Pérgamo era descrita por Aretas como "dada à idolatria mais do que toda
a Ásia". Atrás da cidade situava-se uma colina, mais de 300 metros de
altitude, coberta de templos pagãos. Entre eles o mais destacado de todos era o
grande altar de Zeus, colocado sobre uma plataforma, esculpido na rocha,
dominando a cidade. O culto ao imperador foi estabelecido ali primeiro que em
Éfeso ou Esmirna, de sorte que posteriormente, Pérgamo se tornou o reconhecido
centro do culto na Ásia. Daí dizia-se desta igreja, que habitava onde está o trono de Satanás (13).
Este fator explicava a causa das dificuldades peculiares dos cristãos de
Pérgamo.
O título no vers. 12 tem eco em #Ap 1.16 e antecipa #Ap 2.16. A minha fé (13) abrevia "fé em mim". A
informação dada sobre o ensino de Balaão é tirada dos dois trechos, #Nm 25.1-2 e #Nm
31.16. O cristão que correspondia a Balaão
provavelmente desprezava a carne, e deste modo descontava a importância da
pureza física, justificando suas ações talvez, pela perversão do ensino de
Paulo (repudiado por este em #Rm 3.8 e #Rm 6.1).
"Permaneçamos no pecado, para que abunde a graça". O sentido de vers.
15 é ou, "Vós também tendes entre vós os nicolaítas, que vos ensinam assim
como Balaão ensinava a Israel", ou "Vós também, como os efésios (6),
tendes convosco os nicolaítas", sendo implícita a comparação com Balaão.
Parece preferível aquele sentido. O vers. 16 apresenta a "vinda
preliminar" de Cristo para o juízo se os pergamenses não se arrependerem.
Ver 2.5 n. A promessa ao vencedor (17) alude à corrente expectação judaica de
que desceria novamente do céu o maná quando se manifestasse o Messias. Ver II
Baruque 29.8. Aqui o maná tipifica a vida espiritual, assim como "água da
vida" e "fruto da árvore da vida" (#Ap 22.17-19). A promessa é especialmente apta para
os que eram tentados a participar de festividades em que se comiam alimentos
sacrificados aos ídolos. Abstendo-se dessas iguarias, os cristãos podiam
antecipar um banquete mais farto no reino de Deus.
>Ap-2.17
A pedra branca (17) é de difícil interpretação devido
aos diversos fins para os quais seixos foram empregados pelo mundo da
antigüidade, cada um dos quais dava um excelente sentido simbólico. Assim uma
pedra branca entregue por um júri significava ao réu sua absolvição, uma preta,
culpabilidade. O seixo do vencedor outorgava-lhe ingresso a todas as festividades
públicas. O tessern hospitalis estava em duas partes, inscritas com dois nomes cujos donos trocaram
partes de maneira que cada pessoa tinha um convite aberto para a casa da outra.
O Sumo Sacerdote levava doze pedras no seu peitoril inscritas com os nomes das
doze tribos de Israel. Isto de modo nenhum exaure todas as possíveis
interpretações. A nossa interpretação será em parte condicionada na nossa
compreensão do novo nome
escrito na pedra. Se o nome é de Cristo ou de Deus (cfr. #Ap 3.12 e #Ap 19.12), então pode haver uma alusão ao conceito do poder inerente ao nome de
Deus; o cristão participa do poder de Deus e apropria para si de um modo que
nenhum outro o pode fazer. Se o nome é um novo nome conferido ao crente, então
a alusão é ao hábito de conferir novos nomes às pessoas que atingiram um novo
estado, como Abrão e Jacó se tornaram Abraão e Israel; a pedra branca então
significa o direito do vencedor de entrar no reino de Deus em um caráter todo
próprio, moldado nele pela graça de Deus.
ESTIVE AQUI, GOSTEI E ESTOU SEGUINDO....
ResponderExcluirPARABÉNS PELO BLOG.
PRA. MARIA VALDA
Quando puder me dê a graça de visitar o meu blog.
ResponderExcluirhttp://mariavaldapnascimento.blogspot.com.br/
Obrigada.
Maria Valda