As duas termologias têm ocupado
lugar primaz no entendimento do evangelho pregado por Jesus Cristo. Os termos
“Reino de Deus” que no grego é basileia tou theou, é o mais
utilizado pelos estudantes de escatologia (escathon). Todavia, basileia
que substitui a palavra hebraica malkût, não há um consenso
termológico. Muitos defendem que basileia seja o escathon. Destarte, é
impossível o entendimento de escathon referir tanto ao presente
como o futuro, haja vista, que o termo escathon na sua etimologia é
referido sempre no futuro. Mas, contudo, o termo malkût é abstrato,
significa domínio, ou governo (Salmos 145:11, 13; Salmos 103: 19). Hoje o
judaísmo entende basileia como domínio e soberania de Deus. E, desta maneira é a
melhor forma de entender os Evangelhos. Analisando diversos textos dos
Evangelhos é claro o entendimento de basileia como “reino” ou “governo”,
ou seja, estado absoluto da Soberania de Deus (Lucas 19:12; 23:42; João 18:36;
Apoc. 17:12). Um dos grandes exemplos disso é a oração do Pai Nosso (Mateus
6:10), que pede para que o Seu domínio seja efetuado neste Mundo. O “Reino”
designado por Jesus aos seus discípulos (Lucas 22:29) é o governo real.
No
evangelho de Jesus Cristo escrito por Mateus é utilizado à palavra “Reino dos
Céus”. Muitos pregadores da atualidade tentam encontrar um significado
diferente de “Reino de Deus”, contudo, a expressão “céus” é semítica usada
comumente para substituir a palavra “Deus” (ver Lucas 15:18).
Jesus
Cristo não evitou utilizar a palavra “Deus”, então quando é utilizada a palavra
“Céus” em vez de “Deus”, não se refere a uma nova ideologia. O significado é o
mesmo, o estabelecimento da soberania de Deus na Terra.
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