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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Uma Vida no Espírito As ordenanças

A vida no Espírito aponta para as ordenanças na igreja de Cristo. Nos escritos paulinos não há muitas referências sobre estas ordenanças, todavia as que hão, são de suma importância. Podemos ver a exemplo o trecho de I Cor. 12:13 a. que mostra a importância que o Espírito Santo têm na atuação dos que se convertem. Neste caso Paulo mostra que a pessoa que se converte é feita parte da igreja pelo Espírito Santo e não pelas águas. O novo nascimento só é efetuado naquele que é gerado pelo Espírito Santo. Esta unidade só é proporcionada pelo Espírito, como ele menciona posteriormente que: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado de beber de um único Espírito.
                Uma vida no Espírito para Paulo referisse a unidade que a pessoa tem com a Igreja, pois, não havendo unidade, aquela pessoa não está em Cristo (Gal. 3:27-28). O Espírito nos liga à Cristo, e Cristo é o que nos liga um ao outro. Esta unidade com Cristo indicará que você é, ou não, uma nova pessoa em Cristo (Rom. 6:3). Viver em unidade é viver a nova vida de Cristo, sem rudimentos do passado, ser crente é ser santo, e ser santo é ser separado (Rom 6:4; Col. 2:12). Quando vivemos isto por completo, vivemos em unidade com Cristo.
                A menção da Ceia do Senhor também ressalta que esta ordenança é para exaltar a unidade do Espírito na vida da Igreja. Em I Cor. 10: 16-17. É imperativo é que uma vida no Espírito Santo é uma vida cheia da graça de Deus em comunhão com os irmãos, e com Deus. Não há como termos a certeza de uma vida cheia no Espírito Santo sem estar em comunhão com todos que fazem parte do corpo. Quando o cristão participa do corpo de Cristo é reforçado na mente dele que o Senhor o chamou para ser um com a sua igreja e com Cristo.
                Assim a Ceia do Senhor é de suma importância para os irmãos, pois é o momento de unidade. Para Paulo não se poderá haver facções na Igreja, isto é demonstrado no pensamento expresso em I Cor. 11:21, donde estes faziam grupos fechados o tomavam a Ceia com abundância entre os mais afortunados, quanto os mais pobres nem eram lembrados, então Paulo diz que isto não é Ceia do Senhor, ou seja, isto não é comunhão (I Cor. 11:20). E, então a Ceia ganhará a explicação mais contundente ao que tange uma vida cheia no espírito Santo (I Cor. 11:23-26): 1) Uma vida no Espírito vive a nova aliança; 2) Uma vida no Espírito tem a memória do sacrifício de Cristo na Cruz; 3) e uma vida no Espírito Santo é uma vida de proclamação da morte do Senhor até que ele venha.

                Assim, Paulo afirma que aquele que tem uma vida no Espírito Santo é o crente nascido de novo, que morreu em Cristo e ressuscitou para uma vida em comunhão com Cristo e com os seu irmão, como um verdadeiro corpo espiritual.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Vida no Espírito Santo Os Dons do Espírito Santo


No estudo passado vimos que o Apostolo Paulo, espera que todos tenham o Fruto do Espírito, contudo, concernente aos dons do Espírito Santo ele não vê da mesma forma, mas enxerga que os Dons também são uma característica do crente cheio do Espírito Santo, destarte, ele afirma a ter uma diversidade de dons (1 Cor. 12:4-11). E, a tese paulina é que os Dons do Espírito Santo é o que estimula a unidade da igreja, pois há diversos membros, contudo, um só corpo (I Cor. 12:12).
A igreja de Corinto era uma igreja adornada pelos dons espirituais, e parece que este fato era a beleza deste da vida cristã deste povo, mas Paulo os exorta a não se ensoberbecer (I Cor. 4:6); é bem claro que havia um sentimento de competição entre os quais tinham charisma. Por este fato o Apóstolo Paulo insere o dom do Amor em um capítulo inteiro (I Cor. 13), desta maneira demonstrando que o bom uso dos dons só é possível com o amor. Este ensino não era para inibir o uso dos charimas, mas estimulá-los a buscarem os charimas mais importantes para o crescimento e edificação do corpo (I Cor. 14: 12; 18; e 26), ser cheio do Espírito Santo é ter os dons a serviço da igreja, e não em benefício próprio.

Na vida da igreja o Espírito Santo está presente, e na vida do cristão autentico sempre está atuando. O Santo Espírito atua dando testemunho da obra salvífica de Deus em nossas vidas (Rom. 8:16), intercede por nós (Rom. 8:26-27) e nos santifica (Rom. 15:16). Na justificação (I Cor 6:11) e na revelação (I Cor. 2:10; I Tim. 4:1-5). A presença do Espírito Santo na vida do crente é o selo da propriedade do Senhor (Ef. 1:13; 4:30). Além destas atividades o Espirito Santo nos ensina (I Cor. 2:13) e vive em nós (II Tim. 1:14), e nos capacita para a eternidade (II Cor. 3:6).

A vida no Espírito Santo


O crente em Cristo Jesus deverá ter uma vida cheia do Espírito Santo, isto significa se tornar morada das virtudes espirituais (Rom. 8:9, 11; I Co. 3:16). Viver uma vida no Espírito é viver uma vida cheia da virtude do Altíssimo confrontando o Mundo e seus ideais.
A teologia cristã defende que todo crente tem o Espírito Santo, e são guiados por eles, Paulo diz afirmativamente que “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus”. (Romanos 8:14 ) E, em termos negativos: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. (Romanos 8:9) Um erro grosseiro é falar que uma pessoa que se converteu a Cristo, não tem o Espírito Santo; pois, logo esta não será convertida.
Existe uma distorção sobre ser cheio do Espírito Santo. As pessoas pensão que é um recebimento de um espírito, e que tal pessoa manifestará tremedeiras, giros e gritos, ou, que falará freneticamente. Todavia, ser cheio do Espírito Santo é manifestar o fruto do Espírito, e o que é este fruto? Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5:22,23) então, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. (Efésios 5:9,10). Esta ideia é ratificada pelo nome que os cristões conheciam: Espírito Santo.
O Espírito Santo não é uma força, mas sim, uma pessoa. Paulo diz que o Espírito Santo distribui dons aos homens, como lhe apraz (I Cor. 12:4-11), demonstrando querer e gerenciamento. Ele também falará da psique do Espírito Santo, da mente, do que soma a personalidade de qualquer pessoa (Romanos 8:6, 27) e demonstra sentimento que o Espírito Santo tem, quando ressalta para não entristecer o Espírito Santo (Efésios 4:30). Este entendimento é essencial para que o cristão venha ter um aproveitamento de toda Obra do Espírito Santo, pois, é este que derrama o amor de Deus nos corações (Rom. 5:5), e o mesmo Espírito Santo é também o que gera amor em nós (Rom. 15:30). Pelo Espírito Santo ser uma pessoa é somos guiados por Ele (Gal. 5:18). O Espírito Santo não é uma força impessoal.
O entendimento paulino vai demonstrar que o espírito Santo está envolvido é atividades importantíssimas. Paulo afirma que os crentes estão no Espírito Santo, assim como disse que eles estão em Cristo. Destarte, os crentes não estão na carne, mas no Espírito Santo (Romanos 8:9); estes podem falar no Espírito Santo (I Cor. 12:3); devem andar no Espírito Santo (Gal. 5:16); a consciência de Paula atua no Espírito Santo (Rom. 9:1). Semelhantemente, Paulo fala dos que se inclinam para o Espírito Santo (Rom. 8:5; Gal. 4:29), e dos que andam “segundo o Espírito Santo” (Gal. 5:16,25). Ultimasse que o Espírito Santo é fator dominante na vida do crente.

Para Paulo o Espírito Santo é uma pessoa real que habita nos crentes (I Cor. 6:19; II Tm 1:14), os fortalece para o serviço (Rom. 8:26; II Cor. 3:6; Ef. 3:16) e lhes ensina o que deve dizer (I Cor 2:13). O resultado é uma série de virtudes cristãs, como justiça, paz e alegria (Rom. 14:17; I Ts 1:1-6); a esperança da Justiça (Gal. 5:5) e admissão da presença do Pai (Ef. 2:8). E, então é dado o entendimento que quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna (Gal. 6:8).

A Lição da Figueira

(Mat. 21:18-22)

Depois de passarem a noite em Betânia (21:17), Jesus e os discípulos se levantaram e voltaram para Jerusalém. Betânia ficava a cerca de três quilômetros de Jerusalém, o que o tornava um subúrbio daquela cidade.
Neste trecho um pouco enigmático parece à figura de uma figueira. A figueira do figo comestível (Ficus carica) é a primeira planta descrita na Bíblia, quando Adão se veste com suas folhas, ao notar que está nu (Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se. Gênesis 3:7). A origem da espécie parece ser do Oriente Médio.
                O figo comestível era cultivado em todas as civilizações do Mediterrâneo na antiguidade, incluindo os povos egípcios, judeus, gregos e romanos. O figo comestível tinha a vantagem de poder ser secado e se manter adequado à alimentação durante meses. Para atravessar o deserto, os povos antigos do Oriente Médio e norte da África utilizavam frutas secas, entre elas o figo, ricas em nutrientes e fáceis de conservar.
O figo é considerado um fruto sagrado para os judeus. Ele faz parte dos sete alimentos que crescem na Terra Prometida, segundo a Torá (Deut. 8), o Antigo Testamento. São eles: trigo, cevada, uva, figo, romã, oliva e tâmara (representando o mel).
As figueiras davam frutos da seguinte forma: em março, tinham pequenos botões comestíveis; em abril, vinham grandes folhas verdes; então em maio os botões caiam e eram substituídos por figos comestíveis. Este evento provavelmente ocorreu em Abril, então Jesus esperava se alimentar daquela figueira, que, contudo, havia várias folhas verdes, mas era infrutífera. (Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: "Nunca mais dê frutos! " Imediatamente a árvore secou. Mateus 21:19)
O grande ensinamento desta parábola passa pela primeira vez que Jesus usou o seu poder para o juízo, demonstrando que o Deus Salvador é também juízo bem presente (Porque o nosso Deus é um fogo consumidor. Hebreus 12:29).
Nesta parábola a figueira simboliza Israel, um povo separado e escolhido por Deus (Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra. Deuteronômio 7:6); esta escolha era para que Israel pudesse dar frutos entre as nações da Terra, contudo Israel despreza sua missão (Assim diz o Soberano Senhor: Eu a tratarei como merece, porque você desprezou o meu juramento ao romper a aliança. Ezequiel 16:59), e Deus então a julga com fervor. Israel passa a ter uma religião frívola, vazia perante o Deus Eterno (O Senhor diz: "Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens. Isaías 29:13), e este fato na época de Cristo era ainda mais notório, tanto que o próprio Cristo ratifica a profecia de Isaías em Marcos 7: 6-7.
Esta religião era muita vistosa, pois era cheia de tradições humanas (Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens".Marcos 7:8), Deus nunca quis isto para o seu povo, mas sempre quis protegê-los, todavia, sempre fugiram da presença do Senhor (Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram. Mateus 23:37), mas estes eram como sepulcro caiado (Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Mateus 23:27). Assim, a parábola começa a fazer sentido.
Jesus viu aquela formosa figueira cheia de folhas, e deduziu que esta já esta com os seus pequenos frutos para alimentá-lo (Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Mateus 21:19a); houve uma grande decepção em Cristo por não se saciar dos frutos da figueira, então só lhe restou amaldiçoa-la (Então lhe disse: "Nunca mais dê frutos! " Imediatamente a árvore secou Mateus 21:19b).
Esta parábola aponta para necessidade de não termos uma vida de uma religião aparente e vazia. Este paradigma reflete em uma ocasião futurística agora relacionada à igreja de Laodicéia:
Ao anjo da igreja em Laodicéia escreva: Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da criação de Deus.
Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente!
Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.
Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu.
Dou-lhe este conselho: Compre de mim ouro refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar.
Apocalipse 3:14-18
Esta igreja é a expressão de Israel figurado pela figueira. Laodicéia era uma cidade que era suprida por águas de outra cidade, Colossos, que tinha suas águas geladas, pois viam das montanhas, e que saciavam a sede dos viajantes. Existia também outra cidade chamada Hierápolis, que tinham fontes de águas termais, que aliviava as dores dos corpos dos que se banhavam nelas. Todavia, Laodicéia tinha uma verdadeira inutilidade de suas águas, que chegavam mornas e provocavam vômitos em que bebiam, ou seja, nenhuma utilidade apesar de ser rica; porém, era  miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. Uma igreja sem identidade; uma figueira afrontosa cheia de folhas, mas sem frutos.
Deus quer que nós venhamos a reconhecer a nossa miséria espiritual e que não vivamos uma vida religiosa de aparência. E, que possamos produzir verdadeiro fruto do Espírito.
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos.
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.
Gálatas 5:22-26

Assim, na vinda do Senhor não o frustraremos, e iremos saciar a sua vontade de habitar com a sua igreja eternamente.