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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Apocalipse 9

 



9:1 A estrela que do céu caiu na terra pode ser um demônio (v. 2), o próprio Satanás (Ap 12.9), ou um anjo servindo a Deus (Ap 20.1). E mais provável que seja o diabo ou um de seus subordinados a quem foi dada autoridade para libertar uma vasta multidão demoníaca que tinha sido aprisionada no abismo. Satanás inicia uma tentativa massiva final para impedir o estabelecimento do Reino de Deus na terra. O poço do abismo e a prisão temporária de alguns demônios (Lc 8.31). E também o lugar de origem da besta (Ap 11.7; 17.8). Além disso, será o lugar onde Satanás será aprisionado durante o reinado de Cristo (Ap 20.2, 3).


9:2 Fumaça é a descrição visual exata de uma enorme nuvem de gafanhotos vista à distância. Como a fumaça subiu do poço, a nuvem e, sem dúvida, demoníaca (Ap 11.7).


9:3 Os gafanhotos eram muito temidos nas sociedades agrícolas antigas porque eles devoravam as colheitas. Em Êxodo 10.12-15, uma praga de gafanhotos destruiu o que restou das colheitas do Egito. Joel 1.2 fala de uma invasão de gafanhotos que o Senhor usou para julgar a impetrante Judá, que foi um prenúncio do Dia do Senhor. Talvez aquela passagem seja uma base para as imagens nos versículos 2-10. Ferrões de escorpiões e suas caudas, causando grandes dores e até mesmo a morte (Ap 9:10). A única comparação entre os gafanhotos e os escorpiões são as caudas com ferrões (v.10).


9:4 Deus controla as ações dos gafanhotos, fazendo com que eles evitem aqueles que têm na testa o sinal de Deus (Ap 7.2-4). Como nenhum dano será acarretado a erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, apenas os infiéis que não possuem o selo de Deus, esses insetos não são gafanhotos comuns (Ap 9:7-10). Um selo é colocado nos 144 mil de todas as tribos dos filhos de Israel (Ap 7.2-4) para protegê-los durante a “grande tribulação” (v.14). Todos aqueles que acreditaram no evangelho da salvação por intermédio de Jesus Cristo são selados com o Espírito Santo (Ef 1.13) até o dia final da redenção e herança (v. 14).


9:5, 6 Aparentemente, o tormento dura cinco meses porque esse é o tempo de vida de um gafanhoto. Muitos homens infiéis buscarão a morte, mas sem sucesso. A passagem não diz como o desejo de morte deles é frustrado, mas esse período de tempo é uma oportunidade adicional para que esses se arrependam diante do Senhor (v. 20, 21) e sejam salvos por intermédio de Cristo.


9:7 A frase semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra pode ser explicada mais adiante no versículo 9 como couraças de ferro. Sendo assim, significa que os gafanhotos têm uma espécie de armadura. Coroas semelhantes ao ouro podem indicar que os gafanhotos tem um grande prestígio entre os demônios, mas ainda estão uma categoria abaixo de seus reis, Abadom e Apoliom (v. 11). Rosto como o de homem. Os gafanhotos têm algumas características parecidas com as dos seres humanos.


9:8 Cabelos como cabelos de mulher podem referir-se a longa antena dos insetos. Os dentes como os de leão sugerem força e crueldade, uma descrição parecida com a das bestas em Apocalipse 13.2.


9:9-11 A organização dos gafanhotos fora do poço do abismo (Ap 9:2) sob a liderança de um rei e o fato de eles mesmos usarem coroas (v.7) indicam que eles podem fazer parte de uma hierarquia como principados, potestades, príncipes das trevas (Ef 6.12). O anjo do abismo e um demônio que controla os demoníacos gafanhotos (v. 3-10). Se esse anjo serve a Deus, esse e outro caso onde a atividade de Satanás ou de seus demônios esta sob o controle soberano do Altíssimo (2 Co 12.7, 9). O nome do anjo em hebraico e em grego significa destruição.


9:12 O primeiro ai citado em Apocalipse 8.13 e a praga demoníaca dos gafanhotos, que compreende a quinta trombeta (Ap 9:1-11), o que indica que os dois ais restantes são a sexta e a sétima trombetas (Ap 11.15-19).


9:13 O fato de João ter ouvido uma voz, no lugar de uma sinfonia das vozes de todos os mártires (Ap 6.9, 10), e uma voz de autoridade, no lugar da voz de um anjo (Ap 8.3-5), indica que o locutor e o Cordeiro que foi morto e redimiu o Seu povo (Ap 5.9).


9:14-16 O grande rio Eufrates e a fronteira oriental da terra prometida a Abraão e aos seus descendentes em Gênesis 15.18, assim como a área geográfica de onde inimigos poderosos como a Assíria e a Babilônia saíram para invadir Israel (Is 8.5-8). Ele pode representar o local da vitória anterior de Satanás (no jardim do Éden). A soltura dos quatro anjos naquela hora e dia exatos está em harmonia com o retrato que a literatura apocalíptica faz do controle soberano de Deus em determinar o tempo de Seu plano (Dn 9:24-27). O exército de duzentos milhões matará a terça parte dos homens, sob o comando ou a influência dos quatro anjos que foram soltos. Um terço da humanidade poderia ser numerado em bilhões. Junto com a destruição anterior de um quarto da humanidade, mais da metade da população mundial terá sido morta. Dizem que a terça parte aqui é apenas uma característica estilizada dos juízos das trombetas (Ap 8.7-12). Observe também que o alastramento da matança já tinha chegado a um quarto da terra durante a abertura do quarto selo (Ap 6.8), e muitos morreram durante as catástrofes das três primeiras trombetas (Ap 8.7-11), reduzindo mais ainda a população mundial.


9:17-19 Embora os cavaleiros sejam os que são numerados em duzentos milhões (v. 16), os cavalos que eles montaram e seu poder de matar e que são descritos. Existem semelhanças entre os cavalos do juízo da sexta trombeta e os gafanhotos semelhantes a cavalos (v. 7) da quinta trombeta. A menção de couraças (v. 9), a comparação com o leão (v. 8) e o poder de suas caudas (v. 5, 10) poderiam sugerir que essas duas passagens oferecem diferentes perspectivas sobre a mesma força demoníaca. No entanto, isso é improvável porque os gafanhotos não recebem autoridade para matar (v. 5), mas apenas para atormentar, enquanto os cavalos matam a terça parte dos homens.


9:20, 21 Os outros homens, que não se arrependeram, não incluem aqueles que têm na testa o sinal de Deus (v.4; 7.2-4). A má vontade para se arrepender apesar da terrível devastação das pragas é uma reminiscência da atitude do Faraó,  que pela sua dura cerviz as pragas foram lançadas sobre o Egito (Ex 7.22; 9:7). Aqui, arrepender-se significa mudar de pensamento em relação às obras, a fim de deixar de adorar aos demônios e aos ídolos, e para se voltar para o Senhor Jesus Cristo em fé (Lc 24.47; At 26.20).



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