Texto: Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! (1 Coríntios 9:16)
Todo cristão é chamado por Deus para transmitir os ensinamentos do Reino de Deus (E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”. Marcos 16:15), é salutar que a missão basilar de todo aquele que é nascido de novo, é continuar a obra de Cristo neste Mundo (De fato, vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, pois, apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria que vem do Espírito Santo. 1 Tessalonicenses 1:6). O Ministério de Jesus Cristo era pautado em cumprir a vontade de seu Pai (Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. João 6:38) e quando entendemos a nossa vocação vemos que fomos enviados por Jesus Cristo e logo o nosso exemplo é o próprio Cristo (Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. João 20:21); não somos de nós mesmos, mas pertencentes a Cristo Jesus (1 Coríntios 3:23) e desta forma, em nós haverá a mente de Cristo para o comprimento da missão (Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:16).
Ter a Mente de Cristo reflete em anunciar o Reino de Deus como Jesus Cristo anunciou. Jesus Cristo anunciou o Evangelho do Reino dos Céus (Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Mateus 4:17). Mas qual era a mensagem do Reino dos Céus? A mensagem do Reino de Deus inicia a um chamamento ao arrependimento, é esta a mensagem do pregoeiro da Palavra do Senhor, pois esta era a pregação dos Apóstolos (Atos 3:19 “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados…”). Toda promessa divina a humanidade inicia com o arrependimento dos pecados cometidos. Assim entendemos São Paulo quando diz: “...não tenho de que me gloriar...”. Pois, a principal obra que emana do anseio missionário não vem da perspicácia humana, mas sim, do poder do Espírito de Deus (E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Zacarias 4:6), então não há glória no vocacionado, a glória é pertencente unicamente a Deus (Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. Romanos 11:36).
Nos é imposto pregar a Palavra de Deus pelo Senhor Jesus Cristo, fica implícito na Grande Comissão (Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mateus 28:19,20). Isso nos leva a uma consideração dos termos da Grande Comissão. Qual foi a comissão que o Senhor Jesus deu ao seu povo? Não pode haver dúvida de que a maioria de suas versões (pois parece que ele repetiu a comissão de várias formas e em várias ocasiões) dá ênfase ao evangelismo. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” é o mandamento familiar da “longa conclusão” do Evangelho de Marcos que parece ter sido adicionada mais tarde por outra pessoa, após a conclusão original ter sido perdida (Mc 16.15). “Ide […] fazei discípulos de todas as nações, batizando-os […], ensinando-os” é a forma que Mateus escolheu (Mt 28.19-20), enquanto Lucas registra, no final de seu evangelho, as palavras de Cristo de que “em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações” e no início de Atos, de que seu povo receberia poder para se tornar testemunha até os confins da terra (Lc 24.47; At 1.8). A ênfase cumulativa parece clara. Ela é colocada na pregação, testemunho e discipulado, e muitos deduzem disso que a missão da igreja, de acordo com as especificações do Senhor ressurreto, seja exclusivamente uma missão de pregação, conversão e ensino. Contudo, a mais para aqueles que se dedicam a obra de missões.
A forma crucial como a Grande Comissão foi entregue a nós (apesar de ser a mais negligenciada, por ser a mais custosa), é a joanina. Jesus havia antecipado isso em sua oração no cenáculo quando disse ao Pai: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18). Agora, provavelmente no mesmo cenáculo, mas depois de sua morte e ressurreição, ele transforma sua oração-declaração em uma ordem e diz: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Nessas duas sentenças, Jesus fez mais do que traçar um paralelo vago entre sua missão e a nossa. Precisa e deliberadamente, ele fez de sua missão um modelo para a nossa, dizendo: “assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Portanto, nossa compreensão da missão da igreja deve ser deduzida da nossa compreensão da missão do Filho. Por que e como o Pai enviou o Filho?
É claro que o propósito principal da vinda do Filho ao mundo foi singular. Talvez seja parcialmente por essa razão que os cristãos hesitam em pensar a respeito de sua missão como comparável à dele em qualquer sentido. Pois o Pai enviou o Filho para ser o Salvador do mundo, e, com esse propósito, fazer expiação pelos nossos pecados e nos dar a vida eterna (1Jo 4.9-10, 14). Na verdade, ele mesmo disse que havia vindo para “buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). Não podemos copiá-lo nessas coisas. Não somos salvadores. Todavia, tudo isso ainda é uma declaração inadequada para explicar por que ele veio. Todavia, o evangelho vai além de pregar, mas de servir a todos os que necessitam “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). A oferta redentora pelo pecado era um sacrifício que somente ele poderia oferecer; isso seria o clímax de uma vida de serviço e por isso nós também devemos servir. “No meio de vós”, ele disse em outra ocasião, “eu sou como quem serve” (Lc 22.27). Assim, ele entregou-se a si mesmo em um serviço abnegado pelos outros e seu serviço teve uma ampla variedade de formas segundo as necessidades dos homens. Certamente ele pregou, proclamando as boas novas do reino de Deus e ensinando sobre a vinda e a natureza do reino, como entrar nele e como este reino seria espalhado. Porém, ele serviu por meio de obras, assim como por palavras, e seria impossível, no ministério de Jesus, separar suas obras de suas palavras. Ele alimentou bocas famintas, lavou pés sujos, curou os enfermos, confortou os abatidos e até ressuscitou os mortos e, trouxe isso em Mateus 25:35-40 como sendo uma característica de missões.
Quando não anunciamos o Evangelho de Cristo deixamos de ser o amor de Deus nas vidas das pessoas que mais necessitam desse amor. Vivemos em um Mundo que jaz do maligno (1 João 5:19), mas como diz o versículo nós somos de Deus e por sermos de Deus, iluminamos este mundo em trevas por com sua Luz (Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte... Mateus 5:14). Temos uma grande missão de levar a luz para este mundo onde pessoas estão presas em fortalezas espirituais da maldade (Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo... 2 Coríntios 10:3-5). O missionário ele entra nos centros de aflições e dores e com a Palavra de Deus, com o Poder de Deus e com o Amor de Deus levará libertação; cura; alento; cuidado; e salvação pelo nome de Jesus Cristo.
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