Objetivo:
Demonstrar quais
foram seus escrito, suas contribuições e a realidade dos seus ensinos.
Definição da palavra “pais” utilizado na teologia:
Pais. Termo
usado genericamente para os lideres da Igreja desde o período da Igreja antiga
até cerca do ano 600. Os pais estão divididos em três grupos: pais apostólicos, que é a geração de
escritores cristãos que se seguiu imediatamente aos apóstolos originais; os pais antenicenos, que viveram antes
do Concílio de Nicéia (325); os pais
nicenos e pós-nicenos, que
viveram até cerca do ano 600. Esta época é denominada patrística.
- Escritos a eles atribuídos
Seis nomes chegaram
até nós, são estes: Barnabé, Hermas,
Clemente de Romãs, Policarpo, Papias e Inácio. Barnabé é tido como o
companheiro de Atos dos Apóstolos, é atribuída a ele uma epístola antijudaica.
Hermas deduz que seja o personagem citado em Romanos 16:14, a este é
atribuído uma série de visões,
mandamentos e símiles, o trabalho dele era de grande valor na Igreja Primitiva.
Clemente de Roma, talvez seja o personagem referido em Fil: 4:13, foi autor de
uma epístola aos Coríntios. Policarpo designado comumente como Bispo de
Esmirna, foi discípulo de São João, e escreveu uma epístola aos Filipenses. Papias,
denominado bispo de Hierápolis, contemporâneo de Policarpo, crer também ter
sido discípulo de São João, é lhe atribuído à autoria de uma “Exposição dos
Oráculos do Senhor” que teve apenas um fragmento preservado por Eusébio.
Inácio, provavelmente bispo de Antioquia, é talvez o mais prolífero escritor
dos pais apostólicos, lhe é atribuído 15 epístolas, contudo hoje lhe é
ratificada a autoria de 7 epístolas, as principais foram à epístola a Diogneto
e o Didaquê. A segunda significa ensino, pois era uma explicação de como as
pessoas deixaram o paganismo e o judaísmo e, complexifica um amostrar da ética
cristã, fazendo sempre alusão às doutrinas apostólicas. Esta obra foi
descoberta em 1873, provavelmente escrita no I ou II séculos.
- Características Formais de Seus Ensinos
Não a nenhuma
novidade ou, um esforço de sistematizar os ensinos de Cristo e dos Apóstolos,
são estudos geralmente moralistas, e utilizam literalmente o que estava escrito
nos manuscrito dos apóstolos. Isto pode ser explicado mediante ao compreender
que era um momento de transição da inspiração divina para as escritas humanas,
falíveis.
O cânon do Novo Testamento não
estava formado e, por isso os primeiros Pais Apostólicos citam em maior número
a tradição oral. Contudo, é demonstrado nestes estudos a ratificação dos livros
neo-testamentários por diversas utilizações de vários trechos dos mesmos.
No Novo Testamento são demonstrados
vários tipos de Kerugma apostólica (petrina, paulina e a joanina). Estas três
pregações dão ênfase diferente da verdade,mas concordam entre si em suas
dogmáticas. Nos Pais Apostólicos pode ser notado sua a proximidade com o Kerugma joanina, entretanto esta não é
de caráter balizador de todos. Tal atitude pode ser compreendida mediante a
idéia de que os mesmos viveram próximo demais dos apóstolos para distinguirem
diferenças, outrossim criam que o cristianismo era uma religião que não
apresentava diferenças filosóficas e sim, um caminho para se viver mediante a
vontade de Deus. Uma outra compreensão é que estes viviam próximo de mais das
filosofias pagãs populares das suas épocas e, também da piedade
jaudaica-helênica, destarte não era favorável a eles a ter uma nítida compreensão dos kerugmas apostólicos.
- Conteúdo Real de Seus Ensinos
É bem certo que os
ensinos dos primeiros Pais Apostólicos não trouxe luz para que os cristãos
posteriores entenderem as agruras das doutrinas bíblicas, mesmo assim é notada
alguma característica de doutrinas declaradas: Faziam uso da descrição dos termos Deus Pai, Filho e Espírito Santo;
declaravam Cristo sendo Deus e homem sem se aprofundarem; criam em sua vinda; a
obra redentora de Cristo não posta em uma singularidade; criam que ele revelou
o Pai e seus ensinos, e que Cristo ensinou uma nova lei moral; a morte de
Cristo às vezes é apresentada como aquilo que proporcionou aos seres humanos a
graça do arrependimento e que abriu o caminho para uma nova obediência e não
para uma justificação da mesma; mediante
as ordenanças, o batismo gera a nova vida e obtém o perdão de todos os pecados,
ou dos pecados passado somente; e a Ceia do Senhor é o meio de transmitir aos
homens a bendita imortalidade, ou seja, a vida eterna.
O cristão na verdade era ligado a
Deus pela fé e,isto era um ato de auto-entrega, não é entendida claramente a
relação entre a fé e a justificação. E é notada uma tendência legalista
anti-paulina. No caminho da vida é dependente da moral do individuo. O cristianismo
é apresentado como uma “novum lex”,
assim sendo o que é mais evidente não é a graça de Deus, e sim, às vezes, as
boas obras.
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