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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O que Acontece com os Infantes que Morrem?


por

John Piper

 Este é um assunto difícil e sensível. Qualquer resposta deve levar em consideração que todos nós nascemos pecaminosos e, portanto, merecedores de julgamento. A ênfase consistente do Novo Testamento sobre a necessidade de um segundo nascimento indica que nosso estado natural é aquele de pecado, não de inocência (João 3:1-12; Efésios 2:1-5; cf. Salmo 51:5). Nós somos “por natureza filhos da ira” (Efésios 2:1).
Em adição, ao possuirmos uma natureza pecaminosa, nós também entramos neste mundo com o pecado de Adão imputado em nós. Por causa de nossa união com Adão, nós nascemos com a culpa de seu primeiro pecado (Romanos 5:12-21). Nós analisaremos esta doutrina com mais detalhe em outra parte, mas por ora é suficiente apontar que, de acordo com Paulo, o fato de que todos morrem fisicamente (mesmo aqueles que, como infantes, não tiveram a oportunidade de conscientemente transgredir a lei de Deus – Romanos 5:13-14) é uma demonstração que nós estamos unidos com a culpa do pecado de Adão.
Se todos nós nascemos sob pecado, e a salvação é pela fé em Cristo (a qual os infantes parecem não ter a capacidade mental de exercer), então poderia parecer, à primeira vista, que nenhum infante pode ser salvo. Nós não estamos, contudo, cientes de alguém que assuma realmente esta posição. Estamos convencidos que isto seria uma conclusão prematura, anti-bíblica.
Uma razão é que há aparentes exemplos nas Escrituras de infantes que foram salvos. Nós somos informados que João o Batista foi cheio do Espírito enquanto ainda estava no ventre de sua mãe (Lucas 1:15). Na teologia de Lucas, ser cheio do Espírito é consistentemente visto como um aspecto da obra do Espírito entre aqueles que são regenerados (Lucas 1:41,67; Atos 2:4-8,31; 6:3,5; 9:17; 11:24).
Centenas de anos antes de João o Batista, Davi escreveu: “Mas tu és o que me tiraste do ventre: o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe” (Salmos 22:9-10). Por causa da aparente menção de Davi de ter fé em Deus, embora ainda um infante, alguns têm concluído que Deus salva os infantes dando-lhes uma forma “primitiva” de fé. Esta conclusão, contudo, não é necessária para o nosso propósito; a coisa principal neta passagem é que Davi evidentemente estava em uma relação salvífica com Deus, desde o ventre de sua mãe.
Estes versos tornam muito improvável que todos infantes que morrem estão perdidos. Se Deus salvou João o Batista e Davi na infância, certamente estamos autorizados a concluir que Ele tem salvado outros na infância que não tiveram a oportunidade de crescer. Todavia, não estamos também autorizados para concluir destes textos que todos que morrem na infância estão salvos. A regeneração dos infantes não parece ser uma forma comum da obra de Deus; devemos guardar em mente que “os ímpios alienam-se desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras” (Salmos 58:3).
À luz destas coisas, alguns têm sustentado que Deus salva alguns infantes que morrem e outros não. Eles declaram que esta é uma visão mais consistente com as doutrinas da eleição e do pecado original.
John Piper e muitos outros, contudo, crêem que há mais margens bíblicas de evidência que devem ser consideradas. Esta evidência leva-nos a concluir que Deus salva todos os infantes que morrem.
Em um sermão fúnebre, anos atrás, de um infante, o Dr. Piper sumarizou a base para sua conclusão:
Jesus disse em João 9:41, para aqueles que foram ofendidos por Seu ensino e perguntaram se Ele pensava que eles fossem cegos – Ele disse, “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado: mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece”.
Em outras palavras, se uma pessoa carece da capacidade natural de ver a revelação da vontade de Deus ou da glória de Deus, então, o pecado desta pessoa não permanece – Deus não trará esta pessoa para o julgamento final porque não creu no que ela não tinha capacidade natural para ver.
O outro texto é Romanos 1:20, onde Paulo está tratando com pessoas que não tinham ouvido o evangelho e que não tinham tido acesso a ele, mas que tinham acesso à revelação da glória de Deus na natureza.
Romanos 1:20 – “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.
Em outras palavras: se uma pessoa não tem acesso à revelação da glória de Deus – não tem a capacidade natural para ver e entendê-la, então Paulo implica que eles terão uma escusa no julgamento.
O principal para nós é que, embora nós seres humanos estejamos sob a penalidade do julgamento e morte eterna por causa da queda de nossa raça em pecado e da natureza pecaminosa que todos nós temos, todavia, Deus apenas executa este julgamento sobre aqueles que possuem a capacidade natural para ver Sua glória e entender Sua vontade, e recusar abraçá-la como seu tesouro.
Os infantes, creio, ainda não possuem tal capacidade; e, portanto, no modo inescrutável de Deus, Ele lhes traz sob o sangue perdoador de Seu Filho.
Em outro sermão, ele adiciona:
Deus, em Sua justiça, encontrará um modo para absolver os infantes que morrem na sua depravação. Isto será certamente através de Cristo. Mas além disto, estaremos supondo. Parece-me que a suposição mais natural seria que os bebês crescerão no reino (seja imediatamente ou não) e serão pela graça de Deus trazidos à fé, de forma que sua justificação seja pela fé somente como a nossa.
É importante enfatizar que, em nossa visão, Deus não salva os infantes porque eles são inocentes. Eles não são inocentes, mas culpados. Ele os salva porque, embora eles sejam pecaminosos, em Sua misericórdia Ele deseja que esta compaixão seja exercida sobre aqueles que são pecaminosos e, todavia, carecem da capacidade para captar a verdade revelada sobre Ele na natureza e ao coração humano.
Deve ser também enfatizado que a salvação de todos que morrem na infância não é inconsistente com a eleição incondicional (a visão de que Deus escolhe a quem salvar de Sua própria vontade, aparte de qualquer coisa no individuo). Como Spurgeon assinalou, não é que Deus escolha alguém para a salvação porque eles estão morrendo na infância. Antes, Ele ordenou que somente àqueles que tenham sido escolhidos para a salvação seja permitido morrer na infância. A justiça de Deus na condenação será mais claramente vista permitindo aqueles que não serão salvos demonstrar sua inerente pecaminosidade através de uma transgressão deliberada, conhecida.
Finalmente, para aqueles que têm lutado com este assunto através de uma perda pessoal, queremos dizer que, conhecendo o que acontece aos infantes que morrem é um bom lugar para o descanso de suas almas. Mas isto é somente o segundo melhor lugar para o descanso de suas almas. Como John Piper disse em outro sermão fúnebre para um jovem infante:
O primeiro melhor lugar é simplesmente este: Salmos 119:68 – “Tu és bom e fazes o bem”.
Este foi o texto fúnebre de George Mueller quando sua esposa Mary morreu de febre reumática em 1860. Seus três pontos foram:
O Senhor é bom, e fez o bem, em me dar você.
O Senhor é bom, e fez o bem, em por tanto tempo deixar você comigo.
O Senhor é bom, e fez o bem, em tomar você de mim.
Ele não começou com Mary e se moveu para a bondade de Deus. Ele começou com a inabalável confiança na bondade de Deus originada em Jesus Cristo, e ele interpretou a sua vida e a sua perda à vista desta bondade.
Este é o ponto principal: a bondade de Deus – esta é a esperança para todos nós, a única esperança.
Nossa melodia final é uma súplica ao Espírito de Deus para nos privar de tudo na terra que possa nos tentar à não crer nisto.
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Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto Cuiabá-MT, 29 de Setembro de 2003.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Escolha de Deus na Salvação Parte I


Não é necessário que todos os crentes crêem tudo o que este estudo apresenta sobre eleição. O autor do estudo é ciente que existem explicações diferentes sobre o tema apresentado mesmo que ele não concorda com todas delas. Mesmo assim, é esperado que o leitor creia algo sobre o assunto. A Bíblia trata desse estudo sem confusão. Muitos alunos da Bíblia crêem que mexer com este assunto de eleição é comprar uma briga, ou entrar em uma briga que é dos outros. Outros ainda ignoram o assunto por inteiro como se fosse uma parte das coisas encobertas de Deus e que Ele não quer que ninguém trate do assunto (Deut. 29:29). A atitude do autor não é de brigar, nem interferir com as brigas dos outros. Também não é a sua intenção de desvendar algo misterioso que Deus quer deixar encoberto para todo o sempre. O autor simplesmente quer expor o que a Bíblia diz do assunto e, mesmo não entendendo tudo sobre Deus, crer pela fé aquilo revelado divinamente pela Palavra de Deus. Este deve ser o mínimo esperado de um estudo bíblico por qualquer aluno consistente. Devemos lembrar-nos: tudo que está revelado na Bíblia pertencem a nós e a nossos filhos (Deut. 29:29; II Tim 3:16,17, "Toda a Escritura é inspirada e proveitosa ...").
O simples fato que subsistem salvos entre o espiritual e moralmente incapacitados; que existem vivos entre os mortos em pecados e ofensas; que têm os que querem agradar Deus entre uma multidão de incapacitados que somente procuram concupiscência é prova definitiva que existe uma força maior do que os homens crentes operando para salvá-los. Essa força opera segundo um poder fora do homem. Esse poder opera segundo uma determinação que não pertence ao homem.
Temos estudado já que essa determinação é a própria vontade de Deus (Efés. 1:11). A vontade soberana de Deus é revelada nas Escrituras Sagradas em certos termos. O termo que estipula a ação da eterna vontade de Deus em determinar quem entre todos virão ser salvos é eleição. Como entenderemos pelo estudo, a eleição de Deus é puramente uma terminologia bíblica sem ser uma invenção de nenhum teólogo humano.
O Significado das Palavras Bíblicas: ‘eleito’ e ‘escolha’
Convém um entendimento da terminologia que Deus usa pela Bíblia no tratamento desta doutrina. Existe a palavra ‘eleito’ tanto no Velho Testamento (# 972, 4 vezes somente: Isa 42:1; 45:4; 65:9,22) e no Novo Testamento (# 1588 com raiz em #1586, 27 vezes junto com as suas variações: eleição, elegido). Não obstante onde a palavra ‘eleito’ é usada, tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento, a palavra ‘eleito’ significa a mesma coisa: escolhido, um preferido, elegido - por Deus (Strong’s, Online Bible). As vezes, essa palavra hebraica traduzida na maioria dos casos por ‘eleito’ em português é também traduzida, em português, umas quatro vezes, por ‘escolhido’ (I Crôn 16:13; Sal 89:3; 105:6; 106:23). A palavra em grego traduzida por ‘eleito’ no Novo Testamento (#1588, 27 vezes) é também traduzida ‘escolhido’, com a suas variações, não menos que trinta vezes (#1586, Mat. 20:16; Mar 13:20, "eleitos que escolheu"; João 13:18; I Cor 1:27; Efés. 1:4, etc.). Somente por um olhar ao significado desta palavra ‘eleito’, como ela é usada pelas Escrituras Sagradas, podemos entender que a eleição é uma escolha, uma escolha feita por Deus. A palavra ‘eleito’ em português significa como adjetivo: 1. Escolhido, preferido. Como substantivo significa: Indivíduo eleito (Dicionário Aurélio Eletrônico). A própria palavra ‘eleição’ significa em português: 1. Ato de eleger; escolha, opção (Dicionário Aurélio Eletrônico). Como é claro pelo estudo das palavras usadas biblicamente para explicar a determinação de Deus, tanto em Hebraica, em grego ou em português a palavra ‘eleito’ e ‘escolha’, junto com a suas variações, significam a mesma coisa, ou seja, uma escolha de preferência.
A Natureza da Eleição
Desde que a Bíblia trata dessa escolha abertamente, não temos que chegar a uma vaga conclusão deduzida por abstratos, emoções, preferencias ideológicas ou mera simbologia. Essa escolha é descrita pela Bíblia. Por ser descrita biblicamente não é necessário ter dúvidas sobre a natureza da eleição.
A eleição: Origina-se com Deus
É claramente estipulada biblicamente que a eleição origina-se com Deus. Os que crêem em Cristo são feitos filhos de Deus e salvos mas não são feitos eleitos pela fé. Este nascimento não é, como origem, do sangue ou da carne (do homem), mas de Deus (João 1:12,13; Rom. 9:16), quem é Espírito (João 4:24). Estes que querem vir a Deus e crer em Cristo, venham e crêem por serem dados a Cristo pelo Pai em primeira instancia antes da existência do homem (João 6:37; Efés. 1:4). Pelo fato de serem dados a Cristo pelo Pai temos uma prova clara que existia a determinação primeiramente e essa determinação de Deus é a origem de qualquer ação positiva feita pelo homem para com Deus. Essa determinação não foi de homem mas de Deus (João 6:37). Pela eleição ser motivada primeiramente por Deus, Cristo pôde declarar: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (João 15:16; I João 4:19). Realmente, se marcássemos através da Bíblia cada um dos casos que Deus age soberanamente com o homem, cada uma das declarações que determinam que a eleição e os seus frutos são de Deus e cada ilustração, parábola, etc. que mostra que a eleição é a operação usual de Deus, entenderemos que quase todos os livros da Bíblia atestam que a eleição é de Deus pela Sua graça. Considerando os fatos já estudadas sobre Os Necessitados da Salvação, o homem não pôde ajudar a Deus nessa escolha pois, o homem, é incapaz de fazer qualquer coisa boa e realmente apenas maquinava pensamentos maus continuamente (Gên. 6:5; Jer 17:9; 13:23; Rom. 3:23). Pela razão da eleição vir primeiramente de Deus, os cristãos têm forte razão de adorar e louvar a Deus eternamente. É isto que o Apóstolo Paulo enfatiza na sua carta aos Efésios (Efés. 1:3, 4).
A eleição é: Incondicional

A natureza dessa escolha é descrita pela Bíblia também como sendo incondicional. Isso não quer dizer que a salvação não tem condições, pois as tem (e todas elas são preenchidas pelo sangue de Cristo, Efés. 2:13; I Pedro 1:19,20), mas, não estamos tratando agora o preço pago na salvação, mas da escolha que Deus fez para a salvação. Dizendo que a eleição é incondicional queremos entender que aquela escolha que Deus fez antes da fundação do mundo (Efés. 1:4), não foi baseada em algo que existia anterior ou poderia existir posteriormente no homem. Isto é, não há nada que originou-se no homem que poderia ser interpretada como sendo uma condição que induziu Deus primeiramente o preferir. A condição da eleição não foi um conhecimento divino que o homem aceitaria a salvação se ela fosse apresentada a ele. Lembramo-nos do nosso estudo anterior sobre a condição dos necessitados da salvação, que, no homem, não existe nenhuma coisa boa (Rom. 7:18, "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum"; Jer 7:19; 13:23), e, não habitando nada boa nele, há nada para atrair a atenção salvadora de Deus a ele nem alago que dava-lhe uma predisposição a escolher o que era bom (Jer 13:23). A condição da escolha primária não foi do homem, mas, Deus escolheu o homem "para a si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efés. 1:5,9,11). A condição da determinação primária de Deus foi pelo querer de Deus e não por nenhuma justiça real ou provável que o homem poderia ter, intentar ou desenvolver (Isa 64:6, são "todas as nossas justiças como trapo da imundícia"). Se o homem tivesse qualquer condição favorável que o destacava diante do favor de Deus, aquela condição faria Deus a ser obrigado a conceder-lhe a salvação. Isso faria a salvação a ser pelas obras ou pelas condições humanas e não segundo a graça; o beneplácito da vontade divina. A eleição, tanto quanto a salvação, é puramente pela graça: um favor divino desmerecido e imerecido pelo homem (Rom. 11:5,6; Efés. 2:8,9). Foi uma escolha puramente divina e graciosa em salvar um homem que não tinha nenhuma condição boa para apresentar diante de Deus como um mínimo mérito qualquer. Deus preferiu um pecador particular para receber a Sua graça somente porque quis (Rom. 9:15,16, "Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia"). Somente entendendo tudo sobre a vontade de Deus, algo que não podemos nunca atingir, entenderemos por completa por que Deus escolheria um homem tão depravado que não possuía nenhuma capacidade, e, portanto, nenhuma condição, para atrair-lhe a Deus. Mas, de fato, conforme a Bíblia, é isto que Deus fez. A escolha de Deus de Israel revela essa atitude (Deut. 7:7) e a escolha de Deus para a salvação é da mesma natureza (João 1:12,13; Rom. 3:18-23; 9:15,16). Devemos resumir esta parte da natureza de eleição como Jesus resumiu-a: Sim, ó Pai, porque assim te aprouve (Mat. 11:26). 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Missão Demonstração do Amor de Deus a Humanidade


Texto Base: Efésios 2: 4-7

 Introdução:

Deus em seu pleno conhecimento trouxe ao homem a existência de um sentimento dantes desconhecido de seu coração, e o homem quando caíra em seu pecado o mesmo passou a morrer (Gênesis 2:17 ... mas da arvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás), uma morte que ele não compreendia em seu sentido amplo, a morte não física apenas, mas a espiritual (Romanos 6:23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor) este era o salário pelo pecado obscurecendo a sua mente, até estes ficarem sem ter o conhecimento, e, com os seus corações duros não vêem mais a vida de Deus (Efésios 4: 18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração). A humanidade sai do propósito de Deus para a sua vida, mas, contudo não saiu do coração do seu Senhor que o amou sem reservas (João 3: 16), um Amor tão sublime que se manifestou ao homem para o salvar, em seu plano missionário parar o seu resgate.

a) Misericórdia ação de Deus:

A Palavra que retrata o sentimento de Deus para o homem é misericórdia, em 1º Crônicas 16:34 David recita: (Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom; porque a sua misericórdia dura pra sempre), misericórdia quer dizer compaixão da miséria, Deus teve compaixão de nossa miséria e veio nos regatar da nossa situação deplorável de pecado (Efésios 2:4-5 Mas Deus sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos...), esta é a ação de misericórdia de Deus. Quando somos alcançados por esta misericórdia Deus nos capacita com aquilo que precisamos para a sua grande obra missionária, (2ª Pedro 1:3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem a vida e a piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude) o missionário deve compartilhar da Misericórdia de Deus para a humanidade.

b) Misericórdia, revestimento do missionário:

Para que o missionário possa levar vida e piedade para os que necessitam este tem de andar revestido como eleito de Deus (Colossenses 3:12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade), quando compreendemos tal caminho, o caminho da misericórdia, seremos santos, pois levaremos santidade; teremos bondade, pois levaremos a bondade de Deus; seremos humildes, porque seremos totalmente dependentes dele; mansos de maneira que não retribuiremos o mal com mal; e longânimos seremos porque a nossa esperança é eterna. O missionário tem por necessidade ser misericordioso (Lucas 6:36 Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai), esta ordem é uma ordem de amor e de total entrega (1ª João 3:16 Nisto conhecemos o amor; que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos), ter a misericórdia em nosso viver é amar sem reservas, é dar a vida, se preciso para salvar poucos.

c) O coração misericordioso:

O Missionário misericordioso deve ter o coração de Deus, deve ter o seu coração pulsando juntamente com o coração de Deus, e o coração de Deus pulsa por almas, pois foi Ele que nos amou primeiro, foi ele que primeiro se preocupou com o homem (Gênesis 3:9 E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?), não há como fazer missões sem amor pelas almas sem se gastar por elas a cada dia e a cada momento, temos de estar dentro da vontade redentora de Deus que é de salvar a humanidade perdida (1ª Timóteo 2:4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade), Deus quer que todos alcance sua graça redentora. Pois esta graça é a razão de sermos salvos (Efésios 2:5 ... pela graça sois salvos...), e a graça é favor imerecido, e o missionário tem que entender que ele foi chamado por Deus para pregar o Evangelho a todos, pois todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Romanos 10:13).


Conclusão: O coração de um missionário deve ser cheio de misericórdia e de amor pelas almas, sem misericórdia não há como negar a si mesmo para ir pregar o evangelho (Lucas 14:33 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser o meu discípulo), renunciar tudo, é renunciar a si mesmo, e com lágrimas levar a boa semente (Salmos 126:5 Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão), as lágrimas de Deus em nosso rosto e a alegria de Deus em nossa alma, por vidas que o aceitaram e entraram no Reino de sua graça.