SALMO 5
Este Salmo é companheiro do anterior. As circunstâncias são semelhantes,
mas o vers. 3 faz dele uma oração matinal.
a) A invocação (1-3)
O caráter urgente e intenso do poema é revelado pelo primeiro verso. Os
títulos Rei meu e Deus meu (2) implicam uma relação de intimidade entre Davi e
o Senhor que o coloca em posição de solicitar o auxílio do poder e da justiça
supremos. Pela manhã (3). O seu primeiro ato do dia consistirá em fazer ouvir a
sua voz perante o Senhor e então vigiará na expectativa da resposta do Senhor.
>Sl-5.4
b) Como Deus age com os ímpios (4-8)
Entretanto, o salmista medita no caráter de Deus que é tão diferente do
dos homens que se Lhe opõem, e é considerado no seu próprio coração de uma
forma tão elevada. À vista de Deus, as atividades dos homens ímpios são fúteis;
na Sua presença, os loucos ("arrogantes" -SBB) ou
"jactanciosos" serão derrubados. Todas as obras más e as palavras
falsas, que Deus odeia e abomina, serão destruídas.
O orador, depois, dá ênfase, em dois aspectos, àquilo que o distingue, a
ele próprio, dos homens maus, falsos e cruéis. Num temor reverente (em Teu
temor, 7) ele adora na casa de Deus (cfr. Sl 27.4). Pede também a Deus que o
guie. Ele não necessita apenas de conhecer o que é reto. Necessita de ver
removidos todos aqueles obstáculos que poderiam impedi-lo de andar no caminho
de Deus. Aplana diante de mim o Teu caminho (8); isto é, "faz que o Teu
caminho seja desobstruído" (Cfr. Is 40.4).
>Sl-5.9
c) O caminho de Deus com os justos (9-12)
Esta parte do Salmo ocupa-se com os mesmos elementos da seção anterior,
isto é, os ímpios e os tementes a Deus, mas a orientação e a ênfase são
completamente diferentes. Os vers. 4,6 consideram o ímpio como à vista de Deus;
os vers. 9-10 descrevem-nos como eles são na vida. Os versos 7-8 constituem uma
confissão humilde de confiança em Deus; os vers. 11-12 falam da jubilosa
confiança na bênção de Deus. A oração tornou-se mais precisa e a fé tornou-se
muito mais segura. A sua garganta é um sepulcro aberto (9), isto é, o que eles
dizem acarretar-lhes-á eventualmente a destruição. Este princípio do pecado,
que se faz acompanhar da sua recompensa e dos seus resultados inevitáveis, é
freqüentemente expresso no Saltério. Cfr. Sl 28.4 e ver Gl 6.7-8.
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