Sermão de quinta-feira dia 03 de setembro de 2015.
Culto de Ensino.
A palavra Fé na teologia paulina
é muito utilizada cerca de 142 vezes, ainda o verbo crer 54 vezes e o adjetivo
fiel 22 vezes. Ao utilizar esta palavra Paula tenta não deixar margem para
dúvidas de que a fé é um fundamento para uma vida no Espírito. Quando é falado
de fé, tem que entender que ela tem a sua parte na intelectualidade (Rom. 6:8;
10:9), todavia esta intelectualidade não é à base da fé. Logo é expresso por
Paulo que Fé é compromisso, entrega de toda a vida ao Senhor.
Para
o entendimento paulino a FÉ é o firmamento para receber várias dádivas de Deus
para a vida dos seus eleitos. É pela fé que o crente em Cristo Jesus recebe a
“justiça de Deus” (Rom. 3:22; Fp. 3:9). Esta justiça em Cristo é dada pela
justificação, que é pela fé (Rom. 3:28, 30; 5:1; Gal. 3:24), assim há a
ratificação desta doutrina na citação do Texto do profeta Habacuque, donde deve
ser compreendido desta forma: “Aquele que é justo, viverá pela fé”
(Rom. 1:17; Gal. 3:11). Semelhantemente a propiciação é “pela fé” que o pecador
toma posse (Rom. 3:25), como também o ato de adoração (Gal. 3:26).
A
ênfase é no patriarca Abraão para explicar o caminhar da fé; um grande exemplo:
Creu
Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça (Rom. 4:3; 22-23;
Gal. 3:6). Para os judeus Abraão era aquele que cumpriu a Lei de maneira
exemplar, mas para Paulo não era o cumprimento da Lei, mas sim a Fé que ele
teve que era importante. Um dos exemplos mais contundente da vida de Abraão é a
resposta ao chamamento de Deus quando tinha 75 anos de idade. Abraão ouve a voz
de Deus e obedece, mesmo sem saber para aonde iria (Gên. 12:1-4); esta
obediência foi exclusivamente pela fé. Ele creu em Deus e, por isso se entrega
por completo a mandato de Deus.
Na
tentativa de demonstrar que Deus estabelece o seu caminho pela graça, e não
pela Lei; Paulo citará David em Romano 4: 6-8, aonde a obediência da lei é
suprimida pela Fé na graça de Deus. Ao retornar a Abraão, ele trata na
circuncisão uma prova de que Abraão foi aceito por Deus pela Fé, haja vista,
que ele foi aceito por Deus antes de ser circuncidado; sendo assim, tornando-se
Pai dos circuncisos como os dos incircuncisos.
Assim ele
recebeu a circuncisão como sinal, como selo da justiça que ele tinha pela fé,
quando ainda não fora circuncidado. Portanto, ele é o pai de todos os que
crêem, sem terem sido circuncidados, a fim de que a justiça fosse creditada
também a eles;
e é igualmente
o pai dos circuncisos que não somente são circuncisos, mas também andam nos
passos da fé que teve nosso pai Abraão antes de passar pela circuncisão.
Romanos
4:11,12
Então
é demonstrado o argumento de Paulo. Ele demonstra que a promessa feita a Abraão
foi liga a ele pela “justiça da Fé” (Rom. 4:13). Assim, a graça é importante e
não a Lei, e então é denominada esta conclusão de Fé (Rom. 4:14-16), pela qual
todos os que crerem em Deus, recebem a sua graça. E, assim então todos os que
são da fé, são denominados filhos de Abraão, e assim abençoados com o crente
Abraão (Gal. 3:7-9).
Paulo
ao desenvolver sua tese chega ao ponto de estabelecer a característica do
Cristão, que é a Fé. Os cristãos estão firmes na fé (I Cor. 16:13), permanecem
na Fé (Col. 1:23), andam por Fé (II Cor. 5:7). Pela fé todo o salvo tem o
acesso a Deus (Rom. 5:2 mediante a fé Ef. 3:12), e é pela fé que o Salvador
Jesus habita em nos corações dos eleitos (Ef. 3:17). Todos que estão trilhando
este caminho deverão buscar o crescimento da fé (II Cor 10:15; II Tes. 1:3; I
Tim. 3:10). A progressão desta fé só é possível pelo amor (Gal. 5:6). A fé é
capaz de produzir operações incríveis de vida cristã, como Paul ressalta aos
Tessalonicenses (I Tes. 1:3). Destarte, a Fé é dada por Deus ao homem, e não é
um produto do homem (Rom. 12:3).
Concluindo,
a Fé é o caminho que nos leva a Deus; enxergamos toda a obra salvífica de Deus
através da fé. Temos de ter certeza da promessa divina pela Fé que nos foi dada
pelo Filho de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário