I - Introdução
A Igreja Católica Apostólica
Romana ou catolicismo romano é um dos três ramos do Cristianismo que, com os
protestantes e ortodoxos, formam sem dúvida nenhuma o maior grupo dentro do
Cristianismo. É uma religião que influenciou e influencia profundamente o mundo
ocidental e a humanidade de modo geral. Não nos deteremos na análise da
influência político-social exercido por ela. Infelizmente, em nome de sua
tradição contrária às Escrituras, o catolicismo romano sacrificou o autêntico
Cristianismo ao longo dos séculos.
Nós, cristãos, devemos amar os
católicos, mas não invalidar a verdade bíblica. O apóstolo João declarou que
temos de ter amor pela verdade: 0 presbítero à senhora eleita, e a seus
filhos, aos quais amo na verdade, e não somente eu, mas também a todos os que
têm conhecido a verdade. Por amor da verdade que está em nós, e para sempre
estará conosco: A graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de
Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor (2 João 1-3).
O reformador Martinho Lutero concorda com o apóstolo João ao declarar que era
maldita a união que sacrificasse a verdade.
Antes de continuarmos, é
importante observar que as doutrinas comuns entre católicos romanos e
evangélicos são muitas, porém, com pesar, dizemos que as divergências que há
entre eles e nós, além de também serem muitas, são bastante acentuadas. No
entanto, reconhecemos que o catolicismo romano, embora tenha incorporado muitas
doutrinas antibíblicas, preservou também doutrinas fundamentais do
Cristianismo.
II - Considerações
Gerais
1. Fonte de Autoridade Religiosa: A Bíblia e
a Tradição
A Igreja Católica Romana afirma
que a Bíblia, por si só, não constitui todo o campo do conhecimento de Deus, e
que, por isso, deve ser suplementada pelos ensinos da tradição. As verdades
que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na tradição ("Terceiro
Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia
edição, agosto de 1976; p. 160, resposta à pergunta 870).
Respondendo à pergunta de como se
pode ter consideração à tradição, foi dito que: A tradição deve ter-se na
mesma consideração em que se tem a Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura
("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz
Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 162, resposta à pergunta 887).
Explica a Igreja Católica ainda o
que abrange a tradição: A tradição é a palavra de Deus não escrita, mas
comunicada de viva voz por Jesus Cristo e pelos apóstolos, e que chegou sem
alteração, de século em século, por meio da Igreja, até nós ("Terceiro
Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a
edição, agosto de 1976; resposta à pergunta 885, p. 162). Continua ainda a
esclarecer que os ensinamentos da tradição acham-se principalmente nos
decretos dos Concílios, nos escritos dos santos padres, nos atos da Santa Sé,
nas palavras e nos usos da Sagrada Liturgia ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de
1976; resposta à pergunta 886, p. 162).
Resposta
Apologética:
Sabemos que toda instituição
possui suas tradições, uso e costumes, e que em alguns casos essa tradição é
salutar: Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram
ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa (2 Ts 2.15). E
louvo-vos, irmãos,porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos
como vo-los entreguei (1 Co 11.2) e: Por cuja causa padeço também isto,
mas não me envergonho;porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é
poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. Conserva o modelo das sãs
palavras que de mim tens ouvido, na fé no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o
bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós (2Tm 1.12-14). No
entanto, quando essa tradição contradiz as Sagradas Escrituras, ela deve ser
rejeitada: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes
dos vossos pais (1 Pe 1.18). A tradição pode tornar-se uma traição ao
Evangelho: E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus (Mt
15.6). É, sem dúvida nenhuma, um outro evangelho como o apóstolo Paulo
escreveu: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (Gl 1.8). A
Igreja Católica Romana no Concilio de Tolosa, em 1222, proibiu a leitura da
Bíblia aos leigos, passando a tradição a ter mais autoridade do que a Palavra
de Deus. Essa proibição antibíblica do catolicismo romano nos remete à
advertência do Senhor Jesus aos judeus: Em vão, porém, me honram, ensinando
doutrinas que são mandamentos dos homens; porque, deixando o mandamento de
Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e
fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o
mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição (Mc 7.7-9). É dever de
todo o homem ler a Bíblia. E somos orientados a agir dessa forma pela própria
Palavra (Dt 6.6-7; 31.11-12; Js 1.8; Is 34.16; At 17.11; 2Tm 3.15-17). Os
cristãos evangélicos sustentam que, em matéria de fé e prática, a Bíblia é
suficiente. Cremos, ser a Bíblia a Palavra de Deus, única regra infalível de
fée conduta para a vida e o caráter cristão (Pv 30.5-6; Mt 15.1-3; At
20.27; 1 Ts 2.13; 2 Tm 1.5; 3.15-17). Aceitamos a tradição que confirma,
aponta, indica para a Bíblia, que está de acordo com as Sagradas Escrituras, e
simplesmente como mero apêndice e nunca igual ou superior à gloriosa Palavra
revelada de Deus: Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da
profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará
vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar
quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da
vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro (Ap
22.18-19).
2.A Igreja Através dos Séculos
Não cremos na teoria de que a
Igreja tenha se apostatado. Jesus garantiu: Pois também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela; (Mt 16.1%); A esse glória na igreja, por Jesus Cristo,
em todas as gerações, para todo o sempre. Amém (Ef 3.21). Sempre houve os que
rejeitavam a autoridade papal e o padrão imposto pela Igreja, eles eram a
Igreja de Jesus Cristo. Dentre eles mencionamos os cátaros, os albigenses, os
valdenses. Deus sempre teve testemunhas na Terra (Gn 6.5-8).
3. O Culto Católico
Não é necessário sequer estudar
os dogmas da Igreja Católica para se perceber o seu desvio do Cristianismo
autêntico e, para isso, basta assistir a uma missa. Todo aquele aparato e
ritual é característica do paganismo. Ninguém encontra esse modelo de culto no
Novo Testamento. No culto judaico, do Antigo Testamento, havia esse aparato
por causa do significado e da simbologia com a vida e obra do Messias, isso
está explicado na epístola aos Hebreus. Além disso, esses ritos judaicos eram
apenas no tabernáculo e depois no templo, nunca nas sinagogas. Nada há em comum
entre a missa da Igreja Católica e o culto cristão registrado no Novo
Testamento. O culto cristão é simples, conforme declara a Bíblia: Que
fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação (1 Co 14.26).
4. Crescimento que Assusta
Não temos a intenção de atacar
nenhuma religião. Devemos amar e respeitar os católicos, e ser bons amigos
deles. Muitos deles são tementes a Deus e estão preocupados com a sua salvação.
a) É dever de todos respeitar
a religião dos outros. Evangelizar não
é sinônimo de desrespeitar a religião e símbolos sagrados dos outros;
b) Crescendo pelo poder do
Espírito Santo. A revoada dos católicos
para as igrejas evangélicas é grande. Isso tem preocupado o catolicismo romano.
Implantaram a Rede Vida, afirmando que a Igreja cresce por meio de estratégias
de marketing. Nós crescemos e expandimos pelo poder do Espírito Santo,
mesmo sob as perseguições do clero.
Jesus disse que quem converte o homem é o Espírito Santo (Jo 16.8-11).
III - Os Livros
Apócrifos
Os livros apócrifos nunca fizeram
parte do Cânon Sagrado dos judeus, isto é, na Bíblia hebraica, até hoje. Esses
livros e alguns outros aparecem na Septuaginta. A Bíblia hebraica, ainda hoje,
está dividida em três partes: Lei, Hagiógrafos (Escritos Sagrados) e Profetas.
Segundo Josefo, era essa a divisão da Bíblia do primeiro século. Essa mesma
divisão aparece em Lucas 24.44, sendo que Salmos representam os
Hagiógrafos. Nesse Cânon não constam os apócrifos.
A palavra apócrifo vem do grego apochriphos
e significava escondido, impuro, espúrio (não legítimo). Em 1546, o
Concilio de Trento, convocado pela Igreja Católica, oficializou definitivamente
a inclusão, na Bíblia, de sete livros e quatro acréscimos aos livros canônicos,
como seguem: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1 e 2
Macabeus.
1. Acréscimos
Ao livro de Ester (10.4;16.24);
Cântico dos três Santos Filhos ao livro de Daniel, de (3.24-90); História de
Suzana ao livro de Daniel (capítulo 13); Bel e o Dragão ao livro de Daniel
(capítulo 14).
Esses livros e acréscimos foram
denominados de deutero-canônicos: (segundo cânon) pelo referido
Concilio, para dar-lhes a legitimidade que até então não possuíam. A primeira
edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com
autorização do papa Clemente VIII.
2. Diferenças de Nomes dos Livros
A lista dos livros da Bíblia
Católica comporta 46 (45, se contarmos Jeremias e Lamentações juntos) escritos
para o Antigo Testamento e 27 para o Novo:
1.— Gênesis
2.— Êxodo
3.— Levítico
4.— Números
5.— Deuteronômio
6.— Josué
7.— Juízes
8.— Rute
9.—1 Samuel
10.— 2 Samuel
11.— 1 Reis
12.— 2 Reis
13.— 1 Crônicas
14.— 2 Crônicas
15 — Esdras
16.— Neemias
17.—Tobias
18.— Judite
19 — Ester
20.— 1 Macabeus
21.— 2 Macabeus
22.—Jó
23.— Salmos
24.— Provérbios
25.— Eclesiastes (ou Coélet)
26.— Cântico dos Cânticos
27.— Sabedoria
28.— Eclesiástico (ou Sirácida)
29.— Isaías
30.— Jeremias
31.— Lamentações
32.— Baruc
33.— Ezequiel
34.— Daniel
35.— Oséias
36—Joel
37.— Amos
38.—Abadias
39.— Jonas
40.— Miquéias
41.— Naum
42.— Habacuc
43.— Sofonias
44.— Ageu
45.— Zacarias
46.— Malaquias
("Catecismo da Igreja
Católica" , Edição Típica Vaticana, Editora Vozes e Edições Loiola, SP.
1999, p. 43).
Portanto, a Bíblia católica tem
46 livros no Antigo Testamento (7 apócrifos) e 27 no Novo Testamento,
perfazendo um total de 73 livros, diferentemente da Bíblia protestante, que tem
39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, somando 66 livros.
Em algumas edições católicas há
diferenças de nomes dos livros:
Edição Católica Edição Protestante
1 Reis 1 Samuel
2 Reis 2 Samuel
3 Reis 1 Reis
4 Reis 2 Reis
1 Paralipômenos 1 Crônicas
2 Paralipômenos 2 Crônicas
1 Esdras Esdras
2 Esdras Neemias
IV - O Papado
1. Instituição do Papado
Ninguém pode negar a influência
político-religiosa do papa entre as nações, mas, biblicamente, esse cargo não
existe. A teoria de que Pedro foi o primeiro papa não resiste à análise
bíblica. A tradição católica romana diz que Pedro foi papa em Roma durante 25
anos.
O catolicismo afirma que 0 Papa,
a quem chamamos também Sumo Pontífice ou romano Pontífice, é o sucessor de São
Pedro na Sede de Roma, o vigário de Jesus Cristo na terra, e o chefe visível da
Igreja ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda.,
Ia edição, agosto de 1976; p.
44, resposta à pergunta 191).
E mais: Um cristão assim, cuja
vida é conduzida pelo Espírito, não porá nunca em questão a obediência de vida
às diretivas da Igreja ou do sucessor de Pedro, o Cristo visível na terra
("Sereis Batizados no Espírito", Haroldo J. Rahm, S.J. e Maria J.R. Lamego,
edições Loyola, São Paulo 1992, 6a edição, p. 38).
NOTA: As seguintes expressões sobre o papa contrariam a Bíblia:
1 - Sumo Pontífice: Jesus é o Sumo Pastor (1 Pedro 5.4); - É a Ponte ou
caminho entre nós e Deus (João 14.6; 1Timóteo 2.5);
2 - O Vigário de Jesus é o Espírito Santo e não o papa (João 14.16-18);
3 - O chefe invisível da Igreja é Jesus. Um Cristo visível só pode ser um
falso cristo (Mateus 24.23-24; Efésios 1.20-22).
2. Prerrogativas Papais
Falando das prerrogativas do
papa, o ensino católico é o seguinte:
Pode errar o papa ao ensinar a
Igreja?
O papa não pode errar, quer
dizer, é infalível nas definições que dizem respeito à fé e aos costumes ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã",
Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 45, resposta
à pergunta 196).
Nota: Todo o homem é falível (Romanos 3.3-4; Mateus 23.9-11)
o único infalível é Jesus, cujas palavras não passarão (Mateus 24.35).
3. Suposto Apoio Bíblico
Para fazer essas bombásticas
declarações, o papa se vale da pessoa de Pedro. Cita a confissão de Pedro em
Mateus 16.16-19: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos
céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te
darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado
nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus. Dessa
passagem, a Igreja Católica Romana derivou o seguinte raciocínio: Pedro é a
rocha sobre a qual a Igreja Católica está edificada.
A ele foi dado o poder das
chaves, e, portanto, só ele pode abrir a porta do Reino dos céus. Só ele pode
ligar e desligar. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma e, com isto,
distinguiu aquela cidade como o centro do governo eclesiástico e espiritual,
que deve reger todas as igrejas em toda parte. Finalmente, por sucessão
ininterrupta, toda a autoridade dada a Pedro foi conferida, até nossos dias, à
extensa linhagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo sobre a Terra
(Teoria da Sucessão Apostólica).
4. Exegese de Mateus 16.16-19: Tu És Pedro,
e sobre esta Pedra...
A expressão sobre esta pedra relaciona-se
com a resposta de Pedro, Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. É sobre
Cristo que a Igreja foi edificada, e não sobre Pedro. Jesus afirmou que Ele
mesmo era a Pedra (Mt 21.42). Essa afirmação é uma interpretação veraz do Salmo
118.22-24. O próprio Pedro identifica Jesus como a Pedra (At 4.11-12; 1 Pe
2.4-6). Se Pedro foi papa durante 25 anos, então existe algo errado, já que
esse apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, por volta de 67 ou 68 a.D.
Subtraindo desta data 25 anos, retrocederemos ao ano 42 ou 43 a.D. Nessa época
não havia ocorrido ainda o Concilio de Jerusalém (At 15), que se deu mais ou
menos no ano 48 a.D., ou um pouco depois. Pedro participou do Concilio, mas foi
Tiago quem o realizou e presidiu (At 15.13-19). Em 58 a.D., Paulo escreveu a
epístola aos Romanos. E no capítulo 16 mandou saudação para muita gente em
Roma, mas Pedro sequer é mencionado. Por outro lado, Paulo chegou a Roma no ano
62 a.D. e foi visitado por muitos irmãos (At 28.30-31). Todavia, nesse período,
não há nenhuma menção a Pedro ou a algum papa. O apóstolo Paulo escreveu quatro
cartas de Roma: Efésios, Colossenses e Filemom (62 a.D.) e Filipenses (entre 67
e 68). Pedro não é mencionado em nenhuma delas. Novamente, não se tem notícia
desse suposto papa. Assim, não existe fundamento bíblico nem subsídio histórico
para consubstanciar a figura do papa. Ainda sobre o poder concedido a Pedro,
estaria Jesus outorgando autoridade para que outras pessoas a exercessem de
forma singular como outra cabeça da Igreja? Devemos considerar o texto
em estudo e seu contexto em relação a:
1. Enquanto Pedro é
mencionado na segunda pessoa (tu), a expressão esta pedra está na
terceira pessoa.
2. Pedro (petros) é
um substantivo masculino, enquanto pedra {petra) é um feminino singular.
Conseqüentemente, essas palavras não têm a mesma referência. Ainda que Jesus
tivesse falado em aramaico, o original grego inspirado traz as distinções.
3. A mesma autoridade
concedida a Pedro por Jesus estende-se também a todos os apóstolos em Mateus
18.18.
4. Pedro não era
representante dos demais apóstolos. Em Mateus 16.23 encontramos Pedro sendo
repreendido por Cristo à parte dos apóstolos. Os demais apóstolos, por sua vez,
também foram exortados por Jesus na mesma ocasião. Se Pedro tivesse de fato
primazia sobre seus companheiros de ministério, Jesus não o teria repreendido
longe deles (w. 22-23).
5. O impressionante é que até mesmo certas autoridades católicas estão
de acordo que a referência estudada não diz respeito a Pedro, o destaque aqui
para João Crisóstomo e Agostinho. Escreveram:
Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste. Eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu ("Agostinho - Comentário sobre o Evangelho de João").
Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste. Eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu ("Agostinho - Comentário sobre o Evangelho de João").
Se considerarmos o fato de que
Pedro é uma pedra não-angular, assim como alguns não-católicos acreditam,
chegamos à conclusão de que ele não era a única pedra na fundação da Igreja. E
notável que Jesus deu a todos os apóstolos o mesmo poder para ligar e desligar
(Mt 18.18). Essa autoridade era comum aos rabinos, que tinham o privilégio
para dar permissão e proibir. Não se tratava de uma porção de
poder concedido somente a Pedro, mas também à Igreja, pela qual proclamamos o
Evangelho, o perdão de Deus e seu julgamento aos impenitentes. Em Efésios 2.20
encontramos que a Igreja fora constituída sob a fundação dos apóstolos e dos
profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular. Assim, todos os
apóstolos, e não somente Pedro, são a fundação da Igreja. Contudo, o único que
tem preeminência sem igual é Cristo, a pedra angular. O próprio Pedro
referiu-se ao Senhor Jesus como o fundamento da Igreja (1 Pe 2.7). Os demais
crentes, portanto, são as pedras vivas (v. 5) nessa edificação. Não há
nenhuma indicação de que a Pedro fosse determinado, acima dos demais apóstolos,
um lugar de proeminência na fundação da Igreja. O papel de Pedro, no Novo
Testamento, está longe da reivindicação católica romana de que ele tinha e era
autoridade sobre seus companheiros. Embora o encontremos como orador principal
no dia de Pentecostes, sua atuação no restante do livro de Atos é escassa,
sendo ele considerado como um dos apóstolos. De forma muito clara, Paulo
falou o seguinte: em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos (2
Co 12.11). Será que uma leitura mais cuidadosa da carta aos Gálatas fará com
que aceitemos que algum apóstolo foi superior a Paulo? Creio que não. Pois
Paulo reivindicou para si uma revelação independente dos demais apóstolos (Gl
1.12; 2.2), reconheceu que seu chamado era semelhante ao ministério de Pedro
(Gl 2.8), a ponto de usar de sua autoridade para repreender a Pedro (Gl
2.11-14). O fato de Pedro e João serem enviados pelos demais apóstolos a
uma missão especial em Samaria demonstra que Pedro não tinha uma posição
superior entre eles (At 8.4-13). Se Pedro era superior aos demais, por que é
dispensada ao ministério de Paulo uma atenção maior, fato constatado nos
capítulos 13-28? No primeiro concilio realizado em Jerusalém (At 15) a decisão
final não partiu de Pedro, mas, sim, dos apóstolos e dos anciãos. Além disso,
foi Tiago, e não Pedro, que presidiu o conselho (At 15.13). Em momento algum,
já que era superior aos demais apóstolos, Pedro reivindicou ser pastor das
igrejas, antes exortou os presbíteros para que cuidassem do rebanho de Deus (1
Pe 5.1-2). Embora reconhecesse ser um apóstolo (1 Pe 1.1), ele não se
intitulou o apóstolo, ou chefe dos apóstolos. Sabia que era apenas uma
das colunas da Igreja, com Tiago e João, e não a coluna principal(Gl
2.9). Contudo, foi falível em sua natureza. Somente a Palavra de Deus é
infalível. Isto não quer dizer que ele não teve um papel significante na vida
da Igreja. Segundo afirmação do catolicismo romano, os sucessores de
Pedro ocupam sua cadeira. Quando, portanto, analisamos as Escrituras,
encontramos critérios específicos para o apostolado (At 1.22; 1 Co 9.1;
15.5-8), de modo que n%o poderia haver sucessão apostólica no bispado de
Roma ou em qualquer outra igreja. Quanto às chaves entregues simbolicamente a
Pedro, elas não significam que ele tinha poder para fazer entrar no céu quem
ele quisesse. Essas chaves representam a propagação do Evangelho, pela qual
todos os pregadores, e não Pedro apenas, podem abrir as portas dos céus aos
pecadores que desejam ser salvos. Jesus foi explícito e enfático ao ordenar a
divulgação das boas-novas em Lucas 24.46-47. A mensagem de salvação produz
arrependimento. E arrependimento é fé na pessoa e obra de Cristo, ou seja, em
sua morte e ressurreição. Pedro abriu as portas do céu para os seus ouvintes no
dia de Pentecostes (At 2.37-41); na casa de Cornélio (At 10.42-43).
V - O Mariocentrismo
Católico Romano (Mariolatria)
A Igreja Católica Apostólica
romana tributa a Maria, mãe de Jesus, vários títulos e honrarias que pertencem
exclusivamente a Jesus Cristo. Com isso não concordam os evangélicos e isto tem
provocado uma animosidade entre católicos e evangélicos, julgando os católicos
que os evangélicos desrespeitam Maria, mãe de Jesus. E uma situação que logo
vem à baila quando falamos com os católicos sobre Maria. Os evangélicos se
esforçam para respeitar Maria dentro do que diz a Bíblia sobre ela, enquanto o
ensino católico no Brasil sobre Maria é tão fora da Bíblia que o culto que se
presta a Maria pode ser visto como simplesmente Mariolatria. Essa nossa
colocação é vista como imprópria pelos católicos, no entanto, a Igreja Romana,
na ansiedade de defender eprovar seus ensinos sobre Maria, tornou-se
Mariocêntrica, diferente do cristão, que é Cristocêntrico.
A) O Que é Cristocêntrico? É ter
Jesus Cristo como centro da fé, como a Bíblia Sagrada nos ensina, ter a Jesus
como único e suficiente salvador, mediador, consolador;
B) O Que é Mariocêntrico? É ter
Maria como centro da fé, como mediadora, consoladora, intercessora, advogada;
Pode Ser o Cristão Cristocêntrico
e Mariocêntrico? Não, ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24), há um só
senhor, (1 Co 8.5-6), há um só salvador (At 4.12), há um só mediador (1 Tm
2.5).
Dogma da Igreja Romana Sobre Maria
|
Ensino da Bíblia Sobre Maria
|
1. - Maria, Mãe de Deus
Concilio de Éfeso, 431
|
1. - Maria, Mãe de
Jesus (Mt 1.18-25)
|
2.-Maria, Sempre Virgem
Ela teria se mantido nessa condição por toda a vida. Dogma aceito no quarto
século
|
2. - Maria, teve Outros
Filhos (Mt 1.25; Mc 6.3-4; 4.31-35)
|
3. - Maria, Imaculada
Foi concebida e nasceu livre do pecado Original. Dogma declarado pelo papa
Pio IX, em 1854
|
3. - Maria, Nasceu Sob
Pecado (Lc 1.47; Rm 3.23; 5.12)
|
4. - Maria, Assunta ao
Céu O corpo de Maria subiu ao céu. Dogma .Declarado pelo papa Pio XII, em
1950
|
4. - Maria, aguarda a Ressurreição
(1Ts 4.13-18)
|
Vejamos outros exemplos do
Mariocentrismo católico: Existe mais Igrejas Romanas em honra, louvor, adoração
e homenagem a Maria, do que a Jesus Cristo;
O terço romano:
O Rosário se divide em três
Terços: Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. O Terço é um conjunto de
Ave-Marias e Pai-Nossos. São cinqüenta Ave-Marias rezadas em
grupos de dez, que se chamam Mistério. Após cada Mistério segue um Pai-Nosso. O
Terço é a terça parte do Rosário ("Rezemos
o Terço", Pe. José Geraldo Rodrigues. Editora Santuário - Aparecida-SP,
1996, pp. 4-5). Se ora mais a Maria, que ao Pai.
Até na idolatria, ou na
construção de imagens de esculturas, se faz mais imagens de Maria, do que de
Jesus Cristo. Os católicos romanos colam mais adesivos de Maria em seus
veículos do que os de Jesus.
Há mais aparições, sonhos,
revelações aos adeptos da Igreja Romana de Maria do que de Jesus.
1. A Virgem Maria
O padre católico André Carbonera
em um artigo denominado de Pascoladas declara algo que vai mais além do
que uma crítica aos evangélicos em decorrência da nossa posição bíblica com
relação aos títulos e honrarias que os católicos tributam a Maria.
Muitos afirmam crer em
Jesus, mas têm ódio da Mãe do mesmo Jesus... Ah, eu adoro Jesus! Tenho Jesus no
meu coração. Jesus é meu tudo. Entretanto, desconhecem, negam, rejeitam e
insultam a Mãe de Jesus... em nosso peregrinar terráqueo, quanto mais pistolões
houver, melhor! Por que jogar fora, então, aqueles que pedem e rezam por nós, bem
pertinho de Deus e de Jesus, como Maria e os Santos? Sena uma inútil auto-suficiência
e uma enorme burrice...!
Primeiramente deixamos claro que
não odiamos Maria, mãe de Jesus. Só queremos vê-la no seu próprio lugar
indicado na Bíblia. Como poderíamos odiar Maria? E uma acusação sem fundamento.
Em toda a literatura evangélica sobre a identidade de Maria não pode ser
encontrado algo que possa justificar essa acusação tão absurda. Amamos Maria
como a mãe de Jesus como apresentada na Bíblia.
Para desfazer esse equívoco, nada
melhor do que apresentar o que a Bíblia realmente fala de Maria e depois
confrontar com a posição católica sobre Maria.
Para esse confronto vamos
examinar o livro "Glórias de Maria" de S. Afonso de Ligório, doutor
da Igreja e fundador da congregação do Santíssimo Redentor. O nome da editora é
Editora Santuário, de Aparecida, onde se situa o Santuário da Conceição
Aparecida. Os editores informam que o livro é uma das obras mais conhecidas
do santo doutor. Um livro que, em 23 7 anos, teve 800 edições, ainda que
marcado pelo tempo, não precisa de justificativas para ser reeditado. Abordando
o valor do livro o tradutor assim se pronuncia: Com as Glórias de Mana
ergueu Afonso um perene monumento de seu terno e vivíssimo amor a Mãe de Deus ("Glórias
de Maria". S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, p.
13).
Diz ainda o tradutor: São
freqüentes no presente livro as referências a Revelações. Que pensar sobre tais
Revelações? Tais Revelações feitas por Deus mesmo, ou por meio de anjos e
santos, são possíveis, são reais, e sempre existiram na Igreja. Pertencem à
categoria das graças extraordinárias de Deus ("Glórias de Maria",
S. Afonso de Ligório, Editora Santuário, Aparecida - SP, p. 15).
Não pode ser alegado, pois, que
se trata de obra não reconhecida pela Igreja Católica Romana.
Nesse confronto verificamos que
os títulos e honrarias prestados a Jesus na Bíblia são transferidos a Maria,
colocando-a, em diversas oportunidades, como alguém que se deve recorrer, de
preferência, à pessoa augusta e soberana de nosso Senhor Jesus Cristo.
1.1.- Maria é deusa para os católicos?
Os católicos manifestam seu
sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como
deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos nessa declaração,
mas os fatos falam por si mesmos.O livro "Glórias de Maria" atribui a
Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia confere ao Senhor Jesus Cristo.
Chama Maria de onipotente e por outros atributos divinos.
Sois onipotente, ó Maria, visto
que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis. Os
pecadores só por intercessão de Maria obtêm o perdão. O, mãe de Deus, vossa
proteção traz a imortalidade; vossa intercessão, a vida. Em vós, Senhora, tenho
colocado toda a minha esperança e de vós espero minha salvação, ...Maria é toda
a esperança de nossa salvação, ...acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos
nos quereis ver; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário - Aparecida - SP, edição de 1989, pp. 76-77,147).
Pedro recomenda: Antes crescei
na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja
dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém (2 Pe 3.18).
Quando conhecemos melhor o Jesus da Bíblia não podemos concordar com os títulos
e honrarias que se prestam a Maria, pois acreditamos que nem mesmo Maria
aceitaria a transferência para ela das honras que são exclusivas ao seu Filho -
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
2. Posição de Maria na Bíblia
Maria procurou interferir na obra
salvífica de Jesus por três vezes durante o seu ministério. A primeira vez que
Maria assim o fez foi quando Jesus visitou o templo, na idade de 12 anos. E
quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste
assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. E ele
lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos
negócios de meu Pai? (Lc 2.48-49).
Na segunda vez foi na festa de
casamento, em Caná da Galiléia: E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe
disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não
é chegada a minha hora (Jo 2.3-4).
E a terceira vez foi em
Cafarnaum, quando Jesus estava pregando: Chegaram, então, seus irmãos e sua
mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar. E a multidão assentada ao redor
dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá
fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando
em redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e
meus irmãos. Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e
minha mãe (Mc 3.31-35).
Mesmo quando Jesus foi
interrompido no seu discurso por uma mulher que elogiava Maria por lhe ter
amamentado e lhe dado à luz, Jesus não elogiou a mulher: Disse a mulher: Bem-aventurado
o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste! Mas ele disse: Antes,
bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.27-28).
Jesus assim falando, afirmou que existe mais bem-aventurança em ouvir a Palavra
de Deus e guardá-la do que ter sido filho de Maria.
Em outras ocasiões mencionadas na
Bíblia onde Maria aparece, notamos o seguinte:
1. Maria, ao receber a notícia
que seria mãe do Salvador, se pronunciou como necessitada de um Salvador: Disse,
então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em
Deus, meu Salvador (Lc 1.46-47).
2. Quando os magos visitaram
Jesus, na sua infância, dirigiram-se a Jesus e não a Maria. E o que lemos em Mateus 2.11: E, entrando
na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o
adoraram. como se vê, os magos não
adoraram Maria, mas adoraram Jesus.
3. A última referência bíblica a
Maria é a que se vê em Atos 1.14 quando ela se encontrava em oração com os
demais seguidores de Jesus: Todos estes perseveravam unanimemente em oração
e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. Fora
isso, nada mais se lê no livro de Atos sobre Maria, assim como em todo o
restante do Novo Testamento.
3. Títulos e Honrarias
Existem cerca de 150 títulos
dados a Jesus Cristo na Bíblia e que os cristãos precisam conhecer. Se não
todos, pelo menos alguns deles devem ser conhecidos. Certamente isso evitará
que aceitemos que os títulos atribuídos a Jesus sejam passados para Maria, sua
mãe.
4. Confronto
entre a Posição de Maria na Igreja Católica Romana e a Posição Bíblica
Declarações Blasfemas:
Isso motiva então as palavras de Eádmero ao afirmar que nossa salvação
será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 208).
NOTA: Hebreus 7.25 afirma
que a nossa salvação é efetuada inteiramente por Jesus.
Há muito tempo teria já cessado de existir o mundo, assevera Fábio
Fulgêncio, se não o tivesse Maria sustentado com suas preces ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário -Aparecida - SP, edição 1989, p. 209).
Nota: Lemos em Hebreus 1.3 que o mantenedor do universo é
Jesus.
Podemos, entretanto, ir seguramente a Deus e dele esperar todos os bens,
diz Amoldo de Chartres, agora que temos o Filho como nosso medianeiro, junto ao
Pai, e a Mãe como nossa medianeira junto ao Filho. Como poderia o Pai deixar
desatendido ao Filho, quando este lhe mostra as chagas recebidas por amor aos
pecadores? E como poderia o Filho desatender à Mãe, mostrando-lhe esta os seios
que o sustentaram? ("Glórias de
Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida - SP, edição
1989, p. 209).
Maria livra do inferno a seus
devotos. Um verdadeiro devoto de Maria não se perde ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989 p. 182).
É impossível salvar-se quem não é devoto de Maria e não vive sob sua
proteção, diz S. Anselmo, e também é impossível que se condene a
Virgem, e por ela é olhado com amor ("Glórias de Maria", S.
Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 183).
Nota: Em relação a esse ensino, a posição evangélica é a de
que há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem
(1 Tm 2.5). Ouvindo a Palavra de Deus: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o
ouvir pela palavra de Deus (Rm 10.17), o Espírito Santo convence o pecador do
pecado da incredulidade (Jo 16.7-9) e ele recebe a Cristo como Senhor e
Salvador dele e recebe o perdão de pecados e a certeza de que agora é filho de
Deus (Jo 1.12; 1 Jo 2.1-2,12; 3.1-3), com direito à herança no céu (Jo 14.2-3).
Jesus nos livra da ira vindoura (Mt 25.34; Rm 8.1; Hb 7.25).
No livro "Sereis Batizados
no Espírito", Haroldo J. Rahm, S.J. e Maria J.R. Lamego, Edições Loyola,
São Paulo 1992, 6~ edição, p. 38 o escritor apresenta as vantagens da renovação
carismática para os católicos, ao dizer: Nova Apreciação da Igreja, da
Liturgia, da Eucarística, de Maria.
O Padre Marcelo declara: Maria nunca foi motivo de vergonha para
Deus, mas motivo de muita alegria. Em sua humildade, fidelidade e capacidade de
amar, tornou-se divina. Encontrou-se a si mesma no mistério profundo do amor do
Senhor. Aqui veremos o que fazer para ter contato maior com a nossa Mãe que, em
todos os momentos, por sua intercessão, nos guarda em seu coração e nos conduz
à santidade ("Aprendendo a dizer sim com Maria", Pe. Marcelo M.
Rossi, Editora Vozes, 1998, p. 7).
5. Assunção de Maria
O ensino católico é:
Na festa da Assunção da
Santíssima Virgem, a Igreja celebra a morte preciosa e a gloriosa assunção da
Virgem Maria ao Céu. Com a alma de Maria foi levada ao Céu também o seu corpo.
A assunção de nossa Senhora em corpo e alma ao céu foi definida pelo Santo
Padre Pio XII, em 1o de novembro de 1950 ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã",
Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 219, resposta
às perguntas 173,175).
NOTA: Jesus é chamado as primícias
dos mortos (1 Co 15.20) e a próxima ressurreição, em corpo glorificado, se
dará na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.22-23, 51-54; 1 Ts 4.16-17).
6. Mãe de Deus
O catolicismo romano, contrariando
o Evangelho de João 2.1-2 — mãe de Jesus, considera Maria como se ela
tivesse atributos da divindade, atribuindo-lhe os títulos: co-Redentora;
Advogada; Refugio dos Pecadores; Arca de Noé; Medianeira etc.
Resposta
Apologética:
Um dos motivos desse entendimento
católico se dá devido à interpretação incorreta do título Theotókos {mãe de
Deus) dado a Maria. No Evangelho de João 2.1-2, diz: mãe de Jesus, que
na língua grega é meter ton Iesous. O título Mãe de Deus do grego
Theotókos, foi dado a Maria no Concilio de Efeso, em 431 a.C. Theotókos,
Deípara, era menos assustador do que o português Mãe de Deus, realçava
mais a divindade do Filho do que o privilégio da mãe. Exaltava a pessoa de
Jesus, reafirmando sua divindade (basta verificar nos documentos da Igreja Os
Anátemas de Cirilo de Alexandria, que toda ênfase é dada à pessoa de
Jesus). O importante documento intitulado Tomo de Leão declara: o
Senhor tomou da mãe a natureza, não a culpa. Leão, bispo de Roma (440-461),
acreditava que Maria deu a Jesus a natureza humana e não cria na Imaculada
Concepção de Maria, já que ele acertadamente diz que o Filho não herdou a
culpa da mãe. Finalmente, temos de considerar ainda que o título Theotókos foi
aplicado como: mãe de Deus, segundo a humanidade. Assim disse o Concilio
de Calcedônia: em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado,
gerado, segundo a divindade, antes dos séculos pelo Pai, segundo a humanidade,
por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos].
Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas
naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis ("Definição
de Calcedônia" — 451). Portanto, o título dado a Maria não tencionava
ensinar que, de alguma maneira misteriosa, Maria dera à luz a Deus; o termo
fazia parte de um argumento contra a cristologia duvidosa dos nestorianos. A
intenção da mensagem era: Maria não deu à luz a um mero homem. Mas não
havia qualquer intenção de ensinar que Maria era a origem da natureza divina de
Cristo. Assim sendo, Maria não possui atributos divinos. Os títulos Redentor;
Advogado; Refúgio dos Pecadores; Salvador; Mediador etc.são exclusivos do
Senhor Jesus (Mt 1.21; 1 Jo 2.1; Mt 11.28-30; Jo 14.6; 1 Co 3.11; 1 Tm 2.5).
7. Oração a Maria
Sim desde que Jesus Cristo se dignou escolher Maria por Mãe, estava como
Filho realmente obrigado a obedecer-lhe, diz S. Ambrósio. Tem Maria o grande
privilégio de ser poderosíssima junto ao Filho, diz Conrado de Saxônia ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 151).
Ó Maria, querida advogada nossa, na rica piedade de vosso coração não
podeis ver infelizes sem que deles tenha compaixão; e na riqueza de vosso poder
junto de Deus salvais a todos quantos protegeis ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário -Aparecida - SP, edição 1989, p. 153).
Nota: A Bíblia aponta Jesus
como único advogado (1 Jo 2.1).
Falai, ó minha Senhora - dir-vos-ei com S. Bernardo, falai, porque vosso
divino Filho vos escuta, e tudo o que lhe pedirdes vo-lo concederá. O Mana,
advogada nossa, falai então em favor dos miseráveis pecadores ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório,
Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, pp. 158-159).
Nota: Nas bodas de Caná
Jesus não atendeu a sua mãe (Jo 2.1-5).
Rogai, pois, ó Maria, rogai por
nós; intercedei por nós e sereis atendida e nós seremos salvos com certeza
("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário —
Aparecida — SP , edição 1989, p. 159).
Nota: A
oração deve ser dirigida ao Pai em nome de Jesus (Jo 14.13-14).
Resposta
Apologética:
Separadamente da obra redentora
efetuada na cruz (Hb 10.20), não há outro modo para quem quer que seja se
aproximar de Deus (Jo 14.6). Portanto, orar a Maria: Tem piedade de nós
pecadores, não é somente inútil, é uma blasfêmia. Maria não tem lugar no
plano de salvação, a não ser o lugar que lhe coube como mãe de Jesus. Quando o
anjo falou a José a respeito de Maria, ele disse: E dará à luz um filho e
chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt
1.21). Desde que Jesus disse: Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem
a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37; Mt 11.28), não há
necessidade de que qualquer ser humano, ou mesmo anjo, lembre a Jesus a
promessa que nos fez. Orar a Maria é, nada mais nada menos, do que colocar em
dúvida a certeza das palavras: Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm
5.8). Antes que a Igreja Católica Romana existisse, já as antigas religiões
pagas tinham suas Mães Misericordiosas, por exemplo, a deusa Kuanyin dos
budistas e a rainha dos céus dos babilônios (Jr 7.18; 44.17-23-25). A
assunção de Maria se dará com a de todos os crentes por ocasião do
arrebatamento na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.51-54; 1 Ts 4.16-17). Cristo é
as primícias dos mortos e os que são dele participarão da ressurreição na mesma
ocasião (1 Co 15.20-23).
8. Perguntas a Serem Feitas aos Católicos
1. Como podem os católicos ensinar que Maria foi
sempre virgem quando as Escrituras freqüentemente falam dos irmãos de Jesus?
(Mt 12.46; Mc 3.31-35; Lc 8.19,21; Jo 7.3; At 1.14);
2. As palavras antes de se ajuntarem (Mt
1.18) e: E deu à luz a seu filho primogênito (Lc 2.7) não implicam que
Maria teve outros filhos?
3. Por que ensinam os católicos que Maria foi
concebida sem pecado se a Bíblia declara: Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós (1 Jo 1.8);
4. Pode oferecer uma prova bíblica ou histórica
de que Maria ascendeu ao céu em corpo glorificado?
5.O que diz sobre as
palavras de Jesus em Caná da Galiléia: Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu
contigo? Ainda não é chegada a minha hora (João 2.4)?
6. Não disse Jesus sobre Maria, em resposta às
palavras de uma mulher da multidão, que dizia, bem-aventurado o ventre que te
trouxe e os peitos em que mamaste, mas ele disse: Antes bem-aventurados os
que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.28);
7. Não disse Jesus: Mas, respondendo ele, disse-lhes:
Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem apalavra de Deus e a executam (Lc
8.21)?
8. Não repreendeu Jesus os que usam de repetições
em suas orações, dizendo: E, orando, não useis de vãs repetições, como os
gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos (Mt 6.7);
9. Por que orar a Maria,
quando a Bíblia ensina que Cristo é o mediador entre Deus e os homens (1 Tm
2.5) e o único Advogado para com o Pai (1 Jo 2.1).
9. Outros Ensinos sobre Maria
a) Concebida
sem pecado
O dogma da imaculada conceição de
Maria foi promulgado em 8 de dezembro de 1854 pelo papa Pio IX, como segue:
A beatíssima Virgem Maria, no
primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus
onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, ("Catecismo da Igreja Católica", Editora
Loyola. 1999, p. 138). O destaque é nosso.
Resposta
Apologética:
Somente Cristo foi assim
concebido sem pecado ou imaculado (Hb 7.26). Os demais seres humanos são todos
pecadores como lemos no livro de Romanos 3.23: Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus. O salmista Davi tinha a consciência do
pecado e escreveu: em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha
mãe (Sl 51.5). Quem nos purifica de todos os pecados é o sangue de Jesus
como disse o apóstolo João: Mas se andarmos na luz, como ele na luz está,
temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos
purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7).
b) Maria não
teve outros filhos
O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a
confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de
Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo não lhe diminuiu, mas
sagrou a integridade virginal de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra Maria
como a Aeipartheno (aeiparthénos), sempre virgem ("Catecismo da Igreja Católica", Editora
Loyola. 1999, p. 138).
O dogma da perpétua virgindade de
Maria é muito salientado no culto prestado pela Igreja Católica. Eles
consideram uma ofensa a Maria ensinar que ela teve outros filhos.
Resposta
Apologética:
A Bíblia menciona os outros
filhos de Maria. Em Mateus 1.24-25 lemos:
E José despertando do sono,
fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a
conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus. A citação até que de Mateus limita o tempo em que se
não deviam conhecer sexualmente José e Maria, podendo fazê-lo depois do prazo
imposto pelas conveniências de ordem moral ou religiosa. Dentre os irmãos de
Jesus vêm citados: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 12.46; Mc 3.31-35; 6.3; Jo
7.3-5,10; At 1.14). Ora, dizem os próprios evangelistas em outro texto (Mt
10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) que Tiago era filho de Alfeu e Maria, parenta
da mãe de Jesus. Dizem então que se chamam irmãos de Jesus os que, ao depois,
dá explicitamente como filhos de outros progenitores. Trata-se pois — dizem —
de primos-irmãos ou outros parentes. Refutando esse argumento apontamos que há
um Tiago menor que está incluído entre os apóstolos. Pois bem, para armar o
efeito, fizeram dele um irmão de José, Judas e Simão que se encontram em Mateus
13.55, justamente porque esse Tiago na lista apostólica aparece com o pai
indicado — é filho de Alfeu ou Cleofas. Esse Tiago menor, porém, não é o mesmo
de Mateus 13.55 e de Atos 1.14. E como se prova isso? Basta ler João 7.3-5
confrontando com João 6.67: Disseram-lhe, pois, seus irmãos: sai daqui, e
vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em
oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus
irmãos criam nele (Jo 7.3-5). Então disse Jesus aos doze: Quereis vós
também retirar-vos? (Jo 6.67).
VI - Os Pecados da
Santa Sé
O historiador norte-americano,
Gafry Wills, católico praticante, em seu livro Papal Sin (Pecado Papal) na
primeira parte do livro aborda as desonestidades históricas da Igreja,
mostrando, em resumo, como a hierarquia católica persiste no apelo à mentira e,
por muitos anos, camuflou o comportamento de Pio XII (1939-1958) face ao
holocausto, só agora devassado por Corwell, Susan Zucotti (autoria de duas
pesquisas sobre as relações do Vaticano com o fascismo), Frank J. Coppa
{Controversial Concordais: The Vaticans Relations WithNa-poleon, Mussolini, and
Hitler), Mark Aarons c John Loftus (Un-holy Trinity: The Vatican, theNazis,
andthe Swiss Banks]I, e Michael Phayer (The Catholic Church andthe Holocaust,
1930-1965, a ser lançado pela Indiana University Press em setembro). Para
Wills, a Santa Sé acumula em seu currículo um formidável acervo de tortuosa
interpretação das Sagradas Escrituras, de distorcidas visões da história
eclesiástica, de lamúrias hipócritas e deslavadas mentiras. 0 culto à Virgem
Maria, inexiste nas Escrituras e entre os católicos, durante quatro séculos, é
apenas um dos muitos abusos históricos que, a seu ver, a Igreja cometeu.
Exorbitância cujo ápice teria sido a idolatria à Nossa Senhora de Fátima e aos
mistérios a ela ligados, todos "manipulados pela Igreja"para fins
políticos - além de discutíveis, à medida que dois deles referiam-se a
previsões (supostamente feitas em 13 de julho de 1917) de fatos já ocorridos ou
em andamento (uma nova guerra mundial, um novo papa) quando sua única
testemunha viva, Lúcia, tornou-as públicas, em 1941 (O Estado de S. Paulo -
D-17 - Sábado, 5 de agosto de 2000).
O culto aos santos só começa a
partir de cem anos aproximadamente, depois da morte de Jesus, com uma tímida
veneração aos mártires. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de Deus
é a invocação Sub tuum praesidium, formulada no fim do século 3 ou mais
provavelmente no início do século 4. Não podemos dizer que a veneração dos
santos — e muito menos a da Mãe de Cristo —faça parte do patrimônio original
("O Culto a Maria Hoje". Vários autores, sob a direção de Wolfgang
Beinert, Edições Paulinas, 1980, 3a. edição, p. 33).
VII - Os Sacramentos
Pela palavra sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça
instituído por Jesus Cristo, para santificar nossas almas ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã",
Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, p. 100, resposta
à pergunta 516).
Os sacramentos são sete:
Batismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia, Penitência, Extrema-unção, Ordem e
Matrimônio ("Terceiro Catecismo
de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto
de 1976, p. 101, resposta à pergunta 519).
Quais são os sacramentos
mais necessários para nossa salvação?
Os sacramentos mais
necessários para nossa salvação são dois: o batismo e a penitência; o batismo é
necessário absolutamente para todos, e a penitência é necessária para todos
aqueles que pecaram mortalmente depois do batismo.
Qual é o maior de todos
os sacramentos"?
O maior de todos os
sacramentos é o sacramento da Eucaristia, porque contém não só a graça, mas
também o mesmo Jesus Cristo, autor da graça e dos sacramentos ("Terceiro Catecismo
de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1 edição, agosto de 1976, p. 104).
1. Batismo
O batismo é o sacramento
pelo qual renascemos para a graça de Deus e nos tornamos cristãos. O sacramento
do batismo confere a primeira graça santificante, que apaga o pecado original e
também o atual, se o há; perdoa toda a pena por eles devida; imprime o caráter cristão
faz –nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do Paraíso, e
torna-nos capazes de receber os outros sacramentos. O batismo é absolutamente
necessário para a salvação, porque o Senhor disse expressamente: Quem não
renascer na água e no Espírito, não poderá entrar no reino dos céus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora
Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, pp.105-106,108 resposta
às perguntas 549-550, 564).
Resposta
Apologética:
O batismo é uma ordenança de
Jesus, mas não um sacramento. Batizamo-nos porque somos salvos e não nos
batizamos para sermos salvos (Mt 28.19; Mc 16.15-16). O versículo 16 declara
que quem não crer será condenado e não quem não for batizado (Lc
5.24-34, 23.43; At 16.30-31) Jesus ensinou sobre as crianças que elas não se
perdem (Mt 18.1-4; 19.13-14).
2. Confirmação ou Crisma
A Confirmação, ou Crisma, é um sacramento que nos dá o Espírito Santo,
imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo, e nos faz perfeitos
cristãos ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de
1976, resposta à pergunta 575, p. 110).
Resposta
Apologética:
O Espírito Santo é dado ao que
aceita o Senhor Jesus como Salvador (Jo 16.7-9; 14.16-18-26; 16.13-14) e não a
incrédulos. Como confirmar o batismo de alguém que não foi biblicamente
batizado. A fé precede o batismo (At 8.36-38) e o batismo precede a fé. Uma
criança recém-nascida não tem condições de crer e confessar Jesus como
Salvador.
3. Eucaristia:
Ensinando sobre a Eucaristia, diz
a Igreja Católica: A Eucaristia é um sacramento que, pela admirável conversão
de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do
vinho no seu precioso sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o
Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das
espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual. Ensina que na
Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está no céu. Esclarece ainda que essa
mudança conhecida como transubstanciação ocorre no ato em que o sacerdote, na
santa Missa, pronuncia as palavras de consagração: Isto é o meu Corpo; este é o
meu sangue.
Deve-se adorar a Eucaristia?
A Eucaristia deve ser adorada por
todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus
Cristo Nosso Senhor ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora
Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta
619).
Resposta
Apologética:
Esta doutrina é contrária ao bom
senso e ao testemunho dos sentidos - o bom senso não pode admitir que o pão e o
vinho oferecidos pelo Senhor aos seus discípulos, na Ceia, fossem a sua própria
carne e o seu sangue, ao mesmo tempo em que permanecia em pé diante deles vivo,
em carne e osso. E manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma
linguagem simbólica, que queria dizer: este pão que parti representa meu corpo
que vai ser partido por vossos pecados; o vinho neste cálice representa meu
sangue, que vai ser derramado para apagar os vossos pecados. Não há ninguém, de
mediano bom senso, que compreenda, no sentido literal, estas expressões
simbólicas do Salvador: Eu sou aporta, eu sou a videira, eu sou o caminho. A
razão humana não pode admitir tampouco o pensamento de que o corpo de Jesus,
tal qual se encontra no céu (Lc 24.39; Fp 3.20), esteja nos elementos da Ceia.
Como se admitir que Jesus desça aos altares romanistas revestido do corpo que
teve sobre a terra, e se deixe prender nos altares católicos.
A Ceia é uma ordenança e não
Eucaristia; era usado pão e não hóstia; é um memorial como se lê em 1 Coríntios
11.25-26; o Senhor Jesus usou muitas palavras de forma figurada: Eu sou a
luz do mundo(Jo 8.12); Eu sou a porta (Jo 10.9); Eu sou a videira
verdadeira (Jo 15.1). Jesus chamou na última Ceia os elementos de pão e
vinho, sem dar qualquer motivo para se crer na transubstanciação. Adorar a
Eucaristia é um ato de idolatria.
4. Penitência:
A penitência, chamada também confissão, é o sacramento instituído por
Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do batismo. Depois defeito
o sinal da Cruz, o católico deve dizer: Eu me confesso a Deus todo-poderoso, à
bem-aventurada sempre Virgem Maria, a todos os Santos, e a vós, Padre, porque
pequei. As obras de penitência podem reduzir-se a três espécies: à oração, ao
jejum, à esmola. Os que morrem depois de ter recebido absolvição não vão logo
para o céu vão para o purgatório, para ali satisfazer a justiça de Deus e se
purificarem inteiramente. As almas podem ser aliviadas no Purgatório com
orações, com esmolas, com todas as demais obras boas e com as indulgências,
mas, sobretudo, com o Santo Sacrifício da missa. ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora
Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 788,
p. 144).
Resposta
Apologética:
Não há um só caso de alguém que
tenha confessado os seus pecados a homens ou mesmo aos apóstolos. Em 1 João
1.7-9, João ensinou que devemos confessar nossos pecados a Jesus e que Ele é
suficiente para perdoar. Se Pedro estivesse investido do poder de perdoar
pecados, por que não pediu a Simão que se ajoelhasse em confissão, para resgate
do seu pecado? Exortou a Simão que recorresse a quem tinha tal poder de perdoar
pecados (At 8.22). Jesus disse à mulher pecadora, perdoados são os teus
pecados (Lc 7.48), não ouviu Ele a confissão da mulher. Jesus ensinou a
oração do Pai-nosso ao dizer: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim, como nós
perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). Na celebração da Ceia, Paulo
recomendou que cada um de nós fizesse exame introspectivo (1 Co 11.28).
5. Extrema-unção:
A extrema-unção é o sacramento
instituído para alívio espiritual e também temporal dos enfermos em perigo de
vida ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de
1976, resposta à pergunta 805, p. 147).
Resposta
Apologética:
Em Tiago 5.14-16, se recomenda
chamar o presbítero para orar pelo enfermo para sua cura e não receber
extrema-unção como uma recomendação do corpo sem a qual não se procede ao
sepultamento cristão do corpo.
6. Ordem:
A ordem é o sacramento que dá o poder de exercitar os ministérios sagrados
que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e que imprime na alma
de quem o recebe o caráter de Deus
("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia
edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 811, pp. 148-149).
Resposta
Apologética:
No Antigo Testamento, o
sacerdócio era exercido por uma classe especial de homens que eram os
descendentes de Arão. Hoje no Novo Concerto o sacerdócio é exercido por todos
os cristãos e não por uma classe sacerdotal intermediária entre Deus e os
homens. O apóstolo Pedro escreveu que como pedras vivas, sois edificados
casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por Jesus Cristo (1 Pe 2.5). Mas vós sois a geração
eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1
Pe 2.9).
7. Matrimônio:
O matrimônio é um sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que
estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a
graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus
filhos ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de
1976, resposta à pergunta 826, p. 151).
Resposta
Apologética:
O casamento é uma instituição
divina e não um sacramento (Gn 2.18-24; Mt 19.4-6). Pedro foi considerado o
primeiro papa e, entretanto, era casado (Mt 8.14-15). Paulo recomenda que o
ministro seja casado (1 Tm 3.1-3).
VIII - A Missa
Diz a Igreja Católica: A santa
missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os
nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do
sacrifício da Cruz ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora
Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 652,
p. 122).
O livro "O Terceiro
Catecismo de Doutrina Cristã", página 124, diz em resposta à pergunta 668:
E coisa boa rezar também pelos outros, quando se assiste à santa missa; e até o
tempo da santa missa é o mais oportuno para rezar pelos vivos e pelos mortos.
1.Diferença entre a Missa e o
Sacrifício da Cruz
Explicando a diferença entre a relação que há entre o Sacrifício da Missa
e o da Cruz, responde a Igreja Católica: Entre o Sacrifício da Missa e o
sacrifício da Cruz há esta relação: que Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu
derramando o seu sangue para nós; ao passo que sobre os altares Ele se
sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e
Morte ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de
1976, resposta à pergunta 654, p. 123). Quanto à finalidade do Santo Sacrifício
da missa, dentre outros, destaca a Igreja Católica: Oferece-se a Deus o Santo
Sacrifício da Missa para os devidos fins:
1o - para
honrá-lo como convém, e sob este ponto de vista o sacrifício é latrêutico;
2o - para Lhe
dar graças pelos seus benefícios, e sob este ponto de vista o sacrifício é
eucarístico;
3o - para
aplacá-lo, dar-Lhe a devida satisfação pelos nossos pecados, para sufragar as
almas do Purgatório, e sob este ponto de vista o
sacrifício é propiciatório ("Terceiro
Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia
edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 657, p. 123).
Resposta
Apologética:
Em Hebreus, afirma-se diversas
vezes que o sacrifício de Cristo foi oferecido uma só vez e não há mais
oferenda pelo pecado (Hb 9.11-12, 24-28; 10.10-14). Diz mais o escritor bíblico
que onde há remissão de pecados não deve haver mais ofertas pelo pecado (Hb
10.17-18). Apoiando-se em Jo 6.53-56 a Igreja Católica interpreta a referência
bíblica como base para o seu ensino. Entretanto, Jesus referindo-se às palavras
que causaram escândalos a seus discípulos, afirmou que essa interpretação não
era literal (Jo 6.63), explicando que suas palavras eram espírito e vida, O
espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos
disse são espírito e vida. Considerando o que diz em Hebreus 9.22: que
sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, e que o sacrifício
da missa é sem sangue, isto significa a inutilidade do sacrifício da missa.
IX - Os Santos
A Igreja Católica declara que os
santos são pessoas que, durante suas vidas praticaram grande piedade e virtude.
Essas pessoas, agora no céu, podem responder a nossas orações, podem ser
veneradas, mas não adoradas.
Ensina a Igreja Católica:
E coisa boa e útil
recorrer à intercessão dos santos?
É coisa utilíssima
invocar os santos, e todo o cristão o deve fazer. Devemos invocar
particularmente nossos Anjos da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos
Apóstolos, o santo do nosso nome e os santos protetores da diocese e da
paróquia ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz
Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 339, p. 69).
Resposta
Apologética:
Analisando essa prática romanista
à luz da Bíblia e da História fica claro que são praticas pagas. O papa
Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos e
substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um
templo cristão para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas,
inclusive de Maria. Dessa forma, o culto aos santos e a Maria substituiu o dos deuses
e deusas do paganismo.
A Bíblia não autoriza a invocação
de santos. Os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar e
Jesus não mandou que fossem a Maria ou aos santos. Assim diz a Bíblia: E
ACONTECEU que estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe
disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João
ensinou aos seus discípulos. E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai
nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja
feita a tua vontade, assim na terra, como no céu (Lc 11.1-2). Convidou a
todos a irem até Ele para encontrar descanso para suas almas (Mt 11.28). Com
clareza Jesus ensinou que nossa invocação deve ser feita ao Pai, em seu nome
como lemos: E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai
seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (Jo
14.13-14). Os santos são apenas criaturas e infinitamente menores do que Deus.
Não possuem os atributos da eternidade, onipresença, onipotência e onisciência.
Não podem ouvir e responder a milhares e milhares de pedidos feitos pelos
católicos ao mesmo tempo. Precisavam para atender a todos os pedidos que lhes
fossem feitos que fossem como Deus, conhecendo os segredos do coração dos
homens. Os cristãos são aconselhados a orar pelos vivos e uns pelos outros (Tg
5.16; Rm 15.30; Ef 6.18-19). É proibido orar a santos e anjos (Cl 2.18; Ap
19.10; 22.8-9; At 10.25-26; 14.11-18). Os santos têm consciência do que ocorre
em torno deles no céu (Ap 6.9-11). O processo para canonização é longo. Santo,
na Bíblia, é diferente do processo de canonização. A palavra santo é
relacionada com a palavra separado. A raiz significa que os santos são
aqueles a quem Deus tem colocado separadamente para seu propósito (1 Co 1.1-2).
Um santo, pois, é aquele que aceitou Jesus como seu único Salvador pessoal (Jo
1.12); nascido de novo (Jo 3.3) santificado em Cristo Jesus. A Bíblia não
recomenda orar aos santos mortos. Por que fazê-lo, se temos o Senhor Jesus que
pode socorrer perfeitamente aos que se chegam a Ele (Hb 7.25). Lemos que a
purificação dos nossos pecados se dá pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7-9;
2.1-12). No livro de Apocalipse, 7.9-15, João viu uma grande multidão com
vestidos brancos mostrando sua purificação pelo sangue de Jesus. Deus não pode
perdoar pecados de quem não se arrepende nem aceita a oferta de salvação em
Jesus (Mt 11.28-30).
X- Idolatria
A Igreja Católica Romana insiste
em dizer que não comete o pecado de idolatria quando os católicos se prostram
diante da imagem de um suposto santo.
Ensina a Igreja Católica:
Que é idolatria ?
Chama-se idolatria o
prestar a alguma criatura, por exemplo, a uma estátua, a uma imagem, a um
homem, o culto supremo de adoração, devido só a Deus ("Terceiro Catecismo
de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto
de 1976, resposta à pergunta 358).
Como está
expressa na Sagrada Escritura esta proibição1?
Na Sagrada Escritura está
expressa esta proibição com as palavras: Não farás para ti imagem de escultura,
nem figura alguma de tudo o que há em cima, no céu, e do que há embaixo, na
terra. E não adorarás a tais coisas, nem lhes dará culto ("Terceiro Catecismo
de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto
de 1976, resposta à pergunta 359, p. 74).
Que diferença há entre o
culto que prestamos a Deus, e o culto que prestamos aos santos?
Entre o culto que
prestamos a Deus e o culto que prestamos aos santos há esta diferença: que a
Deus adoramo-Lo pela sua infinita excelência, ao passo que aos santos não os
adoramos, mas só os honramos e veneramos como amigos de Deus e nossos
intercessores junto dEle. 0 culto que prestamos a Deus chama-se latria, isto é,
de adoração, e o culto que prestamos aos santos chama-se dulia, isto é, de
veneração aos servos
de Deus; enfim o culto especial que prestamos a
Maria Santíssima chama-se hiperdulia, isto é, de especialíssima veneração, como
Mãe de Deus ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de
1976, resposta à pergunta 371, p. 76).
1. Adoração Piramidal
Entendendo a Estrutura Piramidal do
Culto da Igreja Católica Romana
LATRIA - ADORAÇÃO A DEUS
HIPERDULIA- DEVOÇÃO A MARIA
DULIA - DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS
A Dificuldade do
Catolicismo Romano em Justificar essa Teoria
Se os católicos romanos se
limitassem a exaltar os heróis da fé e a propô-los como modelo a ser seguido,
não haveria nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos.
Infelizmente não é isso que acontece, por mais que os líderes católicos romanos
se esforcem nas suas infindáveis apologias. Suas explicações não passam de
tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos
de devoção: a latria, hiperdulia e dulia. Perguntamos: qual a
diferença que pode haver entre a dulia e a hiperdulia} Qual a
diferença das duas com a latria} A realidade é que os três termos se
confundem, os dois termos {dulia e hiperdulia) podem ser
envolvidos com a latria e tudo se torna uma distinção que não distingue
coisa alguma. Será que as pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição
Aparecida, ou de São João ou de São Sebastião ou de Jesus, sabem que estão
cultuando em níveis diferentes? Ou para elas é tudo a mesma coisa? Imagine um
católico romano bem instruído que vai para seu culto. Primeiramente ele
pretende cultuar São João, então dobra seus joelhos diante da imagem de São
João e oferece a dulia. Depois ele irá prestar culto a Maria, então ele
deixa de praticar a dulia e passa a praticar a hiperdulia e
finalmente ele deseja cultuar a Deus, então ele começa a praticar a latria.
Não acreditamos que o povo
católico romano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e latria,
e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os
limites de cada uma.
Qual é a
Diferença?
Adoração e veneração. Há
diferença entre adorar e prestar culto de veneração? Prostrar-se
diante de uma imagem, dirigir a ela orações e ações de graça, fazer-lhe
pedidos, cantar-lhe hinos de louvor se não for adoração, fica difícil saber o
que o catolicismo romano entende por adoração. Chamar a isso de veneração é
subestimar a inteligência humana.
Resposta
Apologética:
Definindo a palavra idolatria Essa
palavra vem do grego eidolon, ídolo, e latreuein, adorar. Esse
termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em
seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar a veneração
ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc, que tome o
lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos. Assim, idolatria
consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao
mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. A
idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em
Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e,
em vez de se submeterem a Deus, em algum sentido submetem-se a valores
representados por aquela imagem.
Na idolatria, há certos elementos
da criação que usurpam a posição que cabe somente a Deus. Podemos fazer da
autoglorifícação um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas
posições sociais (Cl 3.5). Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente
importante em nossa vida pode vir a ser um ídolo para nós. A idolatria não
requer a existência de qualquer objeto físico. Se alguém adora a um deus falso,
sem transformar esse deus em alguma imagem, ainda assim é culpado de idolatria,
porquanto fez de um conceito uma falsa divindade. Nesse caso há
diferença entre ídolo e imagem.
Deus condenou os ídolos (Sl
115.4-8), e também condenou as imagens (Ex 20.1-6). Era expressamente proibido
ao povo de Israel fabricar imagens esculpidas ou fundidas (Ex 20.4; Dt 5.8).
Imagens ou representações de deuses imaginários eram feitas em materiais como
pedra, madeira, pedras preciosas, argila, mármore etc. A lei mosaica proibia
tal ação (Êx 34.17; Is 44.10-18; Lv 19.4). Os profetas condenaram a prática com
qualquer forma de idolatria (Is 30.22; 42.17; 45.20; Os 13.2; Hb 2.18). Essa
legislação, como é óbvio, impedia que Israel se tornasse uma nação que
cultivasse as artes plásticas, embora, estritamente falando, estas não fossem
proibidas por lei. Tais leis não se aplicam às artes enquanto os produtos dessa
atividade não forem venerados ou adorados. Ainda sobre a imagem há de se
entender que em Êx 25.18.22, Deus ordenou que fizesse como ornamento e
representação algumas figuras, mas não para adoração ou culto, nem para olhar
para elas e homenagear ou admirar seus feitos poderosos. Trata-se de figuras de
ornamento, artístico e não objetos de culto ou adoração.
Serpente de Bronze - Sobre a serpente de bronze, no hebraico, nachash
nechosheth. A expressão é empregada exclusivamente em 2 Reis 18.4 para
denotar a serpente feita de bronze, ou melhor, de cobre, por Moisés (Nm
21.4-9). Nossa versão portuguesa diz serpente de bronze. O motivo para a
fabricação da serpente de bronze foi o incidente no qual os israelitas se
queixaram diante de Moisés do tratamento imposto por Deus. O povo de Israel,
evidentemente, sem se importar muito diante das suas anteriores tragédias,
queixou-se de que estava recebendo uma alimentação inadequada. E Deus os
castigou com as serpentes venenosas, que já haviam matado muitos israelitas.
Quando o povo se arrependeu, Deus
ordenou que Moisés fizesse uma serpente de bronze, que muitos estudiosos
preferem pensar que fosse de cobre. Aos israelitas foi prometido que todo
aquele que tivesse sido picado por uma serpente e contemplasse a serpente de
bronze, movido pela fé, seria curado da mordida da serpente e não morreria.
Isso não é culto à serpente, nem veneração nem adoração, o que evidentemente
Deus jamais admitiria. Prova disso foi que, posteriormente, indivíduos
idolatras e supersticiosos entre os israelitas começaram a adorar a serpente de
bronze, até que, nos dias do rei Josias, essa figura de bronze foi destruída (2
Rs 18.4), por haver-se tornado um objeto idolatra. Josias a chamou de Neustã
(pedaço de cobre), dando a entender que a tal serpente era cobre e nada mais.
O fato de o próprio Senhor Jesus
comparar a sua morte na cruz ao levantamento da serpente de bronze no deserto,
por Moisés, não significa idolatria ou justificativa para colocar objetos ou
imagens para veneração ou adoração, já que o uso aqui é figurado. Assim como
tantos foram curados de seu envenenamento físico, assim também, em Jesus
Cristo, aqueles que olharem para ele, impelidos pela fé, são salvos das eternas
conseqüências do pecado e da morte. Assim, em João 3.14, nas palavras de Jesus,
a serpente de metal torna-se um símbolo de Cristo como nosso Remidor, portanto,
ao ser levantado (o que sucedeu na cruz, no caso de Jesus), Ele atrairia todos
os homens a si (Jo 12.32), e a redenção por Ele preparada prove cura para o
pecado e para a morte espiritual produzida pelo pecado.
Há também casos de ornamentação
do templo de Deus ricamente construído por Salomão, como (1 Rs 6.23-30; 2 Cr
3.10-14) ou ainda a profecia da restauração do templo (Ez 41.17-20). Porém,
todos esses objetos e imagens não eram para invocação, intercessão, culto ou
adoração, mas apenas ornamento.
Assim, um ídolo representa alguma
divindade, ou então é aceito como se tivesse qualidades divinas por si mesmo.
Em qualquer desses casos, aquele objeto recebe adoração. Contudo, é possível
haver uma imagem, sem que essa seja adorada, como no caso dos querubins que
havia no templo de Jerusalém. Sem dúvida, esses querubins não eram adorados,
nem eram padroeiros dos hebreus, nem intercediam por eles, nem eram recordação
de alguém que eles amavam, tornaram-se uma exceção acerca da proibição de
imagens. Uma imagem também pode ser um amuleto que é concebido como dotado de
alguma forma de poder de proteger, de ajudar ou de permitir alguma realização.
E, naturalmente é possível a
posse de uma imagem esculpida ou pintada, representando algum santo ou herói,
religioso ou não, sem que a mesma seja adorada, por ser apenas um lembrete de
que se deveria emular as qualidades morais e espirituais de tal pessoa. Por
outro lado, quando tais imagens são veneradas então é provável que, na
maioria dos casos, esteja sendo praticada a idolatria. As estátuas dos heróis
no Brasil são comuns, mas nunca veneradas como deuses ou poderes divinos nem se
fazem elaboradas cerimônias ou procissões com elas. Eles são relembrados como
grandes mestres, cidadãos, líderes, e suas imagens são apenas memoriais desse
fato.
O problema do catolicismo romano
é que o fiel crê na intercessão feita por aquele santo, representado na imagem,
pensam que o espírito daquele santo pode ajudar, proteger, guardar etc, daí
todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser
venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses
santos são veneradas ou adoradas mediante alguma forma de cerimônia que
supostamente lhes transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se a imagem é
apenas recordações dos nossos irmãos de fé, então por que se presta
consagração à imagem, se faz procissão, se oferece flores, se beija, curva-se
diante dela? Por que se ora a ela, faz pedidos, faz-se poesias e cânticos a ela?
Assim sendo, a declaração católica romana de que a honra devolvida nas
santas imagens éuma veneração respeitosa, não uma adoração, parece mais com
uma charada teológica ou talvez o desejo de errar (Gl 6.7).
A Igreja Romana tem ensinado há
séculos que os santos e Maria intercedem pelos fiéis. Ora, se eles estão mortos
e seus espíritos são invocados, isso é invocação de pessoas que já morreram e
isso é pecado (Is 8.19). Isso parece mais com espiritismo que com Cristianismo,
além do mais, há um só mediador ou intercessor entre Deus e os homens, Jesus
Cristo, homem (1 Tm 2.5).
Os católicos romanos insistem em
dizer que não adoram nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, mas
só a Deus, porém, na prática não é isso que se verifica. Os intelectuais
romanistas, tal como seus colegas budistas, dizem que as imagens de escultura
são apenas memórias de qualidades dignas de emulação, de santos ou heróis
espirituais, o que, presumivelmente, ajudaria os religiosos sinceros a copiarem
tais virtudes. Entretanto, o povo comum não é sofisticado o bastante para
separar a imagem da adoração à autêntica distinção entre a adoração e
veneração. O resultado disso é que a idolatria tornou-se muito comum na Igreja
Católica, tanto no Oriente como no Ocidente.
De acordo com uma teologia
católica, a imagem seria apenas um memorial de alguma verdade ou pessoa
espiritual; e a veneração assim prestada seria dirigida àquela verdade ou
pessoa, e não à imagem propriamente dita. Entretanto, no nível popular, as
pessoas realmente veneram as próprias imagens, e a cuidadosa distinção entre
adoração e veneração é forçada ao máximo, para dizermos o mínimo. Na verdade, a
veneração de imagens, nas igrejas ocidentais e orientais, que foi tão vigorosa
e corretamente repelida pela Reforma Protestante, é precisamente aquilo que os
judeus e os islamitas diziam - é idolatria. Esse é um dos maiores escândalos da
cristandade. Teólogos católicos romanos têm chegado ao extremo de afirmar que
os objetos materiais assemelham-se a entidades dotadas de espírito, capazes de
atuar como pontes de ligação entre o que é material e o que é espiritual.
Assim, não se trata apenas da imagem em si, mas o que está por detrás delas. Se
os que morreram não podem interceder pelos que estão vivos, nem voltar para a terra
(Lc 16.19-31; 1 Tm 2.5; Hb 9.27), como fica a situação dos romanistas que pedem
ajuda e proteção, e mediação aos santos e Maria? Não estariam eles invocando
espíritos? Se os mortos em Cristo estão com Cristo e os mortos no pecado estão
no Hades, quem pode responder a essas invocações e orações? Não seriam
os espíritos deste mundo, conforme nos escreve o apóstolo Paulo (1 Co 10.14-24
e 1 Co 8.4-6)?
É inevitável que, à proporção que
os homens crescem em sua espiritualidade (oração e estudo da Palavra de Deus),
que sua abordagem à pessoa de Deus torne-se cada vez mais mística e cada vez
menos materialista. Os ritos vão perdendo mais e mais a sua importância, e as
imagens terminam por ser abertamente rejeitadas. E, quando se obtém o contato
direto com o Espírito Santo de Deus, de tal modo que se estabelece uma comunhão
viva entre o Espírito de Deus e o espírito humano, então os homens não mais
sentem qualquer necessidade de agência intermediária. Que isso ainda não tenha
acontecido, no caso dos católicos romanos e outros, após tantos séculos de
existência da Igreja Romana, somente demonstra o fato de que os homens, a
despeito de tantas vantagens, não têm progredido muito em sua espiritualidade.
Assim, por trás do ensinamento
romanista de que a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração
respeitosa, está a intenção de se ver protegido, guardado, ou que o santo
representado na imagem venha a interceder pelo pedinte, e isso é pecado de
idolatria, pois só há um mediador (1 Tm 2.5) e de feitiçaria, pois os espíritos
dos mortos não podem ser invocados pelos vivos (Is 8.19).
Filhinhos, guardai-vos
dos ídolos. Amém (1 Jo 5.21).
Portanto, a palavra idolatria é: Prestar
culto divino a uma criatura ou prestado a um objeto fabricado, no qual se supõe
qualquer coisa de Deus. Os católicos procuram minimizar o problema
afirmando que não prestam adoração às imagens, mas apenas as veneram.
Argumento católico:
Defendem-se dizendo que Deus
mandou fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da arca da aliança
(Ex 25.18-20); que mandou fazer a serpente de bronze (Nm 21.8-9); e o templo de
Salomão foi enfeitado com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1
Rs 6.23-35; 7.29). Afirmam que Deus proíbe apenas fazer deuses falsos e
adorá-los, mas Ele não proíbe outras imagens.
Os
querubins. A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da
arca da aliança (Ex 25.18-20), advogada pelos teólogos romanistas, não se
reveste de sustentação alguma. Porque não existe na Bíblia uma passagem,
sequer, de um judeu dirigir suas orações aos querubins, ou depositar sua fé
neles, ou pagar-lhes promessas. Esse propiciatório era a figura da redenção em
Cristo (Hb 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de
escultura como meio de cultuar a Deus (Êx 20.4-5; Deuteronômio 5.8-9). O culto
aos santos e a adoração a Maria, à luz da Bíblia, desclassificam o catolicismo)
romano como religião cristã. É idolatria (1 Jo 5.21). Então disse-lhe Jesus:
Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele
servirás (Mt 4.10). Em Apocalipse de João lemos: E eu lancei-me a seus
pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de
teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus- Adora a Deus;porque o testemunho de
Jesus éo espírito de profecia (Ap 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado
por Cornélio (At 10.25-26).
XI- Indulgências
Define a Igreja como indulgência:
A indulgência é a remissão da pena
temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a
Igreja concede fora do sacramento da penitência ("Terceiro Catecismo
de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto
de 1976, resposta à pergunta 793, p. 145).
Ensinando que o papa é o Vigário
de Cristo e o Cabeça da Igreja, pode ele sacar do Tesouro da Igreja os
bens de que a Igreja é depositária. Ela constrói a sua doutrina sobre Mateus
16.19, onde se lê: E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que
ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra será
desligado nos céus.
O papa sustenta que tem poder de
outorgar qualquer destas indulgências a toda a Igreja ou a qualquer membro da
Igreja, individualmente. Em 1903, o papa delegou autoridade a outros
sacerdotes, permitindo cardeais outorgarem indulgência por 200 dias, cada um em
sua própria diocese; aos arcebispos por cem dias; aos bispos por 50 dias, cada
um em sua própria diocese.
1. Os Tipos de Indulgências
Existem modalidades diferentes de
indulgências: quanto ao tempo de duração e quanto ao lugar. Quanto ao
tempo de duração, existem as indulgências plenárias ou completas e as
indulgências parciais. Nas indulgências plenárias ou completas, o pecador é
isento das penalidades desta vida e da que há de vir no purgatório. O ensino
católico sobre as indulgências plenárias é: A indulgência plenária éa que
perdoa toda a pena temporal devida pelos nossos pecados. Por isso, se alguém
morresse depois de ter recebido esta indulgência, iria logo para o céu,
inteiramente isento das penas do Purgatório ("Terceiro Catecismo de
Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de
1976, resposta à pergunta 798, p. 146). Nas indulgências parciais, a isenção
das penas é dada por um tempo determinado de dez, vinte ou trinta dias.
Quanto ao lugar, as
indulgências universais são para uso de todas as Igrejas em toda parte. As
indulgências particulares são para uso da igreja específica ou de relicários.
Resposta
Apologética:
A Bíblia afirma que após a morte
segue-se o juízo (Hb 9.27). Como afirmamos, existem dois lugares apontados para
depois desta vida e, num dos dois, todos os homens se encontrarão. Jesus falou
do céu ao afirmar: Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde,
benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo. E falou do inferno, dizendo: Então dirá também aos
que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o tormento eterno, mas
os justos para a vida eterna (Mt 25.34,41,46). Jesus disse ao ladrão
arrependido: E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo
no Paraíso (Lc 23.43). A mulher perdida que ungiu os pés de Jesus com suas
lágrimas, arrependida dos seus pecados, ele falou: E disse-lhe a ela: Os
teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre
si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou;
vai-te em paz (Lc 7.48-50).
Paulo não esperava o purgatório
nem admitia indulgências. Falou o seguinte: Porque para mim o viver é
Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1.21).
XII- Purgatório
A doutrina do purgatório foi
aprovada em 1439, no Concilio de Florença, confirmada definitivamente no
Concilio de Trento (1549-1563), mas ela já existia desde 1070. Essa doutrina
ensina que os cristãos parcialmente santificados, que são a maioria, passam por
um processo de purificação para depois entrar no céu. Essa crença veio do
paganismo e é muito antiga, e não há espaço para ela na Bíblia.
A Igreja Católica ensina:
Vão logo para o céu os que
morrem depois de ter recebido a absolvição, mas antes de terem satisfeito
plenamente a justiça de Deus? Não; eles vão para o Purgatório, para ali
satisfazerem à justiça de Deus e se purificarem inteiramente ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã",
Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à
pergunta 787, p. 144).
Em seguida é feita a seguinte
pergunta:
Podem as almas que estão
no Purgatório ser aliviadas por nós nas suas penas?
Sim, as almas que estão no Purgatório podem ser aliviadas com orações, com
esmolas, com todas as demais obras boas e com as indulgências, mas, sobretudo,
com o Santo Sacrifício da Missa
("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia
edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 788, p. 144).
Refutação:
A Igreja Católica descobriu
quatro lugares no além: céu, inferno, purgatório e limbo. Para o limbo vão as
pobres crianças que morrem sem batismo. Não vão para o inferno, dizem, mas
ficam numa sombra eterna, sem penas, sem sofrimentos, mas também sem gozo
algum. A Bíblia diz que o batismo não salva ninguém (At 10.47; Ef 2.8-9; Mt
3.15; Tt 3.5). Não ficou satisfeita com o que Cristo mencionou: dois caminhos,
duas portas, dois fins (Mt 7.13-14; 25.34-46). A Bíblia menciona esses dois lugares
depois desta vida: o céu e o inferno, que nas línguas originais bíblicas são
assim chamados: Seol, Hades, Geena (Lc 16.19-31; 12.4-5). Para o cristão
não há mais condenação (João 5.24; Romanos 8.1), pois alcançou justificação
pela fé (Rm 5.1). O purgatório do cristão é o sangue de Cristo que nos purifica
de todo o pecado (1 Jo 1.7-9).
XIII - Considerações
Finais
Temos nós a certeza de
que são verdadeiras as doutrinas que a Santa Igreja nos ensina?
Sim, temos a certeza
absoluta de que são verdadeiras as doutrinas que a Santa Igreja nos ensina,
porque Jesus Cristo empenhou a sua palavra, que a Igreja nunca se enganaria ("Terceiro Catecismo
de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto
de 1976, resposta à pergunta 862, p. 159).
Contrariando o que a Bíblia diz
em (1 Tm 4.1): Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas
de demônios. Como pode uma pessoa se apostatar sem nunca antes ter estado na
verdade?
Paulo procurava acautelar os
moradores de Roma em sua carta dizendo: E rogo-vos, irmãos, que noteis os que
promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos
deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu
ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples (Rm
16.17-18).
A Igreja de Jesus Cristo não se
define por lugares ou pessoas, mas por princípios de fé e prática, e perdendo
estes paradigmas a Igreja Cristã em Roma morre para se erguer uma formidável
organização, mas que não passa de uma criação humana, com influências
religiosas pagas.
Hoje o papa procura unir as
igrejas em torno de si mesmo, por meio do ecumenismo. Há, porém, os que estão
caindo nessa armadilha. O brado da Reforma Protestante de Sola Scriptura,
Sola Gracia, Solo Cristus e Sola Fides foi um apelo dramático ao
retorno às Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática. Foi por
questionar os dogmas papistas que muitos foram torturados e outros pagaram com
a vida. É difícil entender como os herdeiros da Reforma comungam com um
Evangelho rejeitado pelos reformadores.
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