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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Educação na Idade Moderna: Reforma e Contra-Reforma


Enquanto ao alvitrar a conjeturar sobre o Modernismo terá de alcançar alguns episódios da Idade Média, que foi abalizada pelo Teocentrismo e suas implicações como a elucidação do mundo pela fé, a busca da fraternidade cristã e a persuasão do Geocentrismo.
A Idade Moderna ou Renascimento veio obtemperar a esse dogmatismo conceituando o antropocentrismo, racionalismo, individualismo e Universo heliocêntrico. Todavia, é impraticável delinear o Renascimento e restringi-lo aos séculos XV e XVI, sem aludir ou ponderar os fenômenos e movimentos que o antecederam.
Nesta grafia será delineado como a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica retumbaram na Educação durante o Renascimento. Os progressos educacionais impetrados pelo reinado de Carlos Magno e a Reforma Protestante. Expor-se-ia as providências do Catolicismo para acastelar sua hegemonia política-religiosa das decorrências desta Reforma. O Protestantismo geraria um acesso da população à educação, incluindo uns currículos disciplinares humanista, defendendo que a mesma é uma incumbência do Estado. O Catolicismo criou a Ordem dos Jesuítas para se contrapor à Reforma. Os Jesuítas entre outras missões deveriam atuar na área da educação.
1) Idade Medieval: No Período Medieval exclusivamente os quatros primeiros séculos podem ser sopesado de relativa estagnação na investigação do conhecimento científico. Em meados do século XV, foram lançados os alicerces da Idade Moderna que é denominada como Renascimento. Nesse período até os próprios padres descuraram de seu aperfeiçoamento e atualização.
Alcuíno de York, monge inglês, diretor da escola instalada no palácio do Imperador que foi o encarregado de elaborar um projeto de desenvolvimento escolar. O plano compreendia o restaurar da erudição clássica, fundamentar programas de estudo das chamadas sete artes liberais, organizado em duas partes: o trivium ou ensino literário constituído de gramática, retórica e dialético; e o quadrivium ou ensino científico abrangendo aritmética, geometria, astronomia e música.
A partir do ano 787 d.C. foi decretadas a restauração das escolas antigas e a fundação de novas em todo Império. As novas escolas eram de três tipos: monacais, nos mosteiros; catedrais, nos bispados e palatinas, nos palácios.
Os adiantamentos filosófico e científico no derradeiro período da Idade Média seriam impossíveis sem o progresso educativo advindo entre os séculos IX e XIV e, que o aparecimento das universidades representa a realização educacional mais extraordinário da Idade Média. Sendo que as mais antigas surgiram entre os séculos IX e XII em: Salerno, Bolonha e Paris.
Fatos persuasivos acumularam ao longo dos séculos acenderam a emergência do Renascimento. A alargamento das áreas agrícolas, o nascimento da burguesia rivalizando-se com as monarquias, o florescer de monarquias nacionais, a intensificação do comércio, o desenvolvimento urbano, os descobrimentos marítimos que abriram novas fronteiras e a retomada da cultura greco-romana entre outros provocaram o colapso do feudalismo.
2) Renascimento: O Renascimento foi um movimento cultural e urbano que alterou a característica do alvitre intelectual e ampliou a quantidade da produção cultural, dando um grande impulso à literatura e à filosofia.
Determinados acontecimentos destacam-se na Idade Moderna: o nascimento da imprensa, a elevação da burguesia, a Reforma Protestante, o abrandamento do domínio da Igreja Católica, a dilatação do comércio e do capitalismo.
No século XV o acontecimento sumo importante que impulsionou a ampliação da educação foi à invenção da imprensa por Johannes Gutenberg em 1440. Imprimindo pela primeira vez a Bíblia. Este evento promove a distribuição e produção de múltiplos livros que emanavam um novo pensar humanista. Iniciava-se assim o Renascimento propriamente dito.
Este movimento cultural ocasiona a sociedade da época livros que sanciona o espírito crítico de forma aguçada, os seus percussores foram: Dante Alighieri (A Divina Comédia), Nicolau Maquiavel (O Príncipe, A Mandrágora), Giovanni Boccacio (O Decameram), Torquato Tasso (Jerusalém Liberta), Ariosto (Orlando Furioso), Francesco Guicciardini (História da Itália), esta literatura abrange a todos os italianos, além do espanhol Miguel Cervantes (D. Quixote de La Mancha), dos ingleses William Shakespeare (Romeu e Julieta, Otelo, Hamlet etc) e Thomas Morus (A Utopia), do português Luis de Camões (Os Lusíadas) e Erasmo de Roterdã (Elogia da Loucura), dos Países Baixos.
Houve ampla representação na arte com nomes de grandes envergaduras, como estes: Leonardo da Vinci (pintor de A Última Ceia, A Gioconda ou Mona Lisa, além de esculturas, músicas, trabalhos filosóficos e matemáticos etc.) Miguel Ângelo que decorou a Capela Sixtina, esculpiu as estátuas de Moisés, Davi e Pietá, Rafael Sânzio (famoso pela pintura de Madonas), Correggio (Cúpula da Igreja de S. João), na Itália. Hans Holbein (famoso pelos retratos de Henrique VIII, Erasmo) e Albrecht Dürer (Cristo Crucificado), pintores alemães; Rubens, pintor flamengo, Murilo e El Grego (de origem grega) mestre da pintura espanhola.
3) A Reforma: A Reforma Protestante capitaneada pelo monge católico Martinho Lutero, a partir de 1517, inconformado com algumas práticas da Igreja, como a venda de indulgências e a retenção do saber. Sua revolta levou a cristandade a uma cisão definitiva.
As inovações de Lutero na educação foram de tal ordem e importância que passaram a serem copiadas pelas outras Nações da época, sendo o sistema educacional alemão considerado como modelo. Segundo a Aranha apud Moser (2008, p. 75): “Lutero defendia a educação universal e pública, solicitando às autoridades oficiais que assumissem essa tarefa, por considera-lá competência do Estado.[...]. Propôs jogos, exercícios físicos, música - seus corais eram famosos – valorizou os conteúdos literários e recomendava o estudo de história e das matemáticas”.
4) A Contra Reforma: A reação católica à empreitada da Reforma Protestante e seu crescimento vertiginoso, a partir de padres da Igreja, cristalizou-se de várias maneiras: a Inquisição foi restabelecida, criou-se uma lista de livros proibidos aos fiéis, fundação de seminários e a criação da Companhia de Jesus. Igualmente conhecida como a Ordem dos Jesuítas foi fundada por Inácio de Loyola em 1534. Coube à mesma a lide de disseminar a educação católica na Europa e também no Brasil. Os Jesuítas cunharam no final do século XVI o método de ensino intitulado Ratio Studiorium, expandiu-se rapidamente por toda a Europa e regiões do Novo Mundo em fase de ocupação.
Ratio studiorum usava regras e uma grade de ensino que todas as unidades educacionais dos jesuítas deveriam obedecer em qualquer parte do mundo em que estivessem estabelecidos, os objetivos era unificar a educação católica. Ratio studiorum foi organizada em duas partes:  Studia inferiora que era Letras Humanas composta de gramática, humanidades e retórica, que era o grau médio e duravam três anos e Filosofia e Ciências (ou curso de artes) que também duravam três anos e compunha-se de: lógica introdução às ciências, cosmologia, psicologia, física aristotélica, metafísica e moral, cujo objetivo era formar filósofos; e Studia superiora que era Tecnologia e Ciências Sagradas era a culminância dos estudos e objetivava a formação de padres.
Metodologias da Idade Média ainda sobreviviam, mas percebe-se uma maior veemência na consistência entre corpo docente e educando, tornando a educação mais participativa. Aranha apud Moser (2008, p. 73) cita que: “o aparecimento dos colégios, do século XVI até o XVIII, foi um fenômeno correlacionando o surgimento da nova imagem da infância e da família. [...]. Em 1452, ao reestruturar a Universidade de Paris, a Faculdade de Artes tornou-se propedêutica às outras três (filosofia, medicina e leis), lançando-se, desse modo à semente do curso colegial, o que favoreceu a separação mais nítida dos graus secundários e superiores”.

Conclusão:
Ao debruçar para remeter axiomas a Idade Moderna é emanada a importância deste período à humanidade por direcioná-la ao descobrir de si. Tendo o seu floresce na idade Média em meados do século XV, com movimentos que eclodiriam idéias e ideais ao homem sobre ele mesmo e, resultaria numa mudança de cenário mundial; a criação da imprensa que proporciona um alcance da massa a obras de intelectualidades modernas. Tendo ainda os dois movimentos que iriam mudar a didática mundial neste período que foram a Reforma e a Contra Reforma com todas as suas implementações ao currículo educacional.

Um comentário:

  1. parabens para que pois ficou muito loko vou levar este mesmo para a minha professora de historia ( ana lucia )

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