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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os Pais Apostólicos e Suas Perspectivas Doutrinárias


Objetivo:
Demonstrar quais foram seus escrito, suas contribuições e a realidade dos seus ensinos.

Definição da palavra “pais” utilizado na teologia:
Pais. Termo usado genericamente para os lideres da Igreja desde o período da Igreja antiga até cerca do ano 600. Os pais estão divididos em três grupos: pais apostólicos, que é a geração de escritores cristãos que se seguiu imediatamente aos apóstolos originais; os pais antenicenos, que viveram antes do Concílio de Nicéia (325); os pais nicenos e pós-nicenos, que viveram até cerca do ano 600. Esta época é denominada patrística.

  1. Escritos a eles atribuídos

Seis nomes chegaram até nós, são estes: Barnabé, Hermas, Clemente de Romãs, Policarpo, Papias e Inácio. Barnabé é tido como o companheiro de Atos dos Apóstolos, é atribuída a ele uma epístola antijudaica. Hermas deduz que seja o personagem citado em Romanos 16:14, a este é atribuído  uma série de visões, mandamentos e símiles, o trabalho dele era de grande valor na Igreja Primitiva. Clemente de Roma, talvez seja o personagem referido em Fil: 4:13, foi autor de uma epístola aos Coríntios. Policarpo designado comumente como Bispo de Esmirna, foi discípulo de São João, e escreveu uma epístola aos Filipenses. Papias, denominado bispo de Hierápolis, contemporâneo de Policarpo, crer também ter sido discípulo de São João, é lhe atribuído à autoria de uma “Exposição dos Oráculos do Senhor” que teve apenas um fragmento preservado por Eusébio. Inácio, provavelmente bispo de Antioquia, é talvez o mais prolífero escritor dos pais apostólicos, lhe é atribuído 15 epístolas, contudo hoje lhe é ratificada a autoria de 7 epístolas, as principais foram à epístola a Diogneto e o Didaquê. A segunda significa ensino, pois era uma explicação de como as pessoas deixaram o paganismo e o judaísmo e, complexifica um amostrar da ética cristã, fazendo sempre alusão às doutrinas apostólicas. Esta obra foi descoberta em 1873, provavelmente escrita no I ou II séculos.

  1. Características Formais de Seus Ensinos

Não a nenhuma novidade ou, um esforço de sistematizar os ensinos de Cristo e dos Apóstolos, são estudos geralmente moralistas, e utilizam literalmente o que estava escrito nos manuscrito dos apóstolos. Isto pode ser explicado mediante ao compreender que era um momento de transição da inspiração divina para as escritas humanas, falíveis.

            O cânon do Novo Testamento não estava formado e, por isso os primeiros Pais Apostólicos citam em maior número a tradição oral. Contudo, é demonstrado nestes estudos a ratificação dos livros neo-testamentários por diversas utilizações de vários trechos dos mesmos.

            No Novo Testamento são demonstrados vários tipos de Kerugma apostólica (petrina, paulina e a joanina). Estas três pregações dão ênfase diferente da verdade,mas concordam entre si em suas dogmáticas. Nos Pais Apostólicos pode ser notado sua a proximidade com o Kerugma joanina, entretanto esta não é de caráter balizador de todos. Tal atitude pode ser compreendida mediante a idéia de que os mesmos viveram próximo demais dos apóstolos para distinguirem diferenças, outrossim criam que o cristianismo era uma religião que não apresentava diferenças filosóficas e sim, um caminho para se viver mediante a vontade de Deus. Uma outra compreensão é que estes viviam próximo de mais das filosofias pagãs populares das suas épocas e, também da piedade jaudaica-helênica, destarte não era favorável a eles a ter uma  nítida compreensão dos kerugmas apostólicos.

  1. Conteúdo Real de Seus Ensinos

É bem certo que os ensinos dos primeiros Pais Apostólicos não trouxe luz para que os cristãos posteriores entenderem as agruras das doutrinas bíblicas, mesmo assim é notada alguma característica de doutrinas declaradas: Faziam uso da descrição dos termos Deus Pai, Filho e Espírito Santo; declaravam Cristo sendo Deus e homem sem se aprofundarem; criam em sua vinda; a obra redentora de Cristo não posta em uma singularidade; criam que ele revelou o Pai e seus ensinos, e que Cristo ensinou uma nova lei moral; a morte de Cristo às vezes é apresentada como aquilo que proporcionou aos seres humanos a graça do arrependimento e que abriu o caminho para uma nova obediência e não para uma justificação da mesma; mediante as ordenanças, o batismo gera a nova vida e obtém o perdão de todos os pecados, ou dos pecados passado somente; e a Ceia do Senhor é o meio de transmitir aos homens a bendita imortalidade, ou seja, a vida eterna.

            O cristão na verdade era ligado a Deus pela fé e,isto era um ato de auto-entrega, não é entendida claramente a relação entre a fé e a justificação. E é notada uma tendência legalista anti-paulina. No caminho da vida é dependente da moral do individuo. O cristianismo é apresentado como uma “novum lex”, assim sendo o que é mais evidente não é a graça de Deus, e sim, às vezes, as boas obras.

            O cristão é aquele que vive no ceio da grei e, tem o gozo no manifestar da carismática, podendo aferir um crescente respeito aos ofícios eclesiásticos mencionados no Novo Testamento. Concernente ao Reino de Deus é uma benção estritamente futurísticas, donde sua forma final será pré manifesta por um reino milenar (Barnabé, Hermas, Papias). Todavia o ponderar escatológico é enfatizado no julgamento futuro, com as bênçãos e maldições divinas.

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