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segunda-feira, 27 de março de 2023

As duas naturezas reveladas na Cruz do Calvário



Crucificação ou crucifixão é um método de pena de morte no qual a vítima é amarrada ou pregada em uma viga de madeira e pendurada durante vários dias até a eventual morte por exaustão e asfixia.

Crê-se que o método tenha sido criado na Pérsia e trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente. Os itálicos copiaram a prática dos cartagineses. Neste ato se combinavam os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com a flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido ao réu estando este preso a uma coluna.

No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum a colocação de "bancos" no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.

No cristianismo a crucificação é símbolo do martírio de Jesus Cristo que expressa diversos sentimentos nos que ouvem (Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. 1 Coríntios 1:18). Na Cruz não há poderes místicos algum, todavia, a mensagem que emana da cruz é poderosa em Cristo para a salvação do vil pecador (Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1:16). Assim esta é as boa novas que salva o perdido. Leia o texto abaixo:

Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis.

Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

(1 Coríntios 15:1-4)

A vitória do crente é sem sombra de dúvida, a vitória sobre a sua natureza pecaminosa, é disso que se trata a pregação da Igreja de Cristo. Que vencemos o pecado pela morte de Cristo na Cruz e, que a nossa fé não é vã, pois Ele ressuscitou segundo as Escrituras. Cristo na cruz foi o cumprimento das profecias sobre o Messias. Em relação às profecias relacionadas à morte e crucificação de Cristo, o Salmo 22 e Isaías 53 certamente se destacam. Veja alguns exemplos:

Suas mãos e pés transpassados – Salmo 22:16 e João 20:25;

Seus ossos não seriam quebrados – Salmos 22:17 e João 19:33;

Os homens iriam lançar sortes pela roupa do Messias – Salmo 22:18 e Mateus 27:35;

Jesus seria rejeitado – Isaías 53:3 e Lucas 13:34;

Ele ficaria em silêncio em frente de seus malfeitores e acusadores – Isaías 53:7 e 1 Pedro 2:23;

Ele seria morto, de forma a completar a obra expiatória pelos pecados de seu povo – Isaías 53: 5-9 e 2 Coríntios 5:21;

Morreria ao lado de criminosos – Isaías 53:12 e Marcos 15:27; e

Seria sepultado com os ricos – Isaías 53: 9 e Mateus 27: 57-60.

Na Cruz houve o que era necessário para que a humanidade pudesse ser salva de seus pecados, o derramamento de sangue, pois, “é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11). Todavia, qual sangue poderia ser derramado para resgatar o ser humano da morte eterna. Leia o texto abaixo:

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.

Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.

(Hebreus 9:22-28)

A cruz revela a malignidade do homem e o amor de Deus. A crueldade pelo qual o Senhor Jesus foi rejeitado, humilhado, traído, escarnecido, açoitado, coroado com espinhos e crucificado totalmente despido demonstra a natureza cruel da humanidade. Tudo isso é mostrado na Cruz, pois a humanidade sem Deus é a causa da sua própria dor e ruína devido ao pecada. Paulo nos fala sobre isso em Romanos capítulo 10:

Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.

Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura.

Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.

Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz.

Não há temor de Deus diante de seus olhos.

Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.

Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.

Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.

Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

(Romanos 3:10-26)

Por outro lado, vimos o amor de Deus manifesto em sua plenitude grandiosa, sem reserva e cheio de graça, foi o amor de Deus que originou o plano da salvação, e sem esse Amor Jesus nunca teria morrido na cruz para nos resgatar do poder do pecado e da morte (Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16). Este amor é a manifestação da sua graça, de seu favor imerecido, mesmo nós estando ainda mergulhados em pecados fomos salvos pelo seu amor, pois Ele é cheio de ternas misericórdias (Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) ... Efésios 2:4,5). Sim! A crucificação de Cristo ratifica todo o amor de Deus a nós (Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8)

Concluo relatando que a cruz expressou o Amor de Deus para as nossas vidas e, este amor nos traz paz (E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Filipenses 4:7). Paz esta, por ter certeza que fomos perdoados da nossa natureza perversa em Cristo Jesus e, em resultado uma nova criação nos tornamos (Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5:17), assim, fomos reconciliados com Deus de forma eternal, tendo em vista que nada poderá nos separar deste Amor.

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

(Romanos 8:37-39)


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