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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Ezequiel 7

 



7.1-4 Os três usos do importante termo fim destacam que o cumprimento da profecia estava próximo. O verbo vem e exprime a certeza. A expressão "os quatro cantos da terra" sugere que todo o povo de Judá seria afetado, e não apenas os habitantes de Jerusalém.


7.5-7 Como nos versículos 2 e 3, as palavras fundamentais incluem fim (utilizada duas vezes), em paralelo com sentença. Há um destaque ainda maior para o termo mal (utilizado duas vezes); o desastre iminente seria maior do que qualquer outro já visto (Ez 5.9). A palavra sentença é um termo bastante incomum e talvez a melhor tradução seja luto.


7.8, 9 Novamente, no final de seu oráculo (v. 4,27), Deus declara Seu propósito ao disciplinar Israel: fazer com que o povo tivesse uma compreensão melhor sobre o Senhor e Sua vontade, que é boa, perfeita e agradável.


7.10-12 O florescimento da vara e da soberba indicam que o tempo do julgamento havia chegado. Essas palavras descrevem um indivíduo marcado pela arrogância e que receberia punição. Nesse caso, elas ilustram o instrumento escolhido por Deus (Nm 17.5) por meio do qual disciplinaria Israel e Judá: Nabucodonosor, rei dos babilônios, o representante-mor da arrogância e da maldade daquele povo (v. 21). Vara de impiedade diz respeito a um bordão ou tacape (Êx 4-20; Is 10.5) utilizado para castigar.


7.12, 13 O que compra não se alegra. O julgamento era tão certo, e seus efeitos tão duradouros e devastadores, que o ato de comprar e vender seria concluído de maneira inapropriada, ou sequer aconteceria.


7.14, 15 Na frase não há quem vá à peleja, é enfatizado que a nação estaria muito debilitada e indefesa contra o ataque inimigo pela morte da população e as doenças causadas pelos combates e a fome (Ez 5.8-17).


7.16-19 Aqueles que permanecem vivos se esconderam nas colinas e vivenciaram basicamente quatro emoções: (1) estariam gemendo — lamentando-se envergonhados como pombas, demonstrando sua humilhação por causa do pecado, utilizando panos de saco e raspando a cabeça (Is 15.2,3); (2) fraqueza; (3) tremor; e (4) desgosto e desilusão com as riquezas.


7.20-22 Esse trecho descreve o julgamento que viria sobre o povo de Deus por ter retirado os tesouros do templo para fazer imagens pagãs. A frase a glória do seu ornamento, ele a pôs em magnificência [que fala da exaltação de Jerusalém como a cidade escolhida por Deus para habitar com a Sua glória] é contraposta pela frase seguinte mas fizeram nela imagens das suas abominações e coisas detestáveis; daí a consequência trágica: por isso, eu a tornei para eles como uma coisa imunda. E será entregue na mão dos estranhos por presa, e aos ímpios da terra, por despojo; e a profanaram desviarei deles o rosto, e profanaram o meu lugar oculto; porque entrarão nele saqueadores e o profanaram. A expressão "meu lugar oculto" refere-se ao templo. O povo havia cometido um terrível pecado ao forjar ídolos e adorar a obra de suas mãos (Rm 1.25).


7.23-27 A punição seria adequada à ofensa — conforme o seu caminho [...] os julgarei, declarou o Senhor. Pelo fato de Judá ter se mostrado tão sedento de sangue, Deus enviaria os piores de entre as nações para possuir suas casas, profanando o templo e trazendo destruição à terra. Esse trecho prevê a profanação do templo em Jerusalém por parte de Nabucodonosor, em 586 a.C. Como última alternativa, o povo buscaria intensamente a paz predita por falsos profetas, sacerdotes e políticos, mas sem sucesso. O prazo máximo para os israelitas tomarem uma atitude já havia se encerrado.

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