“Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer
vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz, e siga-me” — (Mateus
16:24).
Na nossa vida em certos momentos exige de nós renuncia,
todavia, nenhuma delas hão de se compararem a renuncia que é exigida por Cristo
aos que são chamados para seguir, ou seja, aos discípulos. No texto de
Mateus 16:24, nos trás algumas máximas do ensinamento de Cristo em nossa vida.
O primeiro ensinamento é o ato voluntário de
querer ir após de Cristo, mostrando entrega voluntária ao senhorio de Cristo,
ou seja, uma plena entrega à Cristo, ouve as suas palavras e a praticam, logo
se não praticam; não pertencem a Deus (João 8:47 Aquele que pertence a Deus ouve o
que Deus diz. Vocês não ouvem porque não pertencem). Cristo é Senhor e
Salvador dos que ele elege, e o senhorio de Cristo é o que prover o escape das
contaminações do Mundo, aqueles que não praticam o Senhorio de Cristo em suas
vidas se tornam piores do que antes (II Pedro 2:20 Se, tendo escapado das
contaminações do Mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo, e encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados,
estão em pior estado do que o princípio). A fé cristã é prática dos
princípios ensinados (Romanos 2:13 Porque não são os que ouvem a Lei que são
justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à lei, estes serão declarados
justos.), viver o cristianismo é ir após Cristo, ou seja, seguir aos
passos de Cristo.
O segundo entendimento é a se
mesmo se negue. Negar é o ato de se despir de todas as vaidades que
possam lhe atar ao Mundo e a si mesmo. Aquele que deseja estar em Cristo deverá
morrer (Romanos 8:13-14 Pois se vocês viverem de acordo com a carne,
morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão,
porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus).
A vida cristã é uma maratona, difícil, de extremo cansaço e de dificuldades
tamanhas, mas o corredor é chamado para deixar para trás todo o embaraço que
lhe empesa de prosseguir (Hebreus 12:1-2), pois todos que se prendem ao pecado
predem se a si mesmo, e o “eu” torna o seu deus e este anseia em
fazer o se próprio caminho de lamento (Provérbios 30:11-14). Negar a si mesmo é
seguir o exemplo de Cristo; é fazer a vontade daquEle que lhe enviou (I Pedro
2:21). Ele “não agradou a si mesmo” (Romanos 15:3). E há dificuldades no
caminho, obstáculos na estrada, dos quais o principal é o ego. Portanto, este
deve ser “negado”. Este é o primeiro passo para se “seguir” a Cristo.
O
terceiro ensinamento é tomar a Cruz. Tomar a “cruz” significa uma vida
voluntariamente rendida a Deus. Como o ato dos homens ímpios, a morte de Cristo
foi um assassinato; mas como o ato do próprio Cristo, foi um sacrifício
voluntário, oferecendo a Si mesmo a Deus. Foi também um ato de obediência a
Deus. Em João 10:18 Ele disse, “Ninguém a [Sua
vida] tira de mim; pelo
contrário, eu espontaneamente a dou”. E por que Ele o fez? Suas próximas
palavras nos dizem: “Este mandato recebi de meu Pai”. A cruz foi à suprema
demonstração da obediência de Cristo. Ele foi o nosso Exemplo. Em Filipenses
2:5: “Que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. E
nos versos seguintes nós vemos o Amado do Pai tomando a forma de um Servo, e
tornando-Se “obediente até a morte, e morte de cruz”. Agora, a obediência de
Cristo deve ser a obediência do cristão — voluntária, alegre, sem reservas,
contínua. A “cruz” significa rendição e dedicação a Deus: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas
misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).
A
“cruz” significa serviço vicário e sofrimento. Cristo deu a Sua vida pelos
outros, e Seus seguidores são chamados a estarem dispostos para fazerem o
mesmo: “Devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 João 3:16). Esta é a lógica
inevitável do Calvário. Somos chamados para seguir o exemplo de Cristo, para a
companhia de Seus sofrimentos, e para ser participantes em Seu serviço. Assim
como Cristo “a si mesmo se esvaziou” (Filipenses 2:7), assim devemos fazer.
Assim como Ele “veio para servir, e não para ser servido” (Mateus 20:28), assim
devemos ser. Assim como Ele “não agradou a si mesmo” (Romanos 15:3), assim
devemos fazer. Assim como Ele se lembrou dos outros, assim devemos lembrar: “Lembrai-vos
dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se,
com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados” (Hebreus 13:3).
Quando
vivemos estes três ensinamentos vivemos o verdadeiro cristianismo. Um
cristianismo de Senhorio de Cristo; um cristianismo de Renuncia; e um
cristianismo de sacrifício e entrega. Que cada uma de nós possamos viver este
cristianismo de mudanças de paradigmas.
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