãs ("Livro de Deus - Saga de Alziro Zarur", José de Paiva Netto, 16a edição, pp. 9, 25, 28, 29, 64, 96, 115,133,136, 207, sumário).
1929 - Saiu da casa dos pais para morar em pensão (aos 15 anos). Usou no rádio o pseudônimo de Ricardo Rey e nos jornais o de Almanzor Kabul ou A.K. Escreveu também, para a revista Fon Fon. No rádio, notabilizou-se com o seriado As Aventuras de Sherlock Holmes.
1939 — Renunciou ao estudo de Direito.
- Em 6 de janeiro, em uma sessão espírita, uma senhora idosa (Dona Emília R. Melo) disse ter visto São Francisco de Assis ao lado de Zarur. São Francisco passou a ser o patrono da LBV.
- Lançou o programa Hora da Boa Vontade na Rádio Globo, do Rio ("Livro de Deus - Saga de Alziro Zarur", José de Paiva Netto, 16a edição, p. 79). Lá criou a Prece do copo d'água (os legionários dizem que houve muitas curas milagrosas com a Água Fluidificada ou Fluído Cósmico Universal). Origem do nome LBV: Zarur repetia textos bíblicos no rádio e dentre eles Lucas 2.14 (versão católica) Glória a Deus nas alturas, paz na terra para os homens de boa vontade (Obs.: O texto correto é boa vontade para com os homens). Boa vontade de Deus e não boa vontade dos homens.
1950 - A Legião da Boa Vontade é organizada e torna-se oficial no dia 1o de janeiro ("Livro de Deus - Saga de Alziro Zarur", José de Paiva Netto, 16a edição, p. 38).
1956 — A LBV é declarada de utilidade pública por Juscelino Kubitschek. Em 19 de junho a LBV compra a Rádio Mundial do Rio. Em julho é publicado o primeiro número da Revista Boa Vontade ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 84).
1958 - Casou-se com Iracy Abreu (uma fiel legionária) em três meses. Ela tornou-se líder do movimento feminino da LBV.
1959 - Em 5 de setembro institui a Religião do Novo Mandamento. Segundo o regimento interno: fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo; baseada em João 13.34 e no Evangelho; finalidade: pregação do Evangelho. Propunha: Sendo uma religião simbólica, não terá hierarquia, nem liturgia, não terá bens materiais, nem templos: a igreja do legionário éa sua própria casa, e cada legionário é Templo de Deus ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, sumário).
Em 7 de setembro proclama o Sentido Prático do Novo Testamento: Ou as religiões se irmanam em nome de Deus, ou o materialismo ateu as devora, à proporção que elas se combatem e se devoram fortalecendo o seu inimigo mortal, que nega a existência de Deus e a imortalidade da alma.
1963 - Zarur tenta organizar um partido político, o Partido da Boa Vontade - PBV ou Partido Trabalhista Nacional -PTN ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, pp. 39,169), o que causou muita polêmica nos meios políticos.
1966 - Vende a Rádio Mundial para a Rede Globo e, ao mesmo tempo, vende para a paróquia São Judas Tadeu de quem recebeu dinheiro e não devolveu, usando-o em investimento da LBV. Acabou indo a processo para devolver.
1976 — Cria em todo o Brasil a CAPAZ. — Caixa de Auxílio Presidente Alziro Zarur, uma caderneta de poupança, sem autorização do Banco Central.
1979 - No dia 21 de outubro morre aos 64 anos. Nesta época a LBV tinha um milhão de integrantes. Zarur era chamado por eles de Paizinho ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 39).

SUCESSOR - José Simões de Paiva Netto

Nascido em 2 de março de 1941. Neste mesmo ano, inter-relacionamento com uma previsão astrológica de Edward Lyndoe: Da América Latina surgirá um homem que dominaria o mundo sem violência e transformaria pela hei de Cristo (João 13.34). E dizem eles: este homem está no Brasil. Paiva Netto entrou para a rádio por meio de Alziro Zarur. Foi secretário, é músico e compositor e executa músicas clássicas. Quando assumiu o cargo de Presidente Mundial da LBV, Paiva Netto centralizou o foco num verdadeiro culto à personalidade de Alziro Zarur (Alziro está vivo enquanto a LBV executa suas idéias).
A LBV mantém em todos os Estados 65 programas de televisão e 300 programas de rádio. Estão também no Uruguai, Paraguai, Argentina, México e Estados Unidos.

O Unificador e o Consolidador

Graças a José de Paiva Netto, o Consolidador, a Legião da Boa Vontade é hoje uma Obra completa, pois nada lhe falta (" Saga de Alziro ZarurlI", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 88).
Alziro Zarur - o Unificador ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 111).

II - De Onde Procedem os Ensinos da LBV

A LBV não nasceu de caprichos humanos, das cobiças e baixezas humanas. Seu criador é Jesus, que segue na vanguarda do nosso movimento, formando um só rebanho para um só Pastor ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 70).
Como vêem meus queridos irmãos, empenhei-me em levar adiante a grande missão que Alziro Zarur recebeu dos Espíritos Cósmicos Superiores ("A Saga de Alziro Zarur II" José de Paiva Netto, 10a edição, p. 70).

III - O Que Faz a LBV

Por causa de suas obras assistenciais, a LBV goza de grande prestígio junto ao povo. A LBV desenvolve suas atividades dentro da preocupação de tratar da saúde do corpo e do espírito:
O sistema adotado pela Legião da Boa Vontade para distribuição da Caridade preconizada pelo fundador desta Instituição de filantropia, jornalista, Homem de Fé, Alziro Zarur, merece especial atenção e simpatia por parte dos brasileiros. Porque se trata de um tipo de Assistência Social diferente de qualquer outro existente em nosso País. E que à ajuda material está vinculado o conforto espiritual que ampara e conforta as almas ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 88).
A LBV desenvolve suas atividades dentro da preocupação de tratar da saúde do corpo e do espírito, objetivo principal do seu programa de auxílio aos necessitados. Em campanha de alto sentido humano, procura dar à Caridade Legionária uma perfeita harmonia de Solidariedade Social e Paz interior entre os seres a quem proporciona a sua proteção, inspirada nos ensinamentos de Jesus ("A Saga de Alziro Zarur II" José de Paiva Netto, 10a edição, p. 88).

IV - A LBV Veio Restaurar o Cristianismo

Em suma, a LBV é a restauração do Cristianismo do Novo Mandamento que declara cristãos todas as criaturas e, portanto, todas as religiões deste planeta. Inclusive o ateísmo, religião às avessas ("Livro de Deus", José de Paiva Netto, 16a edição, p. 25).
A LBV sempre declarou, alto e bom som, que ainda não houve Cristianismo na face da Terra. O verdadeiro Cristianismo, o do Cristo — A Religião de Deus"-só encherá a Terra quando forem destruídos todos os reinos representados na estátua do sonho de Nabucodonosor, conforme a Profecia do segundo capítulo do livro do Profeta Daniel ("Livro de Deus", José de Paiva Netto, 16a edição, p. 25).
Ainda não Houve Cristianismo na Face da Terra, Cristianismo como Jesus o quer e Como Entendem Seus Verdadeiros Seguidores. Este Cristianismo Será uma divina Realidade Quando o Mundo Entender o Significado Oculto do Novo Mandamento ("Livro de Deus", José de Paiva Netto, 16a edição, p. 212).

Resposta Apologética:
Em Mateus 16.18 está escrito: Pois também eu te digo qúe tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Vejamos alguns ensinamentos da LBV:

Há quase dois mil anos, JESUS ensinou A Verdade, mas não Toda A Verdade ("Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 141).

Resposta Apologética:
João 8.31-32 - Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
João 8.36 - Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
João 8.40 - Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto.
João 8.46-47 - Quem dentre vós me convence de pecado"?' E se vos digo a verdade, por que não me credes1? Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.
João 14.6 - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 17.17 - Santifica-os na tua verdade, a tua palavra é a verdade

V - A Religião do Novo Mandamento

Afirma a imortalidade da alma e a reencarnação dos Espíritos; confirma a possibilidade, por permissão de Deus, da comunicação entre encarnados e desencarnados; reafirma a permanente Presença de Deus em cada um de seus filhos ("A Saga de Alziro Zarur II" José de Paiva Netto, 10a edição, p. 303).
Aqueles Homens eram Incapazes de Receber, aceitar e conservar uma nova Revelação que, assim ficava reservada para os tempos vindouros, para quando chegasse o momento de cumprir-se a sentença A Letra Mata, O Espírito Vivifica, O ESPÍRITO VIHFICA. Só a reencarnação e os séculos — expiação, reparação e progresso — poderiam preparar as inteligências e os corações de maneira afazer deles Odres Novos, Capazes de Conservar o Vinho Novo ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 259).
O homem como sabeis, nasce e morre muitas vezes, antes de chegar ao estado de perfeição, no qual gozará, em toda a plenitude, das dificuldades espirituais, isto é, em que possuirá a Caridade e o Amor perfeitos ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 116).
Alziro Zarur seguiu o mesmo caminho de Allan Kardec, em cujo túmulo foi colocada a frase que sintetizou a doutrina da reencarnação: Nascer, morrer, renascer ainda; e progredir sempre. Esta é a lei.

Resposta Apologética:
A palavra reencarnação, composta do prefixo re (designativo de repetição) e do verbo encarnar (tomar corpo), significa etimologicamente: tornar a tomar corpo. Designa a ação do ser espiritual (espírito ou alma) que já animou um corpo no passado, foi posteriormente dele separado pela morte e agora torna a vivificar um corpo novo. Allan Kardec define assim: A reencarnação éa volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e que nada tem em comum com o antigo ("Evangelho Segundo Espiritismo", Allan Kardec - Obras Completas, 2a edição, Opus Editora Ltda, p. 561).
Em Lucas 16.19-31 lemos: Ora havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de Unho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, afim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite. Aqui Jesus oferece uma excelente oportunidade para dar ensinamentos sobre o que acontecerá aos homens depois da morte: Ambos morreram: primeiro o pobre que foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. A expressão seio de Abraão significava o céu entre os judeus. Se Jesus fosse reencarnacionista teria agora uma boa ocasião para insistir nesta doutrina: diria que a alma se desprende lentamente do corpo, permanecendo ainda por algum tempo em estado de perturbação e confusão; explicaria como ela readquire aos poucos um estado de consciência, lembrando as existências passadas; como procura novas oportunidades para reencarnar etc. Mas nesta passagem não encontramos nada disso: ambos morreram, ambos são julgados, um vai para o céu e outro para o inferno. Nada de sempre novas vidas, nada de interruptos progressos, nada de se comunicar com os mortos. Jesus nessa passagem não era reencarnacionista, nem espírita nem esotérico.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam pela salvação (Hebreus 9.27-28).
Um outro exemplo que temos nas Escrituras Sagradas é o da crucificação que diz: E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se és tu o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum malfez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lucas 23.39-43). Se Jesus fosse reencarnacionista não poderia ter falado assim. Poderia ter consolado este ladrão arrependido com algumas frases como esta: Deve ter paciência, pois cada qual deve resgatar-se a si mesmo. Tu cometeste muitos crimes e toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga, se não for nesta existência será em outra. Terás de reencarnar mais vezes, deveras voltar, em um outro corpo especialmente formado para você que nada tem a ver com o seu corpo antigo, para expiar e resgatar teus crimes. O que lemos é que Ele falou de modo diferente, o que Ele disse não entra na filosofia reencarnacionista. Isto demonstra que Jesus não era reencarnacionista e não cria nas vidas sucessivas.

VI -Teria Jesus Morrido por Nós?

Diz a LBV: Mesmo que alguém diga que Jesus já morreu, diremos com a Palavra do Divino Mestre na Bíblia Sagrada que Deus é Deus de vivos e não de mortos. A morte é um boato, ensina o Irmão Zarur, e todos sabemos que o Espírito é imortal. Portanto, Jesus, que não morreu por nós, mas viveu por nós, está mais vivo do que nunca na direção do planeta que Ele próprio criou ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 99).

Resposta Apologética:
Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios (Romanos 5.6).
Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.8).
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Coríntios 15.3).
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5.15).

VII - Teria Jesus um Corpo Fluídico?

JESUS não poderia nem deveria, conforme as imutáveis Leis da Natureza, revestir o corpo material do homem do nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza espiritual, mas um corpo fluídico, apto a longa tangibilidade, formado segundo as leis das esferas superiores, por aplicação e conformação dessas leis aos fluídos ambientes do nosso planeta ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 108).
Mas, não o esqueçais: todo aquele que reveste a carne e sofre, como vós, a humana— é falível. Jesus era Demasiadamente Puro para Vestir a Roupa do Culpado ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 134).
A presença de JESUS na Terra foi uma aparição espiritual tangível: o Espírito — segundo as leis naturais que acabamos de explicar — tomou todas as aparências do corpo. O perispírito, que o envolvia, foi feito mais tangível, de modo a produzir a impressão perfeita, na medida do que o reclamavam as necessidades. Mas Jesus Era Sempre Espírito ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 134).
Agora, pense: como é que O Cristo - O Deus do Planeta Terra - poderia ser fruto de concepção humana? Hoje, até as crianças entendem isso muito bem. O "nascimento"foi obra dos Espíritos mais elevados, sob as ordens do próprio Jesus. Eles cooperaram para o aparecimento do Cristo entre os homens, em corpo fluídico. Diante dos fatos, amigo, Jesus é tão judeu quanto Deus é brasileiro ("Livro de Deus", José de Paiva Netto, 16a edição, p. 99).
Não, JESUS não nasceu de ventre de mulher ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 134).
E Jesus não foi um homem carnal, como iremos provar na explicação dos Evangelhos harmonizados e unificados pela vontade de Deus ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, pp. 112-132).

Resposta Apologética:
E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho (Lucas 2.7-8).
E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, e foi lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor; (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor) (Lucas 2.21-23).
Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo espírito que não confessa que Jesus veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouviste que há de vir, e eis que já está no mundo (1 João 4.1-3). Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo (2 João 1.7).

Jesus tinha um corpo real, pois a Bíblia declara:
1. Foi concebido como homem (Lucas 1.31);
2.  Nasce como homem (Lucas 2.7);
3.  Estava sujeito ao crescimento como todos os homens(Lucas 2.52);
4.  Em toda parte se comportou como homem entre os homens:

a)  Fala com eles, sente fome (Mateus 4.2; Lc 4.2);
b)  Sede (João 19.28);
c)  Come e bebe (Mateus 11.19; Lucas 7.34);
d)  Dorme (Mateus 8.25);
e)  Caminha e cansa ao andar (João 4.6);
f)    Sua sangue (Lucas 22.44);
g)  E crucificado, morre na cruz, foi sepultado, portanto se apresenta com um corpo (Lucas 23.32-33; Mateus 27.58; Marcos 15.37).

Negando a humanidade de Jesus, obviamente nega também a LBV a ressurreição corporal, pois como poderia fazê-lo sem ter corpo? A ressurreição de Cristo corporalmente é fato histórico e de fundamental importância para o Cristianismo. Negá-la é negar o Evangelho como disse o apóstolo Paulo: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Coríntios 15.3-4).

VIII - Era Jesus Verdadeiro Deus?

Declara a LBV: Agora, o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou fosse Deus ("A Saga de Alziro Zarur II" José de Paiva Netto, 10a edição, p. 112).
Jesus não é Deus porque Deus é um Só, porque não há outro Deus senão o Pai, que é o único e verdadeiro Deus ("A Saga de Alziro Zarur II", José de Paiva Netto, 10a edição, p. 112).

Resposta Apologética:
Os cristãos professam que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. A divindade de Jesus é a pedra fundamental para a fé cristã. Jesus é Deus encarnado, que se fez homem e habitou entre os homens como escreveu o apóstolo João: e o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade (Jo 1.14). Vejamos algumas declarações do próprio Jesus:

1.Afirma ser maior do que Jonas e Salomão: Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas. A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará;porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão (Mateus 12.41-42; Lucas 11.30);

2.Maior do que Moisés e Elias, quando se transfigurou diante dos discípulos: E transfigurou-se diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele (Mateus 17.2-3);

3.Maior do que Davi que o chama de Senhor: E, falando Jesus, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o Cristo é o filho de Davi? O próprio Davi disse pelo Espírito Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Pois, se Davi mesmo lhe chama Senhor; como é logo seu filho? E a grande multidão o ouvia de boa vontade (Marcos 12.35-37);

4.Maior do que João Batista: No dia seguinte João viu a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu (Jo 1.29-30);

5.É maior do que os anjos.- Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, E ele me será Filho? E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem (Hebreus 1.4-6).
Jesus aceita de seus seguidores sentimentos que se devem somente a Deus.
a) Exige fé absoluta em suas palavras e nas suas obras: Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? (Jo 11.25-26); Não crer nele é pecado do mundo:
b) Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más (Jo 3.18-19);
c) Quem não crê nele não crê em Deus: E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer. E a sua palavra não permanece em vós,porque naquele que ele enviou não credes vós. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; e não quer eis vir a mim para terdes vida (João 5.37-40);

d) Jesus perdoa pecados, atitude que somente Deus pode realizar: E alguns dias depois entrou em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa. E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto aporta cabiam, e anunciava-lhes a palavra.
E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco; baixaram o leito em que jazia o paralítico. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: Por que diz este assim blasfêmia"? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?' E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhe disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados;ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? Ora,para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa (Mc 2.1-11);

e) Jesus declarou a Satanás, que somente a Deus devemos adorar: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás (Mt 4.10). E Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. Ele disse: Creio, Senhor! E o adorou (João 9.35-38). O apóstolo João ao receber as revelações do tempo dos fins quis se prostrar diante de um anjo ao qual lhe disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus (Ap 22.9).

f) Jesus foi chamado de Deus: E Tome respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu (João 20.28). Paulo ao escrever para Tito disse-
lhe para aguardar a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo (Tito 2.13).

A LBV, ao negar a divindade de Cristo, nega conseqüentemente a Trindade, como se lê:
Haveis de convir em que há grande presunção da parte dos homens, especialmente dos que teimam em considerar JESUS uma das três parcelas de DEUS (embora tenham DEUS por indivisível), quando pretendem que o mestre revestiu um corpo igual aos vossos ("A Saga de Alziro Zarur II" o mesmo livro citado, p. 223)
Todos os cristãos professam sua fé na Santíssima Trindade. Quanto à existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo — três pessoas distintas em uma unidade composta — ao qual damos o nome de Trindade, as Santas Escrituras ensinam e provam a existência do Pai como Deus, do Filho como Deus e do Espírito Santo como Deus como se lê nesses versículosMt28.19; 1 Co 12.3-6; 2 Co 13.13; 1 Pe 1.2;Jd20-21 entre outras passagens. Alguns alegam que Jesus é o próprio Pai enquanto estava nos céus e que depois ao nascer do ventre de Maria veio a ser o Filho, pois Ele não existia antes de nascer do ventre desta e por fim depois da crucificação tornou-se o Espírito Santo. Analisaremos a oração que Jesus nos ensinou a fazer, pois Ele disse: Pai Nosso que estás nos céus (Mt 6.9), se Ele fosse o Pai, Ele não nos ensinaria assim. Em Jo 8.14-18 se você ler com atenção poderá ver claramente que a lei mosaica aceitava como verdadeiro o testemunho de duas ou mais testemunhas, cumprindo as exigências da Lei Mosaica que dizia: Por boca de duas testemunhas, ou de três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha não morrerá (Dt 17.6), e também em Dt 19.15 diz que uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato.
Jesus usou a Lei dizendo que Ele era uma testemunha e o Pai era a outra testemunha, ou seja, duas pessoas distintas como declarava a Lei. Ele e o Pai são pessoas distintas, mas estão em essência divina, daí quem vê a Ele vê o Pai (uma única essência). Jesus usando a Lei disse: Na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou (Jo 8.17-18). Trindade é a união de três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, em uma só Divindade, sendo iguais, eternas, da mesma substância, embora distintas, sendo Deus cada uma dessas Pessoas (Mt 3.13-17; 17.1-6; 28.19; Jo 1.18; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6).

sábado, 28 de abril de 2012

A carta à igreja em Pérgamo (Ap 2.12-17)



Pérgamo era descrita por Aretas como "dada à idolatria mais do que toda a Ásia". Atrás da cidade situava-se uma colina, mais de 300 metros de altitude, coberta de templos pagãos. Entre eles o mais destacado de todos era o grande altar de Zeus, colocado sobre uma plataforma, esculpido na rocha, dominando a cidade. O culto ao imperador foi estabelecido ali primeiro que em Éfeso ou Esmirna, de sorte que posteriormente, Pérgamo se tornou o reconhecido centro do culto na Ásia. Daí dizia-se desta igreja, que habitava onde está o trono de Satanás (13). Este fator explicava a causa das dificuldades peculiares dos cristãos de Pérgamo.

O título no vers. 12 tem eco em #Ap 1.16 e antecipa #Ap 2.16. A minha fé (13) abrevia "fé em mim". A informação dada sobre o ensino de Balaão é tirada dos dois trechos, #Nm 25.1-2 e #Nm 31.16. O cristão que correspondia a Balaão provavelmente desprezava a carne, e deste modo descontava a importância da pureza física, justificando suas ações talvez, pela perversão do ensino de Paulo (repudiado por este em #Rm 3.8 e #Rm 6.1). "Permaneçamos no pecado, para que abunde a graça". O sentido de vers. 15 é ou, "Vós também tendes entre vós os nicolaítas, que vos ensinam assim como Balaão ensinava a Israel", ou "Vós também, como os efésios (6), tendes convosco os nicolaítas", sendo implícita a comparação com Balaão. Parece preferível aquele sentido. O vers. 16 apresenta a "vinda preliminar" de Cristo para o juízo se os pergamenses não se arrependerem. Ver 2.5 n. A promessa ao vencedor (17) alude à corrente expectação judaica de que desceria novamente do céu o maná quando se manifestasse o Messias. Ver II Baruque 29.8. Aqui o maná tipifica a vida espiritual, assim como "água da vida" e "fruto da árvore da vida" (#Ap 22.17-19). A promessa é especialmente apta para os que eram tentados a participar de festividades em que se comiam alimentos sacrificados aos ídolos. Abstendo-se dessas iguarias, os cristãos podiam antecipar um banquete mais farto no reino de Deus.

>Ap-2.17

A pedra branca (17) é de difícil interpretação devido aos diversos fins para os quais seixos foram empregados pelo mundo da antigüidade, cada um dos quais dava um excelente sentido simbólico. Assim uma pedra branca entregue por um júri significava ao réu sua absolvição, uma preta, culpabilidade. O seixo do vencedor outorgava-lhe ingresso a todas as festividades públicas. O tessern hospitalis estava em duas partes, inscritas com dois nomes cujos donos trocaram partes de maneira que cada pessoa tinha um convite aberto para a casa da outra. O Sumo Sacerdote levava doze pedras no seu peitoril inscritas com os nomes das doze tribos de Israel. Isto de modo nenhum exaure todas as possíveis interpretações. A nossa interpretação será em parte condicionada na nossa compreensão do novo nome escrito na pedra. Se o nome é de Cristo ou de Deus (cfr. #Ap 3.12 e #Ap 19.12), então pode haver uma alusão ao conceito do poder inerente ao nome de Deus; o cristão participa do poder de Deus e apropria para si de um modo que nenhum outro o pode fazer. Se o nome é um novo nome conferido ao crente, então a alusão é ao hábito de conferir novos nomes às pessoas que atingiram um novo estado, como Abrão e Jacó se tornaram Abraão e Israel; a pedra branca então significa o direito do vencedor de entrar no reino de Deus em um caráter todo próprio, moldado nele pela graça de Deus. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Aprenda a Responder o Catolicismo Romano

I - Introdução

A Igreja Católica Apostólica Romana ou catolicismo romano é um dos três ramos do Cristianismo que, com os protestantes e ortodoxos, formam sem dúvida nenhuma o maior grupo dentro do Cristianismo. É uma religião que influenciou e influencia profundamente o mundo ocidental e a humanidade de modo geral. Não nos deteremos na análise da influência político-social exercido por ela. Infelizmente, em nome de sua tradição contrária às Escrituras, o catolicismo romano sacrificou o autêntico Cristianismo ao longo dos séculos.
Nós, cristãos, devemos amar os católicos, mas não invalidar a verdade bíblica. O apóstolo João declarou que temos de ter amor pela verdade: 0 presbítero à senhora eleita, e a seus filhos, aos quais amo na verdade, e não somente eu, mas também a todos os que têm conhecido a verdade. Por amor da verdade que está em nós, e para sempre estará conosco: A graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor (2 João 1-3). O reformador Martinho Lutero concorda com o apóstolo João ao declarar que era maldita a união que sacrificasse a verdade.
Antes de continuarmos, é importante observar que as doutrinas comuns entre católicos romanos e evangélicos são muitas, porém, com pesar, dizemos que as divergências que há entre eles e nós, além de também serem muitas, são bastante acentuadas. No entanto, reconhecemos que o catolicismo romano, embora tenha incorporado muitas doutrinas antibíblicas, preservou também doutrinas fundamentais do Cristianismo.

II - Considerações Gerais

1. Fonte de Autoridade Religiosa: A Bíblia e a Tradição

A Igreja Católica Romana afirma que a Bíblia, por si só, não constitui todo o campo do conhecimento de Deus, e que, por isso, deve ser suplementada pelos ensinos da tradição. As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na tradição ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 160, resposta à pergunta 870).
Respondendo à pergunta de como se pode ter consideração à tradição, foi dito que: A tradição deve ter-se na mesma consideração em que se tem a Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 162, resposta à pergunta 887).
Explica a Igreja Católica ainda o que abrange a tradição: A tradição é a palavra de Deus não escrita, mas comunicada de viva voz por Jesus Cristo e pelos apóstolos, e que chegou sem alteração, de século em século, por meio da Igreja, até nós ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976; resposta à pergunta 885, p. 162). Continua ainda a esclarecer que os ensinamentos da tradição acham-se principalmente nos decretos dos Concílios, nos escritos dos santos padres, nos atos da Santa Sé, nas palavras e nos usos da Sagrada Liturgia ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; resposta à pergunta 886, p. 162).

Resposta Apologética:
Sabemos que toda instituição possui suas tradições, uso e costumes, e que em alguns casos essa tradição é salutar: Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa (2 Ts 2.15). E louvo-vos, irmãos,porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei (1 Co 11.2) e: Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho;porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós (2Tm 1.12-14). No entanto, quando essa tradição contradiz as Sagradas Escrituras, ela deve ser rejeitada: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais (1 Pe 1.18). A tradição pode tornar-se uma traição ao Evangelho: E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus (Mt 15.6). É, sem dúvida nenhuma, um outro evangelho como o apóstolo Paulo escreveu: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (Gl 1.8). A Igreja Católica Romana no Concilio de Tolosa, em 1222, proibiu a leitura da Bíblia aos leigos, passando a tradição a ter mais autoridade do que a Palavra de Deus. Essa proibição antibíblica do catolicismo romano nos remete à advertência do Senhor Jesus aos judeus: Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos dos homens; porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição (Mc 7.7-9). É dever de todo o homem ler a Bíblia. E somos orientados a agir dessa forma pela própria Palavra (Dt 6.6-7; 31.11-12; Js 1.8; Is 34.16; At 17.11; 2Tm 3.15-17). Os cristãos evangélicos sustentam que, em matéria de fé e prática, a Bíblia é suficiente. Cremos, ser a Bíblia a Palavra de Deus, única regra infalível de fée conduta para a vida e o caráter cristão (Pv 30.5-6; Mt 15.1-3; At 20.27; 1 Ts 2.13; 2 Tm 1.5; 3.15-17). Aceitamos a tradição que confirma, aponta, indica para a Bíblia, que está de acordo com as Sagradas Escrituras, e simplesmente como mero apêndice e nunca igual ou superior à gloriosa Palavra revelada de Deus: Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro (Ap 22.18-19).

2.A Igreja Através dos Séculos


Não cremos na teoria de que a Igreja tenha se apostatado. Jesus garantiu: Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; (Mt 16.1%); A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém (Ef 3.21). Sempre houve os que rejeitavam a autoridade papal e o padrão imposto pela Igreja, eles eram a Igreja de Jesus Cristo. Dentre eles mencionamos os cátaros, os albigenses, os valdenses. Deus sempre teve testemunhas na Terra (Gn 6.5-8).

3. O Culto Católico


Não é necessário sequer estudar os dogmas da Igreja Católica para se perceber o seu desvio do Cristianismo autêntico e, para isso, basta assistir a uma missa. Todo aquele aparato e ritual é característica do paganismo. Ninguém encontra esse modelo de culto no Novo Testamento. No culto judaico, do Antigo Testa­mento, havia esse aparato por causa do significado e da simbologia com a vida e obra do Messias, isso está explicado na epístola aos Hebreus. Além disso, esses ritos judaicos eram apenas no tabernáculo e depois no templo, nunca nas sinagogas. Nada há em comum entre a missa da Igreja Católica e o culto cristão registrado no Novo Testamento. O culto cristão é simples, conforme declara a Bíblia: Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (1 Co 14.26).

4. Crescimento que Assusta


Não temos a intenção de atacar nenhuma religião. Devemos amar e respeitar os católicos, e ser bons amigos deles. Muitos deles são tementes a Deus e estão preocupados com a sua salvação.
a) É dever de todos respeitar a religião dos outros. Evangelizar não é sinônimo de desrespeitar a religião e símbolos sagrados dos outros;
b) Crescendo pelo poder do Espírito Santo. A revoada dos católicos para as igrejas evangélicas é grande. Isso tem preocupado o catolicismo romano. Implantaram a Rede Vida, afirmando que a Igreja cresce por meio de estratégias de marketing. Nós crescemos e expandimos pelo poder do Espírito Santo, mesmo sob as  perseguições do clero. Jesus disse que quem converte o homem é o Espírito Santo (Jo 16.8-11).

III - Os Livros Apócrifos

Os livros apócrifos nunca fizeram parte do Cânon Sagrado dos judeus, isto é, na Bíblia hebraica, até hoje. Esses livros e alguns outros aparecem na Septuaginta. A Bíblia hebraica, ainda hoje, está dividida em três partes: Lei, Hagiógrafos (Escritos Sagrados) e Profetas. Segundo Josefo, era essa a divisão da Bíblia do primeiro século. Essa mesma divisão aparece em Lucas 24.44, sendo que Salmos representam os Hagiógrafos. Nesse Cânon não constam os apócrifos.
A palavra apócrifo vem do grego apochriphos e significava escondido, impuro, espúrio (não legítimo). Em 1546, o Concilio de Trento, convocado pela Igreja Católica, oficializou definitivamente a inclusão, na Bíblia, de sete livros e quatro acréscimos aos livros canônicos, como seguem: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1 e 2 Macabeus.

1. Acréscimos

Ao livro de Ester (10.4;16.24); Cântico dos três Santos Filhos ao livro de Daniel, de (3.24-90); História de Suzana ao livro de Daniel (capítulo 13); Bel e o Dragão ao livro de Daniel (capítulo 14).
Esses livros e acréscimos foram denominados de deutero-canônicos: (segundo cânon) pelo referido Concilio, para dar-lhes a legitimidade que até então não possuíam. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.

2. Diferenças de Nomes dos Livros

A lista dos livros da Bíblia Católica comporta 46 (45, se contarmos Jeremias e Lamentações juntos) escritos para o Antigo Testamento e 27 para o Novo:


1.— Gênesis
2.— Êxodo
3.— Levítico
4.— Números
5.— Deuteronômio
6.— Josué
7.— Juízes
8.— Rute
9.—1 Samuel
10.— 2 Samuel
11.— 1 Reis
12.— 2 Reis
13.— 1 Crônicas
14.— 2 Crônicas
15 — Esdras
16.— Neemias
17.—Tobias
18.— Judite
19 — Ester
20.— 1 Macabeus
21.— 2 Macabeus
22.—Jó
23.— Salmos
24.— Provérbios
25.— Eclesiastes (ou Coélet)
26.— Cântico dos Cânticos
27.— Sabedoria
28.— Eclesiástico (ou Sirácida)
29.— Isaías
30.— Jeremias
31.— Lamentações
32.— Baruc
33.— Ezequiel
34.— Daniel
35.— Oséias
36—Joel
37.— Amos
38.—Abadias
39.— Jonas
40.— Miquéias
41.— Naum
42.— Habacuc
43.— Sofonias
44.— Ageu
45.— Zacarias
46.— Malaquias


("Catecismo da Igreja Católica" , Edição Típica Vaticana, Editora Vozes e Edições Loiola, SP. 1999, p. 43).

Portanto, a Bíblia católica tem 46 livros no Antigo Testamento (7 apócrifos) e 27 no Novo Testamento, perfazendo um total de 73 livros, diferentemente da Bíblia protestante, que tem 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, somando 66 livros.
Em algumas edições católicas há diferenças de nomes dos livros:

Edição Católica              Edição Protestante
1  Reis                              1 Samuel
2  Reis                              2 Samuel
3  Reis                              1 Reis
4  Reis                              2 Reis

1  Paralipômenos               1 Crônicas
2  Paralipômenos               2 Crônicas

1  Esdras                           Esdras
2  Esdras                           Neemias

IV - O Papado


1. Instituição do Papado

Ninguém pode negar a influência político-religiosa do papa entre as nações, mas, biblicamente, esse cargo não existe. A teoria de que Pedro foi o primeiro papa não resiste à análise bíblica. A tradição católica romana diz que Pedro foi papa em Roma du­rante 25 anos.
O catolicismo afirma que 0 Papa, a quem chamamos também Sumo Pontífice ou romano Pontífice, é o sucessor de São Pedro na Sede de Roma, o vigário de Jesus Cristo na terra, e o chefe visível da Igreja ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia  edição, agosto de 1976; p. 44, resposta à pergunta 191).
E mais: Um cristão assim, cuja vida é conduzida pelo Espírito, não porá nunca em questão a obediência de vida às diretivas da Igreja ou do sucessor de Pedro, o Cristo visível na terra ("Sereis Batizados no Espírito", Haroldo J. Rahm, S.J. e Maria J.R. Lamego, edições Loyola, São Paulo 1992, 6a edição, p. 38).

NOTA: As seguintes expressões sobre o papa contrariam a Bíblia:
1 - Sumo Pontífice: Jesus é o Sumo Pastor (1 Pedro 5.4); - É a Ponte ou caminho entre nós e Deus (João 14.6; 1Timóteo 2.5);
2 - O Vigário de Jesus é o Espírito Santo e não o papa (João 14.16-18);
3 - O chefe invisível da Igreja é Jesus. Um Cristo visível só pode ser um falso cristo (Mateus 24.23-24; Efésios 1.20-22).

2. Prerrogativas Papais

Falando das prerrogativas do papa, o ensino católico é o seguinte:
Pode errar o papa ao ensinar a Igreja?
O papa não pode errar, quer dizer, é infalível nas definições que dizem respeito à fé e aos costumes ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 45, resposta à pergunta 196).
Nota: Todo o homem é falível (Romanos 3.3-4; Mateus 23.9-11) o único infalível é Jesus, cujas palavras não passarão (Mateus 24.35).

3. Suposto Apoio Bíblico

Para fazer essas bombásticas declarações, o papa se vale da pessoa de Pedro. Cita a confissão de Pedro em Mateus 16.16-19: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão con­tra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus. Dessa passagem, a Igreja Católica Romana derivou o seguinte raciocínio: Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja Católica está edificada.
A ele foi dado o poder das chaves, e, portanto, só ele pode abrir a porta do Reino dos céus. Só ele pode ligar e desligar. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma e, com isto, distinguiu aquela cidade como o centro do governo eclesiástico e espiritual, que deve reger todas as igrejas em toda parte. Finalmente, por sucessão ininterrupta, toda a autoridade dada a Pedro foi conferida, até nossos dias, à extensa linhagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo sobre a Terra (Teoria da Sucessão Apostólica).

4. Exegese de Mateus 16.16-19: Tu És Pedro, e sobre esta Pedra...

A expressão sobre esta pedra relaciona-se com a resposta de Pedro, Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. É sobre Cristo que a Igreja foi edificada, e não sobre Pedro. Jesus afirmou que Ele mesmo era a Pedra (Mt 21.42). Essa afirmação é uma interpretação veraz do Salmo 118.22-24. O próprio Pedro identifica Jesus como a Pedra (At 4.11-12; 1 Pe 2.4-6). Se Pedro foi papa durante 25 anos, então existe algo errado, já que esse apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, por volta de 67 ou 68 a.D. Subtraindo desta data 25 anos, retrocederemos ao ano 42 ou 43 a.D. Nessa época não havia ocorrido ainda o Concilio de Jerusalém (At 15), que se deu mais ou menos no ano 48 a.D., ou um pouco depois. Pedro participou do Concilio, mas foi Tiago quem o realizou e presidiu (At 15.13-19). Em 58 a.D., Paulo escreveu a epístola aos Romanos. E no capítulo 16 mandou saudação para muita gente em Roma, mas Pedro sequer é mencionado. Por outro lado, Paulo chegou a Roma no ano 62 a.D. e foi visitado por muitos irmãos (At 28.30-31). Todavia, nesse período, não há nenhuma menção a Pedro ou a algum papa. O apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma: Efésios, Colossenses e Filemom (62 a.D.) e Filipenses (entre 67 e 68). Pedro não é mencionado em nenhuma delas. Novamente, não se tem notícia desse suposto papa. Assim, não existe fundamento bíblico nem subsídio histórico para consubstanciar a figura do papa. Ainda sobre o poder concedido a Pedro, estaria Jesus outorgando autoridade para que outras pessoas a exercessem de forma singular como outra cabeça da Igreja? Devemos considerar o texto em estudo e seu contexto em relação a:
1. Enquanto Pedro é mencionado na segunda pessoa (tu), a expressão esta pedra está na terceira pessoa.
2. Pedro (petros) é um substantivo masculino, enquanto pedra {petra) é um feminino singular. Conseqüentemente, essas palavras não têm a mesma referência. Ainda que Jesus tivesse falado em aramaico, o original grego inspirado traz as distinções.
3. A mesma autoridade concedida a Pedro por Jesus estende-se também a todos os apóstolos em Mateus 18.18.
4. Pedro não era representante dos demais apóstolos. Em Mateus 16.23 encontramos Pedro sendo repreendido por Cristo à parte dos apóstolos. Os demais apóstolos, por sua vez, também foram exortados por Jesus na mesma ocasião. Se Pedro tivesse de fato primazia sobre seus companheiros de ministério, Jesus não o teria repreendido longe deles (w. 22-23).
5. O impressionante é que até mesmo certas autoridades católicas estão de acordo que a referência estudada não diz respeito a Pedro, o destaque aqui para João Crisóstomo e Agostinho. Escreveram:
Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste. Eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu ("Agostinho - Comentário sobre o Evangelho de João").
Se considerarmos o fato de que Pedro é uma pedra não-angular, assim como alguns não-católicos acreditam, chegamos à conclusão de que ele não era a única pedra na fundação da Igreja. E notável que Jesus deu a todos os apóstolos o mesmo poder para ligar e desligar (Mt 18.18). Essa autoridade era comum aos rabinos, que tinham o privilégio para dar permissão e proibir. Não se tratava de uma porção de poder concedido somente a Pedro, mas também à Igreja, pela qual proclamamos o Evangelho, o perdão de Deus e seu julgamento aos impenitentes. Em Efésios 2.20 encontramos que a Igreja fora constituída sob a fundação dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular. Assim, todos os apóstolos, e não somente Pedro, são a fundação da Igreja. Contudo, o único que tem preeminência sem igual é Cristo, a pedra angular. O próprio Pedro referiu-se ao Senhor Jesus como o fundamento da Igreja (1 Pe 2.7). Os demais crentes, portanto, são as pedras vivas (v. 5) nessa edificação. Não há nenhuma indicação de que a Pedro fosse determinado, acima dos demais apóstolos, um lugar de proeminência na fundação da Igreja. O papel de Pedro, no Novo Testamento, está longe da reivindicação católica romana de que ele tinha e era autoridade sobre seus companheiros. Embora o encontremos como orador principal no dia de Pentecostes, sua atuação no restante do livro de Atos é escassa, sendo ele considerado como um dos apóstolos. De forma muito clara, Paulo falou o seguinte: em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos (2 Co 12.11). Será que uma leitura mais cuidadosa da carta aos Gálatas fará com que aceitemos que algum apóstolo foi superior a Paulo? Creio que não. Pois Paulo reivindicou para si uma revelação independente dos demais apóstolos (Gl 1.12; 2.2), reconheceu que seu chamado era semelhante ao ministério de Pedro (Gl 2.8), a ponto de usar de sua autoridade para repreender a Pedro (Gl 2.11-14). O fato de Pedro e João serem enviados pelos demais apóstolos a uma missão especial em Samaria demonstra que Pedro não tinha uma posição superior entre eles (At 8.4-13). Se Pedro era superior aos demais, por que é dispensada ao ministério de Paulo uma atenção maior, fato constatado nos capítulos 13-28? No primeiro concilio realizado em Jerusalém (At 15) a decisão final não partiu de Pedro, mas, sim, dos apóstolos e dos anciãos. Além disso, foi Tiago, e não Pedro, que presidiu o conselho (At 15.13). Em momento algum, já que era superior aos demais apóstolos, Pedro reivindicou ser pastor das igrejas, antes exortou os presbíteros para que cuidassem do rebanho de Deus (1 Pe 5.1-2). Embora reconhecesse ser um apóstolo (1 Pe 1.1), ele não se intitulou o apóstolo, ou chefe dos apóstolos. Sabia que era apenas uma das colunas da Igreja, com Tiago e João, e não a coluna principal(Gl 2.9). Contudo, foi falível em sua natureza. Somente a Palavra de Deus é infalível. Isto não quer dizer que ele não teve um papel significante na vida da Igreja. Segundo afirmação do catolicismo romano, os sucessores de Pedro ocupam sua cadeira. Quando, portanto, analisamos as Escrituras, encontramos critérios específicos para o apostolado (At 1.22; 1 Co 9.1; 15.5-8), de modo que n%o poderia haver sucessão apostólica no bispado de Roma ou em qualquer outra igreja. Quanto às chaves entregues simbolicamente a Pedro, elas não significam que ele tinha poder para fazer entrar no céu quem ele quisesse. Essas chaves representam a propagação do Evangelho, pela qual todos os pregadores, e não Pedro apenas, podem abrir as portas dos céus aos pecadores que desejam ser salvos. Jesus foi explícito e enfático ao ordenar a divulgação das boas-novas em Lucas 24.46-47. A mensagem de salvação produz arrependimento. E arrependimento é fé na pessoa e obra de Cristo, ou seja, em sua morte e ressurreição. Pedro abriu as portas do céu para os seus ouvintes no dia de Pentecostes (At 2.37-41); na casa de Cornélio (At 10.42-43).

V - O Mariocentrismo Católico Romano (Mariolatria)

A Igreja Católica Apostólica romana tributa a Maria, mãe de Jesus, vários títulos e honrarias que pertencem exclusivamente a Jesus Cristo. Com isso não concordam os evangélicos e isto tem provocado uma animosidade entre católicos e evangélicos, julgando os católicos que os evangélicos desrespeitam Maria, mãe de Jesus. E uma situação que logo vem à baila quando falamos com os católicos sobre Maria. Os evangélicos se esforçam para respeitar Maria dentro do que diz a Bíblia sobre ela, enquanto o ensino católico no Brasil sobre Maria é tão fora da Bíblia que o culto que se presta a Maria pode ser visto como simplesmente Mariolatria. Essa nossa colocação é vista como imprópria pelos católicos, no entanto, a Igreja Romana, na ansiedade de defender eprovar seus ensinos sobre Maria, tornou-se Mariocêntrica, diferente do cristão, que é Cristocêntrico.
A) O Que é Cristocêntrico? É ter Jesus Cristo como centro da fé, como a Bíblia Sagrada nos ensina, ter a Jesus como único e suficiente salvador, mediador, consolador;
B) O Que é Mariocêntrico? É ter Maria como centro da fé, como mediadora, consoladora, intercessora, advogada;
Pode Ser o Cristão Cristocêntrico e Mariocêntrico? Não, ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24), há um só senhor, (1 Co 8.5-6), há um só salvador (At 4.12), há um só mediador (1 Tm 2.5).

Dogma da Igreja Romana Sobre Maria
Ensino da Bíblia Sobre Maria
1. - Maria, Mãe de Deus Concilio de Éfeso, 431
1. - Maria, Mãe de Jesus (Mt 1.18-25)
2.-Maria, Sempre Virgem Ela teria se mantido nessa condição por toda a vida. Dogma aceito no quarto século
2. - Maria, teve Outros Filhos (Mt 1.25; Mc 6.3-4; 4.31-35)
3. - Maria, Imaculada Foi concebida e nasceu livre do pecado Original. Dogma decla­rado pelo papa Pio IX, em 1854
3. - Maria, Nasceu Sob Pecado (Lc 1.47; Rm 3.23; 5.12)
4. - Maria, Assunta ao Céu O corpo de Maria subiu ao céu. Dogma .Declarado pelo papa Pio XII, em 1950
4. - Maria, aguarda a Ressurreição (1Ts 4.13-18)

Vejamos outros exemplos do Mariocentrismo católico: Existe mais Igrejas Romanas em honra, louvor, adoração e homenagem a Maria, do que a Jesus Cristo;
O terço romano:
O Rosário se divide em três Terços: Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. O Terço é um conjunto de Ave-Marias e Pai-Nossos. São cinqüenta Ave-Marias rezadas em grupos de dez, que se chamam Mistério. Após cada Mistério segue um Pai-Nosso. O Terço é a terça parte do Rosário ("Rezemos o Terço", Pe. José Geraldo Rodrigues. Editora Santuário - Aparecida-SP, 1996, pp. 4-5). Se ora mais a Maria, que ao Pai.
Até na idolatria, ou na construção de imagens de esculturas, se faz mais imagens de Maria, do que de Jesus Cristo. Os católicos romanos colam mais adesivos de Maria em seus veículos do que os de Jesus.
Há mais aparições, sonhos, revelações aos adeptos da Igreja Romana de Maria do que de Jesus.

1. A Virgem Maria

O padre católico André Carbonera em um artigo denominado de Pascoladas declara algo que vai mais além do que uma crítica aos evangélicos em decorrência da nossa posição bíblica com relação aos títulos e honrarias que os católicos tributam a Maria.
Muitos afirmam crer em Jesus, mas têm ódio da Mãe do mesmo Jesus... Ah, eu adoro Jesus! Tenho Jesus no meu coração. Jesus é meu tudo. Entretanto, desconhecem, negam, rejeitam e insultam a Mãe de Jesus... em nosso peregrinar terráqueo, quanto mais pistolões houver, melhor! Por que jogar fora, então, aqueles que pedem e rezam por nós, bem pertinho de Deus e de Jesus, como Maria e os Santos? Sena uma inútil auto-suficiência e uma enorme burrice...!
Primeiramente deixamos claro que não odiamos Maria, mãe de Jesus. Só queremos vê-la no seu próprio lugar indicado na Bíblia. Como poderíamos odiar Maria? E uma acusação sem fundamento. Em toda a literatura evangélica sobre a identidade de Maria não pode ser encontrado algo que possa justificar essa acusação tão absurda. Amamos Maria como a mãe de Jesus como apresentada na Bíblia.
Para desfazer esse equívoco, nada melhor do que apresentar o que a Bíblia realmente fala de Maria e depois confrontar com a posição católica sobre Maria.
Para esse confronto vamos examinar o livro "Glórias de Maria" de S. Afonso de Ligório, doutor da Igreja e fundador da congregação do Santíssimo Redentor. O nome da editora é Editora Santuário, de Aparecida, onde se situa o Santuário da Conceição Aparecida. Os editores informam que o livro é uma das obras mais conhecidas do santo doutor. Um livro que, em 23 7 anos, teve 800 edições, ainda que marcado pelo tempo, não precisa de justificativas para ser reeditado. Abordando o valor do livro o tradutor assim se pronuncia: Com as Glórias de Mana ergueu Afonso um perene monumento de seu terno e vivíssimo amor a Mãe de Deus ("Glórias de Maria". S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, p. 13).
Diz ainda o tradutor: São freqüentes no presente livro as referências a Revelações. Que pensar sobre tais Revelações? Tais Revelações feitas por Deus mesmo, ou por meio de anjos e santos, são possíveis, são reais, e sempre existiram na Igreja. Pertencem à categoria das graças extraordinárias de Deus ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário, Aparecida - SP, p. 15).
Não pode ser alegado, pois, que se trata de obra não reconhecida pela Igreja Católica Romana.
Nesse confronto verificamos que os títulos e honrarias prestados a Jesus na Bíblia são transferidos a Maria, colocando-a, em diversas oportunidades, como alguém que se deve recorrer, de preferência, à pessoa augusta e soberana de nosso Senhor Jesus Cristo.

1.1.- Maria é deusa para os católicos?

Os católicos manifestam seu sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos nessa declaração, mas os fatos falam por si mesmos.O livro "Glórias de Maria" atribui a Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia confere ao Senhor Jesus Cristo. Chama Maria de onipotente e por outros atributos divinos.
Sois onipotente, ó Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis. Os pecadores só por intercessão de Maria obtêm o perdão. O, mãe de Deus, vossa proteção traz a imortalidade; vossa intercessão, a vida. Em vós, Senhora, tenho colocado toda a minha esperança e de vós espero minha salvação, ...Maria é toda a esperança de nossa salvação, ...acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição de 1989, pp. 76-77,147).
Pedro recomenda: Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém (2 Pe 3.18). Quando conhecemos melhor o Jesus da Bíblia não podemos concordar com os títulos e honrarias que se prestam a Maria, pois acreditamos que nem mesmo Maria aceitaria a transferência para ela das honras que são exclusivas ao seu Filho - nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

2. Posição de Maria na Bíblia

Maria procurou interferir na obra salvífica de Jesus por três vezes durante o seu ministério. A primeira vez que Maria assim o fez foi quando Jesus visitou o templo, na idade de 12 anos. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? (Lc 2.48-49).
Na segunda vez foi na festa de casamento, em Caná da Galiléia: E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora (Jo 2.3-4).
E a terceira vez foi em Cafarnaum, quando Jesus estava pregando: Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar. E a multidão assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha mãe (Mc 3.31-35).
Mesmo quando Jesus foi interrompido no seu discurso por uma mulher que elogiava Maria por lhe ter amamentado e lhe dado à luz, Jesus não elogiou a mulher: Disse a mulher: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste! Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.27-28). Jesus assim falando, afirmou que existe mais bem-aventurança em ouvir a Palavra de Deus e guardá-la do que ter sido filho de Maria.
Em outras ocasiões mencionadas na Bíblia onde Maria aparece, notamos o seguinte:
1. Maria, ao receber a notícia que seria mãe do Salvador, se pronunciou como necessitada de um Salvador: Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (Lc 1.46-47).
2. Quando os magos visitaram Jesus, na sua infância, dirigiram-se a Jesus e não a Maria.   E o que lemos em Mateus 2.11: E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram.  como se vê, os magos não adoraram Maria, mas adoraram Jesus.
3. A última referência bíblica a Maria é a que se vê em Atos 1.14 quando ela se encontrava em oração com os demais seguidores de Jesus: Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. Fora isso, nada mais se lê no livro de Atos sobre Maria, assim como em todo o restante do Novo Testamento.

3. Títulos e Honrarias

Existem cerca de 150 títulos dados a Jesus Cristo na Bíblia e que os cristãos precisam conhecer. Se não todos, pelo menos alguns deles devem ser conhecidos. Certamente isso evitará que aceitemos que os títulos atribuídos a Jesus sejam passados para Maria, sua mãe.

4.        Confronto entre a Posição de Maria na Igreja Católica Romana e a Posição Bíblica


Declarações Blasfemas:
Isso motiva então as palavras de Eádmero ao afirmar que nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 208).
NOTA: Hebreus 7.25 afirma que a nossa salvação é efetuada inteiramente por Jesus.
Há muito tempo teria já cessado de existir o mundo, assevera Fábio Fulgêncio, se não o tivesse Maria sustentado com suas preces ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida - SP, edição 1989, p. 209).
Nota: Lemos em Hebreus 1.3 que o mantenedor do universo é Jesus.
Podemos, entretanto, ir seguramente a Deus e dele esperar todos os bens, diz Amoldo de Chartres, agora que temos o Filho como nosso medianeiro, junto ao Pai, e a Mãe como nossa medianeira junto ao Filho. Como poderia o Pai deixar desatendido ao Filho, quando este lhe mostra as chagas recebidas por amor aos pecadores? E como poderia o Filho desatender à Mãe, mostrando-lhe esta os seios que o sustentaram? ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida - SP, edição 1989, p. 209).
Maria livra do inferno a seus devotos. Um verdadeiro devoto de Maria não se perde ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989 p. 182).
É impossível salvar-se quem não é devoto de Maria e não vive sob sua proteção, diz S. Anselmo, e também é impossível que se condene a Virgem, e por ela é olhado com amor ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 183).
Nota: Em relação a esse ensino, a posição evangélica é a de que há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Tm 2.5). Ouvindo a Palavra de Deus: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Rm 10.17), o Espírito Santo convence o pecador do pecado da incredulidade (Jo 16.7-9) e ele recebe a Cristo como Senhor e Salvador dele e recebe o perdão de pecados e a certeza de que agora é filho de Deus (Jo 1.12; 1 Jo 2.1-2,12; 3.1-3), com direito à herança no céu (Jo 14.2-3). Jesus nos livra da ira vindoura (Mt 25.34; Rm 8.1; Hb 7.25).
No livro "Sereis Batizados no Espírito", Haroldo J. Rahm, S.J. e Maria J.R. Lamego, Edições Loyola, São Paulo 1992, 6~ edição, p. 38 o escritor apresenta as vantagens da renovação carismática para os católicos, ao dizer: Nova Apreciação da Igreja, da Liturgia, da Eucarística, de Maria.
O Padre Marcelo declara: Maria nunca foi motivo de vergonha para Deus, mas motivo de muita alegria. Em sua humildade, fidelidade e capacidade de amar, tornou-se divina. Encontrou-se a si mesma no mistério profundo do amor do Senhor. Aqui veremos o que fazer para ter contato maior com a nossa Mãe que, em todos os momentos, por sua intercessão, nos guarda em seu coração e nos conduz à santidade ("Aprendendo a dizer sim com Maria", Pe. Marcelo M. Rossi, Editora Vozes, 1998, p. 7).

5. Assunção de Maria

O ensino católico é:
Na festa da Assunção da Santíssima Virgem, a Igreja celebra a morte preciosa e a gloriosa assunção da Virgem Maria ao Céu. Com a alma de Maria foi levada ao Céu também o seu corpo. A assunção de nossa Senhora em corpo e alma ao céu foi definida pelo Santo Padre Pio XII, em 1o de novembro de 1950 ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 219, resposta às perguntas 173,175).
NOTA: Jesus é chamado as primícias dos mortos (1 Co 15.20) e a próxima ressurreição, em corpo glorificado, se dará na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.22-23, 51-54; 1 Ts 4.16-17).

6. Mãe de Deus

O catolicismo romano, contrariando o Evangelho de João 2.1-2 — mãe de Jesus, considera Maria como se ela tivesse atributos da divindade, atribuindo-lhe os títulos: co-Redentora; Advogada; Refugio dos Pecadores; Arca de Noé; Medianeira etc.

Resposta Apologética:
Um dos motivos desse entendimento católico se dá devido à interpretação incorreta do título Theotókos {mãe de Deus) dado a Maria. No Evangelho de João 2.1-2, diz: mãe de Jesus, que na língua grega é meter ton Iesous. O título Mãe de Deus do grego Theotókos, foi dado a Maria no Concilio de Efeso, em 431 a.C. Theotókos, Deípara, era menos assustador do que o português Mãe de Deus, realçava mais a divindade do Filho do que o privilégio da mãe. Exaltava a pessoa de Jesus, reafirmando sua divindade (basta verificar nos documentos da Igreja Os Anátemas de Cirilo de Alexandria, que toda ênfase é dada à pessoa de Jesus). O importante documento intitulado Tomo de Leão declara: o Senhor tomou da mãe a natureza, não a culpa. Leão, bispo de Roma (440-461), acreditava que Maria deu a Jesus a natureza humana e não cria na Imaculada Concepção de Maria, já que ele acertadamente diz que o Filho não herdou a culpa da mãe. Finalmente, temos de considerar ainda que o título Theotókos foi aplicado como: mãe de Deus, segundo a humanidade. Assim disse o Concilio de Calcedônia: em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado, gerado, segundo a divindade, antes dos séculos pelo Pai, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos]. Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis ("Definição de Calcedônia" — 451). Portanto, o título dado a Maria não tencionava ensinar que, de alguma maneira misteriosa, Maria dera à luz a Deus; o termo fazia parte de um argumento contra a cristologia duvidosa dos nestorianos. A intenção da mensagem era: Maria não deu à luz a um mero homem. Mas não havia qualquer intenção de ensinar que Maria era a origem da natureza divina de Cristo. Assim sendo, Maria não possui atributos divinos. Os títulos Redentor; Advogado; Refúgio dos Pecadores; Salvador; Mediador etc.são exclusivos do Senhor Jesus (Mt 1.21; 1 Jo 2.1; Mt 11.28-30; Jo 14.6; 1 Co 3.11; 1 Tm 2.5).

7. Oração a Maria

Sim desde que Jesus Cristo se dignou escolher Maria por Mãe, estava como Filho realmente obrigado a obedecer-lhe, diz S. Ambrósio. Tem Maria o grande privilégio de ser poderosíssima junto ao Filho, diz Conrado de Saxônia ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 151).
Ó Maria, querida advogada nossa, na rica piedade de vosso coração não podeis ver infelizes sem que deles tenha compaixão; e na riqueza de vosso poder junto de Deus salvais a todos quantos protegeis ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida - SP, edição 1989, p. 153).
Nota: A Bíblia aponta Jesus como único advogado (1 Jo 2.1).

Falai, ó minha Senhora - dir-vos-ei com S. Bernardo, falai, porque vosso divino Filho vos escuta, e tudo o que lhe pedirdes vo-lo concederá. O Mana, advogada nossa, falai então em favor dos miseráveis pecadores ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, pp. 158-159).
Nota: Nas bodas de Caná Jesus não atendeu a sua mãe (Jo 2.1-5).

Rogai, pois, ó Maria, rogai por nós; intercedei por nós e sereis atendida e nós seremos salvos com certeza ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário — Aparecida — SP , edição 1989, p. 159).
Nota: A oração deve ser dirigida ao Pai em nome de Jesus (Jo 14.13-14).

Resposta Apologética:
Separadamente da obra redentora efetuada na cruz (Hb 10.20), não há outro modo para quem quer que seja se aproximar de Deus (Jo 14.6). Portanto, orar a Maria: Tem piedade de nós pecadores, não é somente inútil, é uma blasfêmia. Maria não tem lugar no plano de salvação, a não ser o lugar que lhe coube como mãe de Jesus. Quando o anjo falou a José a respeito de Maria, ele disse: E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1.21). Desde que Jesus disse: Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37; Mt 11.28), não há necessidade de que qualquer ser humano, ou mesmo anjo, lembre a Jesus a promessa que nos fez. Orar a Maria é, nada mais nada menos, do que colocar em dúvida a certeza das palavras: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Antes que a Igreja Católica Romana existisse, já as antigas religiões pagas tinham suas Mães Misericordiosas, por exemplo, a deusa Kuanyin dos budistas e a rainha dos céus dos babilônios (Jr 7.18; 44.17-23-25). A assunção de Maria se dará com a de todos os crentes por ocasião do arrebatamento na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.51-54; 1 Ts 4.16-17). Cristo é as primícias dos mortos e os que são dele participarão da ressurreição na mesma ocasião (1 Co 15.20-23).

8. Perguntas a Serem Feitas aos Católicos

1.  Como podem os católicos ensinar que Maria foi sempre virgem quando as Escrituras freqüentemente falam dos irmãos de Jesus? (Mt 12.46; Mc 3.31-35; Lc 8.19,21; Jo 7.3; At 1.14);
2.  As palavras antes de se ajuntarem (Mt 1.18) e: E deu à luz a seu filho primogênito (Lc 2.7) não implicam que Maria teve outros filhos?
3.  Por que ensinam os católicos que Maria foi concebida sem pecado se a Bíblia declara: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós (1 Jo 1.8);
4.  Pode oferecer uma prova bíblica ou histórica de que Maria ascendeu ao céu em corpo glorificado?
5.O que diz sobre as palavras de Jesus em Caná da Galiléia: Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora (João 2.4)?
6.  Não disse Jesus sobre Maria, em resposta às palavras de uma mulher da multidão, que dizia, bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste, mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.28);
7.  Não disse Jesus: Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem apalavra de Deus e a executam (Lc 8.21)?
8.  Não repreendeu Jesus os que usam de repetições em suas orações, dizendo: E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos (Mt 6.7);
9. Por que orar a Maria, quando a Bíblia ensina que Cristo é o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5) e o único Advogado para com o Pai (1 Jo 2.1).

9. Outros Ensinos sobre Maria

a) Concebida sem pecado
O dogma da imaculada conceição de Maria foi promulgado em 8 de dezembro de 1854 pelo papa Pio IX, como segue:
A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, ("Catecismo da Igreja Católica", Editora Loyola. 1999, p. 138). O destaque é nosso.

Resposta Apologética:
Somente Cristo foi assim concebido sem pecado ou imaculado (Hb 7.26). Os demais seres humanos são todos pecadores como lemos no livro de Romanos 3.23: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. O salmista Davi tinha a consciência do pecado e escreveu: em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe (Sl 51.5). Quem nos purifica de todos os pecados é o sangue de Jesus como disse o apóstolo João: Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7).

b) Maria não teve outros filhos
O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra Maria como a Aeipartheno (aeiparthénos), sempre virgem ("Catecismo da Igreja Católica", Editora Loyola. 1999, p. 138).
O dogma da perpétua virgindade de Maria é muito salientado no culto prestado pela Igreja Católica. Eles consideram uma ofensa a Maria ensinar que ela teve outros filhos.

Resposta Apologética:
A Bíblia menciona os outros filhos de Maria. Em Mateus 1.24-25 lemos:
E José despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus. A citação até que de Mateus limita o tempo em que se não deviam conhecer sexualmente José e Maria, podendo fazê-lo depois do prazo imposto pelas conveniências de ordem moral ou religiosa. Dentre os irmãos de Jesus vêm citados: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 12.46; Mc 3.31-35; 6.3; Jo 7.3-5,10; At 1.14). Ora, dizem os próprios evangelistas em outro texto (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) que Tiago era filho de Alfeu e Maria, parenta da mãe de Jesus. Dizem então que se chamam irmãos de Jesus os que, ao depois, dá explicitamente como filhos de outros progenitores. Trata-se pois — dizem — de primos-irmãos ou outros parentes. Refutando esse argumento apontamos que há um Tiago menor que está incluído entre os apóstolos. Pois bem, para armar o efeito, fizeram dele um irmão de José, Judas e Simão que se encontram em Mateus 13.55, justamente porque esse Tiago na lista apostólica aparece com o pai indicado — é filho de Alfeu ou Cleofas. Esse Tiago menor, porém, não é o mesmo de Mateus 13.55 e de Atos 1.14. E como se prova isso? Basta ler João 7.3-5 confrontando com João 6.67: Disseram-lhe, pois, seus irmãos: sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele (Jo 7.3-5). Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? (Jo 6.67).

VI - Os Pecados da Santa Sé

O historiador norte-americano, Gafry Wills, católico praticante, em seu livro Papal Sin (Pecado Papal) na primeira parte do livro aborda as desonestidades históricas da Igreja, mostrando, em resumo, como a hierarquia católica persiste no apelo à mentira e, por muitos anos, camuflou o comportamento de Pio XII (1939-1958) face ao holocausto, só agora devassado por Corwell, Susan Zucotti (autoria de duas pesquisas sobre as relações do Vaticano com o fascismo), Frank J. Coppa {Controversial Concordais: The Vaticans Relations WithNa-poleon, Mussolini, and Hitler), Mark Aarons c John Loftus (Un-holy Trinity: The Vatican, theNazis, andthe Swiss Banks]I, e Michael Phayer (The Catholic Church andthe Holocaust, 1930-1965, a ser lançado pela Indiana University Press em setembro). Para Wills, a Santa Sé acumula em seu currículo um formidável acervo de tortuosa interpretação das Sagradas Escrituras, de distorcidas visões da história eclesiástica, de lamúrias hipócritas e deslavadas mentiras. 0 culto à Virgem Maria, inexiste nas Escrituras e entre os católicos, durante quatro séculos, é apenas um dos muitos abusos históricos que, a seu ver, a Igreja cometeu. Exorbitância cujo ápice teria sido a idolatria à Nossa Senhora de Fátima e aos mistérios a ela ligados, todos "manipulados pela Igreja"para fins políticos - além de discutíveis, à medida que dois deles referiam-se a previsões (supostamente feitas em 13 de julho de 1917) de fatos já ocorridos ou em andamento (uma nova guerra mundial, um novo papa) quando sua única testemunha viva, Lúcia, tornou-as públicas, em 1941 (O Estado de S. Paulo - D-17 - Sábado, 5 de agosto de 2000).
O culto aos santos só começa a partir de cem anos aproximadamente, depois da morte de Jesus, com uma tímida veneração aos mártires. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de Deus é a invocação Sub tuum praesidium, formulada no fim do século 3 ou mais provavelmente no início do século 4. Não podemos dizer que a veneração dos santos — e muito menos a da Mãe de Cristo —faça parte do patrimônio original ("O Culto a Maria Hoje". Vários autores, sob a direção de Wolfgang Beinert, Edições Paulinas, 1980, 3a. edição, p. 33).

VII - Os Sacramentos

Pela palavra sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça instituído por Jesus Cristo, para santificar nossas almas ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, p. 100, resposta à pergunta 516).
Os sacramentos são sete: Batismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia, Penitência, Extrema-unção, Ordem e Matrimônio ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, p. 101, resposta à pergunta 519).
Quais são os sacramentos mais necessários para nossa salvação?
Os sacramentos mais necessários para nossa salvação são dois: o batismo e a penitência; o batismo é necessário absolutamente para todos, e a penitência é necessária para todos aqueles que pecaram mortalmente depois do batismo.
Qual é o maior de todos os sacramentos"?
O maior de todos os sacramentos é o sacramento da Eucaristia, porque contém não só a graça, mas também o mesmo Jesus Cristo, autor da graça e dos sacramentos ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1    edição, agosto de 1976, p. 104).

1. Batismo

O batismo é o sacramento pelo qual renascemos para a graça de Deus e nos tornamos cristãos. O sacramento do batismo confere a primeira graça santificante, que apaga o pecado original e também o atual, se o há; perdoa toda a pena por eles devida; imprime o caráter cristão faz –nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do Paraíso, e torna-nos capazes de receber os outros sacramentos. O batismo é absolutamente necessário para a salvação, porque o Senhor disse expressamente: Quem não renascer na água e no Espírito, não poderá entrar no reino dos céus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, pp.105-106,108 resposta às perguntas 549-550, 564).

Resposta Apologética:
O batismo é uma ordenança de Jesus, mas não um sacramento. Batizamo-nos porque somos salvos e não nos batizamos para sermos salvos (Mt 28.19; Mc 16.15-16). O versículo 16 declara que quem não crer será condenado e não quem não for batizado (Lc 5.24-34, 23.43; At 16.30-31) Jesus ensinou sobre as crianças que elas não se perdem (Mt 18.1-4; 19.13-14).

2. Confirmação ou Crisma

A Confirmação, ou Crisma, é um sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo, e nos faz perfeitos cristãos ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 575, p. 110).

Resposta Apologética:
O Espírito Santo é dado ao que aceita o Senhor Jesus como Salvador (Jo 16.7-9; 14.16-18-26; 16.13-14) e não a incrédulos. Como confirmar o batismo de alguém que não foi biblicamente batizado. A fé precede o batismo (At 8.36-38) e o batismo precede a fé. Uma criança recém-nascida não tem condições de crer e confessar Jesus como Salvador.

3. Eucaristia:

Ensinando sobre a Eucaristia, diz a Igreja Católica: A Eucaristia é um sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual. Ensina que na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está no céu. Esclarece ainda que essa mudança conhecida como transubstanciação ocorre no ato em que o sacerdote, na santa Missa, pronuncia as palavras de consagração: Isto é o meu Corpo; este é o meu sangue.

Deve-se adorar a Eucaristia?
A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 619).

Resposta Apologética:
Esta doutrina é contrária ao bom senso e ao testemunho dos sentidos - o bom senso não pode admitir que o pão e o vinho oferecidos pelo Senhor aos seus discípulos, na Ceia, fossem a sua própria carne e o seu sangue, ao mesmo tempo em que permanecia em pé diante deles vivo, em carne e osso. E manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma linguagem simbólica, que queria dizer: este pão que parti representa meu corpo que vai ser partido por vossos pecados; o vinho neste cálice representa meu sangue, que vai ser derramado para apagar os vossos pecados. Não há ninguém, de mediano bom senso, que compreenda, no sentido literal, estas expressões simbólicas do Salvador: Eu sou aporta, eu sou a videira, eu sou o caminho. A razão humana não pode admitir tampouco o pensamento de que o corpo de Jesus, tal qual se encontra no céu (Lc 24.39; Fp 3.20), esteja nos elementos da Ceia. Como se admitir que Jesus desça aos altares romanistas revestido do corpo que teve sobre a terra, e se deixe prender nos altares católicos.
A Ceia é uma ordenança e não Eucaristia; era usado pão e não hóstia; é um memorial como se lê em 1 Coríntios 11.25-26; o Senhor Jesus usou muitas palavras de forma figurada: Eu sou a luz do mundo(Jo 8.12); Eu sou a porta (Jo 10.9); Eu sou a videira verdadeira (Jo 15.1). Jesus chamou na última Ceia os elementos de pão e vinho, sem dar qualquer motivo para se crer na transubstanciação. Adorar a Eucaristia é um ato de idolatria.

4. Penitência:

A penitência, chamada também confissão, é o sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do batismo. Depois defeito o sinal da Cruz, o católico deve dizer: Eu me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, a todos os Santos, e a vós, Padre, porque pequei. As obras de penitência podem reduzir-se a três espécies: à oração, ao jejum, à esmola. Os que morrem depois de ter recebido absolvição não vão logo para o céu vão para o purgatório, para ali satisfazer a justiça de Deus e se purificarem inteiramente. As almas podem ser aliviadas no Purgatório com orações, com esmolas, com todas as demais obras boas e com as indulgências, mas, sobretudo, com o Santo Sacrifício da missa. ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 788, p. 144).

Resposta Apologética:
Não há um só caso de alguém que tenha confessado os seus pecados a homens ou mesmo aos apóstolos. Em 1 João 1.7-9, João ensinou que devemos confessar nossos pecados a Jesus e que Ele é suficiente para perdoar. Se Pedro estivesse investido do poder de perdoar pecados, por que não pediu a Simão que se ajoelhasse em confissão, para resgate do seu pecado? Exortou a Simão que recorresse a quem tinha tal poder de perdoar pecados (At 8.22). Jesus disse à mulher pecadora, perdoados são os teus pecados (Lc 7.48), não ouviu Ele a confissão da mulher. Jesus ensinou a oração do Pai-nosso ao dizer: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim, como nós perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). Na celebração da Ceia, Paulo recomendou que cada um de nós fizesse exame introspectivo (1 Co 11.28).

5. Extrema-unção:


A extrema-unção é o sacramento instituído para alívio espiritual e também temporal dos enfermos em perigo de vida ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 805, p. 147).

Resposta Apologética:
Em Tiago 5.14-16, se recomenda chamar o presbítero para orar pelo enfermo para sua cura e não receber extrema-unção como uma recomendação do corpo sem a qual não se procede ao sepultamento cristão do corpo.

6. Ordem:

A ordem é o sacramento que dá o poder de exercitar os ministérios sagrados que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e que imprime na alma de quem o recebe o caráter de Deus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 811, pp. 148-149).

Resposta Apologética:
No Antigo Testamento, o sacerdócio era exercido por uma classe especial de homens que eram os descendentes de Arão. Hoje no Novo Concerto o sacerdócio é exercido por todos os cristãos e não por uma classe sacerdotal intermediária entre Deus e os homens. O apóstolo Pedro escreveu que como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (1 Pe 2.5). Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).

7. Matrimônio:

O matrimônio é um sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus filhos ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 826, p. 151).

Resposta Apologética:
O casamento é uma instituição divina e não um sacramento (Gn 2.18-24; Mt 19.4-6). Pedro foi considerado o primeiro papa e, entretanto, era casado (Mt 8.14-15). Paulo recomenda que o ministro seja casado (1 Tm 3.1-3).

VIII - A Missa

Diz a Igreja Católica: A santa missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do sacrifício da Cruz ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 652, p. 122).
O livro "O Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", página 124, diz em resposta à pergunta 668: E coisa boa rezar também pelos outros, quando se assiste à santa missa; e até o tempo da santa missa é o mais oportuno para rezar pelos vivos e pelos mortos.

1.Diferença entre a Missa e o Sacrifício da Cruz
Explicando a diferença entre a relação que há entre o Sacrifício da Missa e o da Cruz, responde a Igreja Católica: Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta relação: que Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu derramando o seu sangue para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 654, p. 123). Quanto à finalidade do Santo Sacrifício da missa, dentre outros, destaca a Igreja Católica: Oferece-se a Deus o Santo Sacrifício da Missa para os devidos fins:
1o - para honrá-lo como convém, e sob este ponto de vista o sacrifício é latrêutico;
2o - para Lhe dar graças pelos seus benefícios, e sob este ponto de vista o sacrifício é eucarístico;
3o - para aplacá-lo, dar-Lhe a devida satisfação pelos nossos pecados, para sufragar as almas do Purgatório, e sob este ponto de vista o sacrifício é propiciatório ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 657, p. 123).

Resposta Apologética:
Em Hebreus, afirma-se diversas vezes que o sacrifício de Cristo foi oferecido uma só vez e não há mais oferenda pelo pecado (Hb 9.11-12, 24-28; 10.10-14). Diz mais o escritor bíblico que onde há remissão de pecados não deve haver mais ofertas pelo pecado (Hb 10.17-18). Apoiando-se em Jo 6.53-56 a Igreja Católica interpreta a referência bíblica como base para o seu ensino. Entretanto, Jesus referindo-se às palavras que causaram escândalos a seus discípulos, afirmou que essa interpretação não era literal (Jo 6.63), explicando que suas palavras eram espírito e vida, O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. Considerando o que diz em Hebreus 9.22: que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, e que o sacrifício da missa é sem sangue, isto significa a inutilidade do sacrifício da missa.

IX - Os Santos

A Igreja Católica declara que os santos são pessoas que, durante suas vidas praticaram grande piedade e virtude. Essas pessoas, agora no céu, podem responder a nossas orações, podem ser veneradas, mas não adoradas.
Ensina a Igreja Católica:
E coisa boa e útil recorrer à intercessão dos santos?
É coisa utilíssima invocar os santos, e todo o cristão o deve fazer. Devemos invocar particularmente nossos Anjos da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos Apóstolos, o santo do nosso nome e os santos protetores da diocese e da paróquia ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 339, p. 69).

Resposta Apologética:
Analisando essa prática romanista à luz da Bíblia e da História fica claro que são praticas pagas. O papa Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos e substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um templo cristão para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive de Maria. Dessa forma, o culto aos santos e a Maria substituiu o dos deuses e deusas do paganismo.
A Bíblia não autoriza a invocação de santos. Os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar e Jesus não mandou que fossem a Maria ou aos santos. Assim diz a Bíblia: E ACONTECEU que estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu (Lc 11.1-2). Convidou a todos a irem até Ele para encontrar descanso para suas almas (Mt 11.28). Com clareza Jesus ensinou que nossa invocação deve ser feita ao Pai, em seu nome como lemos: E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (Jo 14.13-14). Os santos são apenas criaturas e infinitamente menores do que Deus. Não possuem os atributos da eternidade, onipresença, onipotência e onisciência. Não podem ouvir e responder a milhares e milhares de pedidos feitos pelos católicos ao mesmo tempo. Precisavam para atender a todos os pedidos que lhes fossem feitos que fossem como Deus, conhecendo os segredos do coração dos homens. Os cristãos são aconselhados a orar pelos vivos e uns pelos outros (Tg 5.16; Rm 15.30; Ef 6.18-19). É proibido orar a santos e anjos (Cl 2.18; Ap 19.10; 22.8-9; At 10.25-26; 14.11-18). Os santos têm consciência do que ocorre em torno deles no céu (Ap 6.9-11). O processo para canonização é longo. Santo, na Bíblia, é diferente do processo de canonização. A palavra santo é relacionada com a palavra separado. A raiz significa que os santos são aqueles a quem Deus tem colocado separadamente para seu propósito (1 Co 1.1-2). Um santo, pois, é aquele que aceitou Jesus como seu único Salvador pessoal (Jo 1.12); nascido de novo (Jo 3.3) santificado em Cristo Jesus. A Bíblia não recomenda orar aos santos mortos. Por que fazê-lo, se temos o Senhor Jesus que pode socorrer perfeitamente aos que se chegam a Ele (Hb 7.25). Lemos que a purificação dos nossos pecados se dá pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7-9; 2.1-12). No livro de Apocalipse, 7.9-15, João viu uma grande multidão com vestidos brancos mostrando sua purificação pelo sangue de Jesus. Deus não pode perdoar pecados de quem não se arrepende nem aceita a oferta de salvação em Jesus (Mt 11.28-30).

X- Idolatria

A Igreja Católica Romana insiste em dizer que não comete o pecado de idolatria quando os católicos se prostram diante da imagem de um suposto santo.
Ensina a Igreja Católica:

Que é idolatria ?
Chama-se idolatria o prestar a alguma criatura, por exemplo, a uma estátua, a uma imagem, a um homem, o culto supremo de adoração, devido só a Deus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 358).

Como está expressa na Sagrada Escritura esta proibição1?
Na Sagrada Escritura está expressa esta proibição com as palavras: Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima, no céu, e do que há embaixo, na terra. E não adorarás a tais coisas, nem lhes dará culto ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 359, p. 74).

Que diferença há entre o culto que prestamos a Deus, e o culto que prestamos aos santos?
Entre o culto que prestamos a Deus e o culto que prestamos aos santos há esta diferença: que a Deus adoramo-Lo pela sua infinita excelência, ao passo que aos santos não os adoramos, mas só os honramos e veneramos como amigos de Deus e nossos intercessores junto dEle. 0 culto que prestamos a Deus chama-se latria, isto é, de adoração, e o culto que prestamos aos santos chama-se dulia, isto é, de veneração aos servos de Deus; enfim o culto especial que prestamos a Maria Santíssima chama-se hiperdulia, isto é, de especialíssima veneração, como Mãe de Deus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 371, p. 76).

1. Adoração Piramidal

Entendendo a Estrutura Piramidal do Culto da Igreja Católica Romana

LATRIA - ADORAÇÃO A DEUS
HIPERDULIA- DEVOÇÃO A MARIA
DULIA - DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS

A Dificuldade do Catolicismo Romano em Justificar essa Teoria
Se os católicos romanos se limitassem a exaltar os heróis da fé e a propô-los como modelo a ser seguido, não haveria nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos. Infelizmente não é isso que acontece, por mais que os líderes católicos romanos se esforcem nas suas infindáveis apologias. Suas explicações não passam de tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos de devoção: a latria, hiperdulia e dulia. Perguntamos: qual a diferença que pode haver entre a dulia e a hiperdulia} Qual a diferença das duas com a latria} A realidade é que os três termos se confundem, os dois termos {dulia e hiperdulia) podem ser envolvidos com a latria e tudo se torna uma distinção que não distingue coisa alguma. Será que as pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição Aparecida, ou de São João ou de São Sebastião ou de Jesus, sabem que estão cultuando em níveis diferentes? Ou para elas é tudo a mesma coisa? Imagine um católico romano bem instruído que vai para seu culto. Primeiramente ele pretende cultuar São João, então dobra seus joelhos diante da imagem de São João e oferece a dulia. Depois ele irá prestar culto a Maria, então ele deixa de praticar a dulia e passa a praticar a hiperdulia e finalmente ele deseja cultuar a Deus, então ele começa a praticar a latria.
Não acreditamos que o povo católico romano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e latria, e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os limites de cada uma.

Qual é a Diferença?
Adoração e veneração. Há diferença entre adorar e prestar culto de veneração? Prostrar-se diante de uma imagem, dirigir a ela orações e ações de graça, fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor se não for adoração, fica difícil saber o que o catolicismo romano entende por adoração. Chamar a isso de veneração é subestimar a inteligência humana.

Resposta Apologética:
Definindo a palavra idolatria Essa palavra vem do grego eidolon, ídolo, e latreuein, adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc, que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos. Assim, idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se submeterem a Deus, em algum sentido submetem-se a valores representados por aquela imagem.
Na idolatria, há certos elementos da criação que usurpam a posição que cabe somente a Deus. Podemos fazer da autoglorifícação um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais (Cl 3.5). Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente importante em nossa vida pode vir a ser um ídolo para nós. A idolatria não requer a existência de qualquer objeto físico. Se alguém adora a um deus falso, sem transformar esse deus em alguma imagem, ainda assim é culpado de idolatria, porquanto fez de um conceito uma falsa divindade. Nesse caso há diferença entre ídolo e imagem.
Deus condenou os ídolos (Sl 115.4-8), e também condenou as imagens (Ex 20.1-6). Era expressamente proibido ao povo de Israel fabricar imagens esculpidas ou fundidas (Ex 20.4; Dt 5.8). Imagens ou representações de deuses imaginários eram feitas em materiais como pedra, madeira, pedras preciosas, argila, mármore etc. A lei mosaica proibia tal ação (Êx 34.17; Is 44.10-18; Lv 19.4). Os profetas condenaram a prática com qualquer forma de idolatria (Is 30.22; 42.17; 45.20; Os 13.2; Hb 2.18). Essa legislação, como é óbvio, impedia que Israel se tornasse uma nação que cultivasse as artes plásticas, embora, estritamente falando, estas não fossem proibidas por lei. Tais leis não se aplicam às artes enquanto os produtos dessa atividade não forem venerados ou adorados. Ainda sobre a imagem há de se entender que em Êx 25.18.22, Deus ordenou que fizesse como ornamento e representação algumas figuras, mas não para adoração ou culto, nem para olhar para elas e homenagear ou admirar seus feitos poderosos. Trata-se de figuras de ornamento, artístico e não objetos de culto ou adoração.

Serpente de Bronze - Sobre a serpente de bronze, no hebraico, nachash nechosheth. A expressão é empregada exclusivamente em 2 Reis 18.4 para denotar a serpente feita de bronze, ou melhor, de cobre, por Moisés (Nm 21.4-9). Nossa versão portuguesa diz serpente de bronze. O motivo para a fabricação da serpente de bronze foi o incidente no qual os israelitas se queixaram diante de Moisés do tratamento imposto por Deus. O povo de Israel, evidentemente, sem se importar muito diante das suas anteriores tragédias, queixou-se de que estava recebendo uma alimentação inadequada. E Deus os castigou com as serpentes venenosas, que já haviam matado muitos israelitas.
Quando o povo se arrependeu, Deus ordenou que Moisés fizesse uma serpente de bronze, que muitos estudiosos preferem pensar que fosse de cobre. Aos israelitas foi prometido que todo aquele que tivesse sido picado por uma serpente e contemplasse a serpente de bronze, movido pela fé, seria curado da mordida da serpente e não morreria. Isso não é culto à serpente, nem veneração nem adoração, o que evidentemente Deus jamais admitiria. Prova disso foi que, posteriormente, indivíduos idolatras e supersticiosos entre os israelitas começaram a adorar a serpente de bronze, até que, nos dias do rei Josias, essa figura de bronze foi destruída (2 Rs 18.4), por haver-se tornado um objeto idolatra. Josias a chamou de Neustã (pedaço de cobre), dando a entender que a tal serpente era cobre e nada mais.
O fato de o próprio Senhor Jesus comparar a sua morte na cruz ao levantamento da serpente de bronze no deserto, por Moisés, não significa idolatria ou justificativa para colocar objetos ou imagens para veneração ou adoração, já que o uso aqui é figurado. Assim como tantos foram curados de seu envenenamento físico, assim também, em Jesus Cristo, aqueles que olharem para ele, impelidos pela fé, são salvos das eternas conseqüências do pecado e da morte. Assim, em João 3.14, nas palavras de Jesus, a serpente de metal torna-se um símbolo de Cristo como nosso Remidor, portanto, ao ser levantado (o que sucedeu na cruz, no caso de Jesus), Ele atrairia todos os homens a si (Jo 12.32), e a redenção por Ele preparada prove cura para o pecado e para a morte espiritual produzida pelo pecado.
Há também casos de ornamentação do templo de Deus ricamente construído por Salomão, como (1 Rs 6.23-30; 2 Cr 3.10-14) ou ainda a profecia da restauração do templo (Ez 41.17-20). Porém, todos esses objetos e imagens não eram para invocação, intercessão, culto ou adoração, mas apenas ornamento.
Assim, um ídolo representa alguma divindade, ou então é aceito como se tivesse qualidades divinas por si mesmo. Em qualquer desses casos, aquele objeto recebe adoração. Contudo, é possível haver uma imagem, sem que essa seja adorada, como no caso dos querubins que havia no templo de Jerusalém. Sem dúvida, esses querubins não eram adorados, nem eram padroeiros dos hebreus, nem intercediam por eles, nem eram recordação de alguém que eles amavam, tornaram-se uma exceção acerca da proibição de imagens. Uma imagem também pode ser um amuleto que é concebido como dotado de alguma forma de poder de proteger, de ajudar ou de permitir alguma realização.
E, naturalmente é possível a posse de uma imagem esculpida ou pintada, representando algum santo ou herói, religioso ou não, sem que a mesma seja adorada, por ser apenas um lembrete de que se deveria emular as qualidades morais e espirituais de tal pessoa. Por outro lado, quando tais imagens são veneradas então é provável que, na maioria dos casos, esteja sendo praticada a idolatria. As estátuas dos heróis no Brasil são comuns, mas nunca veneradas como deuses ou poderes divinos nem se fazem elaboradas cerimônias ou procissões com elas. Eles são relembrados como grandes mestres, cidadãos, líderes, e suas imagens são apenas memoriais desse fato.
O problema do catolicismo romano é que o fiel crê na intercessão feita por aquele santo, representado na imagem, pensam que o espírito daquele santo pode ajudar, proteger, guardar etc, daí todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses santos são veneradas ou adoradas mediante alguma forma de cerimônia que supostamente lhes transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se a imagem é apenas recordações dos nossos irmãos de fé, então por que se presta consagração à imagem, se faz procissão, se oferece flores, se beija, curva-se diante dela? Por que se ora a ela, faz pedidos, faz-se poesias e cânticos a ela? Assim sendo, a declaração católica romana de que a honra devolvida nas santas imagens éuma veneração respeitosa, não uma adoração, parece mais com uma charada teológica ou talvez o desejo de errar (Gl 6.7).
A Igreja Romana tem ensinado há séculos que os santos e Maria intercedem pelos fiéis. Ora, se eles estão mortos e seus espíritos são invocados, isso é invocação de pessoas que já morreram e isso é pecado (Is 8.19). Isso parece mais com espiritismo que com Cristianismo, além do mais, há um só mediador ou intercessor entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1 Tm 2.5).
Os católicos romanos insistem em dizer que não adoram nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, mas só a Deus, porém, na prática não é isso que se verifica. Os intelectuais romanistas, tal como seus colegas budistas, dizem que as imagens de escultura são apenas memórias de qualidades dignas de emulação, de santos ou heróis espirituais, o que, presumivelmente, ajudaria os religiosos sinceros a copiarem tais virtudes. Entretanto, o povo comum não é sofisticado o bastante para separar a imagem da adoração à autêntica distinção entre a adoração e veneração. O resultado disso é que a idolatria tornou-se muito comum na Igreja Católica, tanto no Oriente como no Ocidente.
De acordo com uma teologia católica, a imagem seria apenas um memorial de alguma verdade ou pessoa espiritual; e a veneração assim prestada seria dirigida àquela verdade ou pessoa, e não à imagem propriamente dita. Entretanto, no nível popular, as pessoas realmente veneram as próprias imagens, e a cuidadosa distinção entre adoração e veneração é forçada ao máximo, para dizermos o mínimo. Na verdade, a veneração de imagens, nas igrejas ocidentais e orientais, que foi tão vigorosa e corretamente repelida pela Reforma Protestante, é precisamente aquilo que os judeus e os islamitas diziam - é idolatria. Esse é um dos maiores escândalos da cristandade. Teólogos católicos romanos têm chegado ao extremo de afirmar que os objetos materiais assemelham-se a entidades dotadas de espírito, capazes de atuar como pontes de ligação entre o que é material e o que é espiritual. Assim, não se trata apenas da imagem em si, mas o que está por detrás delas. Se os que morreram não podem interceder pelos que estão vivos, nem voltar para a terra (Lc 16.19-31; 1 Tm 2.5; Hb 9.27), como fica a situação dos romanistas que pedem ajuda e proteção, e mediação aos santos e Maria? Não estariam eles invocando espíritos? Se os mortos em Cristo estão com Cristo e os mortos no pecado estão no Hades, quem pode responder a essas invocações e orações? Não seriam os espíritos deste mundo, conforme nos escreve o apóstolo Paulo (1 Co 10.14-24 e 1 Co 8.4-6)?
É inevitável que, à proporção que os homens crescem em sua espiritualidade (oração e estudo da Palavra de Deus), que sua abordagem à pessoa de Deus torne-se cada vez mais mística e cada vez menos materialista. Os ritos vão perdendo mais e mais a sua importância, e as imagens terminam por ser abertamente rejeitadas. E, quando se obtém o contato direto com o Espírito Santo de Deus, de tal modo que se estabelece uma comunhão viva entre o Espírito de Deus e o espírito humano, então os homens não mais sentem qualquer necessidade de agência intermediária. Que isso ainda não tenha acontecido, no caso dos católicos romanos e outros, após tantos séculos de existência da Igreja Romana, somente demonstra o fato de que os homens, a despeito de tantas vantagens, não têm progredido muito em sua espiritualidade.
Assim, por trás do ensinamento romanista de que a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, está a intenção de se ver protegido, guardado, ou que o santo representado na imagem venha a interceder pelo pedinte, e isso é pecado de idolatria, pois só há um mediador (1 Tm 2.5) e de feitiçaria, pois os espíritos dos mortos não podem ser invocados pelos vivos (Is 8.19).
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém (1 Jo 5.21).
Portanto, a palavra idolatria é: Prestar culto divino a uma criatura ou prestado a um objeto fabricado, no qual se supõe qualquer coisa de Deus. Os católicos procuram minimizar o problema afirmando que não prestam adoração às imagens, mas apenas as veneram.

Argumento católico:
Defendem-se dizendo que Deus mandou fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da arca da aliança (Ex 25.18-20); que mandou fazer a serpente de bronze (Nm 21.8-9); e o templo de Salomão foi enfeitado com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1 Rs 6.23-35; 7.29). Afirmam que Deus proíbe apenas fazer deuses falsos e adorá-los, mas Ele não proíbe outras imagens.
Os querubins. A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da arca da aliança (Ex 25.18-20), advogada pelos teólogos romanistas, não se reveste de sustentação alguma. Porque não existe na Bíblia uma passagem, sequer, de um judeu dirigir suas orações aos querubins, ou depositar sua fé neles, ou pagar-lhes promessas. Esse propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hb 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de escultura como meio de cultuar a Deus (Êx 20.4-5; Deuteronômio 5.8-9). O culto aos santos e a adoração a Maria, à luz da Bíblia, desclassificam o catolicismo) romano como religião cristã. É idolatria (1 Jo 5.21). Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.10). Em Apocalipse de João lemos: E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus- Adora a Deus;porque o testemunho de Jesus éo espírito de profecia (Ap 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (At 10.25-26).

XI- Indulgências

Define a Igreja como indulgência: A indulgência é a remissão da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a Igreja concede fora do sacramento da penitência ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 793, p. 145).
Ensinando que o papa é o Vigário de Cristo e o Cabeça da Igreja, pode ele sacar do Tesouro da Igreja os bens de que a Igreja é depositária. Ela constrói a sua doutrina sobre Mateus 16.19, onde se lê: E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
O papa sustenta que tem poder de outorgar qualquer destas indulgências a toda a Igreja ou a qualquer membro da Igreja, individualmente. Em 1903, o papa delegou autoridade a outros sacerdotes, permitindo cardeais outorgarem indulgência por 200 dias, cada um em sua própria diocese; aos arcebispos por cem dias; aos bispos por 50 dias, cada um em sua própria diocese.

1. Os Tipos de Indulgências

Existem modalidades diferentes de indulgências: quanto ao tempo de duração e quanto ao lugar. Quanto ao tempo de duração, existem as indulgências plenárias ou completas e as indulgências parciais. Nas indulgências plenárias ou completas, o pecador é isento das penalidades desta vida e da que há de vir no purgatório. O ensino católico sobre as indulgências plenárias é: A indulgência plenária éa que perdoa toda a pena temporal devida pelos nossos pecados. Por isso, se alguém morresse depois de ter recebido esta indulgência, iria logo para o céu, inteiramente isento das penas do Purgatório ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 798, p. 146). Nas indulgências parciais, a isenção das penas é dada por um tempo determinado de dez, vinte ou trinta dias.
Quanto ao lugar, as indulgências universais são para uso de todas as Igrejas em toda parte. As indulgências particulares são para uso da igreja específica ou de relicários.

Resposta Apologética:
A Bíblia afirma que após a morte segue-se o juízo (Hb 9.27). Como afirmamos, existem dois lugares apontados para depois desta vida e, num dos dois, todos os homens se encontrarão. Jesus falou do céu ao afirmar: Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. E falou do inferno, dizendo: Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25.34,41,46). Jesus disse ao ladrão arrependido: E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23.43). A mulher perdida que ungiu os pés de Jesus com suas lágrimas, arrependida dos seus pecados, ele falou: E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz (Lc 7.48-50).
Paulo não esperava o purgatório nem admitia indulgências. Falou o seguinte: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1.21).

XII- Purgatório

A doutrina do purgatório foi aprovada em 1439, no Concilio de Florença, confirmada definitivamente no Concilio de Trento (1549-1563), mas ela já existia desde 1070. Essa doutrina ensina que os cristãos parcialmente santificados, que são a maioria, passam por um processo de purificação para depois entrar no céu. Essa crença veio do paganismo e é muito antiga, e não há espaço para ela na Bíblia.
A Igreja Católica ensina:
Vão logo para o céu os que morrem depois de ter recebido a absolvição, mas antes de terem satisfeito plenamente a justiça de Deus? Não; eles vão para o Purgatório, para ali satisfazerem à justiça de Deus e se purificarem inteiramente ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 787, p. 144).
Em seguida é feita a seguinte pergunta:
Podem as almas que estão no Purgatório ser aliviadas por nós nas suas penas?
Sim, as almas que estão no Purgatório podem ser aliviadas com orações, com esmolas, com todas as demais obras boas e com as indulgências, mas, sobretudo, com o Santo Sacrifício da Missa ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 788, p. 144).

Refutação:
A Igreja Católica descobriu quatro lugares no além: céu, inferno, purgatório e limbo. Para o limbo vão as pobres crianças que morrem sem batismo. Não vão para o inferno, dizem, mas ficam numa sombra eterna, sem penas, sem sofrimentos, mas também sem gozo algum. A Bíblia diz que o batismo não salva ninguém (At 10.47; Ef 2.8-9; Mt 3.15; Tt 3.5). Não ficou satisfeita com o que Cristo mencionou: dois caminhos, duas portas, dois fins (Mt 7.13-14; 25.34-46). A Bíblia menciona esses dois lugares depois desta vida: o céu e o inferno, que nas línguas originais bíblicas são assim chamados: Seol, Hades, Geena (Lc 16.19-31; 12.4-5). Para o cristão não há mais condenação (João 5.24; Romanos 8.1), pois alcançou justificação pela fé (Rm 5.1). O purgatório do cristão é o sangue de Cristo que nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7-9).

XIII - Considerações Finais

Temos nós a certeza de que são verdadeiras as doutrinas que a Santa Igreja nos ensina?
Sim, temos a certeza absoluta de que são verdadeiras as doutrinas que a Santa Igreja nos ensina, porque Jesus Cristo empenhou a sua palavra, que a Igreja nunca se enganaria ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 862, p. 159).
Contrariando o que a Bíblia diz em (1 Tm 4.1): Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios. Como pode uma pessoa se apostatar sem nunca antes ter estado na verdade?
Paulo procurava acautelar os moradores de Roma em sua carta dizendo: E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples (Rm 16.17-18).
A Igreja de Jesus Cristo não se define por lugares ou pessoas, mas por princípios de fé e prática, e perdendo estes paradigmas a Igreja Cristã em Roma morre para se erguer uma formidável organização, mas que não passa de uma criação humana, com influências religiosas pagas.
Hoje o papa procura unir as igrejas em torno de si mesmo, por meio do ecumenismo. Há, porém, os que estão caindo nessa armadilha. O brado da Reforma Protestante de Sola Scriptura, Sola Gracia, Solo Cristus e Sola Fides foi um apelo dramático ao retorno às Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática. Foi por questionar os dogmas papistas que muitos foram torturados e outros pagaram com a vida. É difícil entender como os herdeiros da Reforma comungam com um Evangelho rejeitado pelos reformadores.