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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Desviando de Contendas (Parte I)




Muitas pessoas têm desperdiçado suas vidas cristãs ao tomarem decisões erradas, fora da vontade de Deus (como por exemplo, quando assumem um emprego, um casamento e uma educação errados, além dos erros cometidos na mudança de um lugar para o outro). E não é somente a juventude que toma decisões erradas; muitos adultos, e até pessoas idosas, têm cometido sérios erros.

            Daremos a seguir alguns princípios fundamentais para se tomarem decisões segundo a vontade de Deus:



1. - “Não se estribe no seu próprio entendimento” (Provérbios 3:5; 28:26; Jeremias 17:9).

A pessoa que confia no seu próprio entendimento não segue a vontade de Deus; por isso, em geral, ela toma decisões erradas. Por causa dos nossos corações decaídos, não temos a capacidade de tomar, por nós mesmos, decisões sábias. Portanto, devemos sempre buscar Deus e confiar exclusivamente nEle.

Para consegui-lo, devemos ser diligentes estudiosos da Bíblia, pois somente através desta conhecemos a mente do Senhor (1 Coríntios 2:16), Sua vontade (Salmo 119:105) e conseguimos fé (Romanos 10:17). Precisamos manter um estudo diário e efetivo da Bíblia. Devemos ser fiéis [atendentes] ao ministério da pregação e do ensino entregue numa igreja [realmente] crente na Bíblia. Devemos aproveitar cada oportunidade para crescer na graça e no conhecimento da santa Palavra de Deus, a fim de podermos conhecer e seguir a Sua vontade.



2. - Confie no Senhor e Lhe peça mais sabedoria (Provérbios 3:5-6). 

Em vez de confiar em nosso próprio entendimento, devemos nos lançar ao Senhor, implorando-Lhe sabedoria e direção em cada decisão importante. Ele prometeu guiar o Seu povo, mas devemos buscar a Sua orientação e não apenas presumi-la. Devemos reconhecê-Lo em todos os nossos caminhos. É uma tentação pensar: “Bem, o Senhor já sabe que necessito de Sua sabedoria e auxílio. Certamente, Ele vai mos dar, automaticamente” . De fato, Deus nos ensinou em Sua Palavra a orar específica e decididamente sobre todos os assuntos. Deixar de fazê-lo é dar um passo para se tomarem decisões erradas.



3. - Ande na luz (1 João 1:5-6). 

Viver em pecado é andar nas trevas, sendo isto um empecilho ao pensamento e à vida espiritual (1 Pedro 2:11).

            Quando um crente é desobediente e cínico em relação aos pais; grosseiro, crítico ou amargo, ao exercer autoridade sobre a esposa; e quando esta deixa de demonstrar a devida honra ao marido, mentindo, furtando e amando as coisas malignas do mundo, suas orações são interrompidas e eles não terão sabedoria para tomar decisões sábias.

Tomar decisões importantes, num estado espiritual decaído, é uma receita para o desastre. Muitos crentes que estavam com os seus corações afastados do Senhor contraíram matrimônio, assumiram um emprego ou um campo errado de educação e desenvolveram amizades sobre as quais irão se lamentar, profundamente, no futuro. Cuidado!



4. - “Deleite-se no Senhor” (Salmo 37:4) 

A melhor maneira de se conhecer a vontade é Deus é colocá-Lo no centro das afeições. Sua vontade não é conhecida por quem assume a vida cristã através de um simples “fazer” ou “não fazer” . Ela é encontrada pelos que conhecem Deus e nEle se deleitam. Quando assim agimos, Ele coloca os desejos corretos em nosso coração e, em seguida, realiza esses desejos. [N.T. - Quanto mais você estuda a Palavra de Deus, menos desejo de praticar o mal você acalenta no coração]. Por outro lado, os cristãos mundanos, ou nominais, vivem dominados por desejos fúteis, contrários à vontade de Deus, e se sentem frustrados, quando tais desejos não são realizados.



5. - Nunca tome uma decisão que o leve a desobedecer ao ensino da Bíblia (João 8:31-32).

            Qual é a vontade de Deus? Como sabemos encontrá-la? Basicamente, a vontade de Deus é que obedeçamos a Sua Palavra. Jesus descreveu isto como “andar na minha palavra” . Qualquer decisão que nos leve a desobedecer a Bíblia é contrária à vontade de Deus, sem exceção alguma. Isto é que significa “viver pela fé” . Viver pela fé é simplesmente crer em Deus e obedecer a Sua Palavra (Romanos 10:17); significa tomar decisões embasadas na Bíblia, em vez de embasadas nos sentimentos, pensamentos e circunstâncias. Em seguida, devemos confiar em Deus, pois Ele abrirá as portas certas e proverá as necessidades.

            Vamos considerar alguns exemplos e como estes se relacionam com o fato de tomar decisões sábias, conforme a vontade Deus:

            A Bíblia diz para não nos associarmos com o mal nem com a idolatria. (1 Coríntios 15:33; 2 Coríntios 6:14-18; Romanos 12:2; Efésios 5:11).
            Viver pela fé significa que não me associarei com estas coisas. Desse modo, não é a vontade de Deus que eu freqüente baladas, uma escola pagã ou consiga emprego num lugar que me exija participação na malignidade (como vender bebidas alcoólicas, usar roupas indecentes, assistir a filmes indecentes, tocar música maligna ou sensual), participar de rituais pagãos, desfiles de modas, etc. Lembro-me de uma adolescente numa igreja, a qual conseguiu emprego numa casa de exibição de filmes. Ela ficou saturada de ver filmes indecentes e pretendia sair, mas foi aconselhada a não fazê-lo, pelo mundano pastor de sua igreja. O resultado foi que, eventualmente, ela caiu num grave pecado. 
            Lembro-me de um homem empregado num bar-restaurante, o qual era responsável pela supervisão das festas mundanas que incluíam bebidas alcoólicas e dança. Ele não cresceu espiritualmente nem conseguiu tomar decisões sábias, enquanto não abandonou aquele emprego.

            A Bíblia ensina a não abandonar a congregação (Hebreus 10:25). A igreja é “a casa de Deus” (1 Timóteo 3:15). Portanto, não devemos tomar qualquer decisão que nos leve a abandonar a congregação, como a mudança para um lugar onde não exista uma boa igreja ou arranjar um emprego que nos afaste dos cultos. Lembro-me de um jovem em nossa igreja, que havia sido salvo do estilo de vida nas drogas. Ele prometia e estava crescendo no Senhor, até que os pais exigiram que ele voltasse a morar em sua [pequena] vila [onde não havia nenhuma boa igreja de que ele pudesse se tornar membro]. Contrariando o nosso conselho, ele foi; e, a partir daquele dia, ele retrocedeu na vida cristã. Temos visto acontecer isto muitas vezes.
            A verdade é que uma das principais razões para as pessoas abandonarem a igreja é que elas desobedecem a Deus, assumindo um emprego que as afasta dos cultos e, por isso, acabam retrocedendo. Consideremos as duas admoestações seguintes:

 “Perdemos cerca de 20% dos nossos jovens, depois do 7º grau; isto porque eles conseguem empregos que os afastam da igreja, por serem obrigados a trabalhar aos domingos. Quando conseguem tais empregos, fica mais fácil para se justificarem quanto à falta aos cultos dominicais, o que geralmente eles fazem” .

 “Temos observado que muitos crentes que abandonam [a igreja] têm a idéia de que se Deus lhes dá um emprego que exige a falta aos cultos, então está tudo bem. E se Deus lhes dá um emprego que exija o uso de roupas indecentes, tudo OK, pois eles acham que são bastante fortes para exercer empregos desse tipo e, ao mesmo tempo, continuar freqüentando a igreja. Como diretor dos jovens solteiros, tenho acentuado o fato de que Deus tem o emprego perfeito para nós e que Satanás tem também o dele. Contudo, a maioria dos garotos não espera pelo emprego que Deus vai lhe dar.” 

Quando uma pessoa vive pela fé, ela não aceita um emprego que a leve a desobedecer a Palavra de Deus, afastando-se da igreja. A Bíblia ensina para “não nos prendermos a um jugo desigual com os infiéis” (2 Coríntios 6:14). Desse modo, nunca é a vontade de Deus que um crente se case com um incrédulo, se associe em negócio com um incrédulo, ou coisas assim. Lembro-me de um homem, que foi um dos primeiros convertidos numa igreja nova. Ele ia bem, crescendo espiritualmente, até que entrou numa sociedade com um incrédulo, o qual costumava realizar negócios desonestos. Por causa disso, ele acabou na prisão e o seu testemunho foi corrompido.

A Bíblia diz para não nos associarmos com a falsa doutrina (Romanos 16:17; 2 João 10-11). Isto significa não ser a vontade de Deus que o crente freqüente um estudo bíblico ou uma igreja onde seja ensinada [alguma] falsa doutrina, onde ele leia livros, escute sermões de falsos mestres, ou mantenha relações de amizade com alguém que promova a falsa doutrina. Lembro-me de dois jovens de nossa igreja que muito prometiam e pareciam estar crescendo no Senhor, até que começaram a freqüentar um estudo bíblico conduzido por um falso mestre, e acabaram abandonando a igreja.

Tomar decisões sábias significa que um filho de Deus não fará coisa alguma contrária à Palavra de Deus. Quando desobedecemos a Bíblia, não podemos esperar a bênção de Deus. O que muitos cristãos fazem é organizar os seus próprios planos e, em seguida, pedir que Deus os abençoe; porém isto é um retrocesso [espiritual]. Primeiro devemos ter certeza de que os nossos planos estão de acordo com a vontade de Deus, para, em seguida, com razão, pedir e esperar a bênção de Deus.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Instituição dos Diáconos



Os Sete Diáconos foram líderes eleitos pela igreja antiga para pregar para as pessoas de Jerusalém. Consta que houve lamentos da parte dos "judeus que falavam grego" ("hellēnistōn") contra os "judeus que falavam hebraico" ("hebraious") porque suas viúvas estavam sendo preteridas na distribuição (diakoniāi) diária de alimentos (Atos 6:1). Os apóstolos convocaram então os discípulos e propuseram que fosse formada uma comissão de "sete homens acreditados (martyroumenous), cheios de espírito e de sabedoria" (Atos 6:3), que se incumbiriam da distribuição. Esta história está descrita nos Atos dos Apóstolos (Atos 6:1-7) e os sete são objeto de muitas tradições posteriores, como a que afirma que eles eram todos parte dos Setenta Discípulos que aparecem no Evangelho de Lucas.

São os sete: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau.
Paulo expande as qualificações de um diácono nas seguintes passagens:

«Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos.» (Filipenses 1:1)
«Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos» (I Timóteo 3:8)
«Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos» (I Timóteo 3:10)
«O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa» (I Timóteo 3:12).
Três são as bases ou plataformas para praticar a diaconia: O ser humano, a igreja e a sociedade, ou seja, a antropologia, a eclesiologia e a sociologia.
Na primeira base devemos considerar que todas as pessoas são imagem e semelhança de Deus, por isso devem ser respeitados e ajudados. Esta necessidade aflora quando ocorre o novo nascimento. Nesta nova vida em Cristo (2 Co 5.17), com a imagem de Deus restaurada, surge a necessidade de fazer algo pelo semelhante. E a igreja, movida pela graça e amor do Senhor, organiza-se e procura amenizar os sofrimentos alheios.
Na segunda base, a igreja como organização procura o bem estar dos seus fiéis. Através do diaconato ocorre a recepção dos irmãos e visitantes nas reuniões (Cultos e programações especiais), a ordem nas reuniões, a prática de toda a liturgia, a vigilância das vidas e bens dos congregados, a proteção dos bens patrimoniais da igreja e a prática da filantropia.
Na terceira base, há uma sociedade que olha para a igreja e espera dela que não apenas diga o que fazer, mas faça o que deve ser feito. As “ações” cristãs falam mais alto que as “palavras”. Então, compreender as necessidades alheias e ajudar é praticar o Evangelho do Reino. O Evangelho deve sair da mente, atingir o coração e mover as mãos incondicionalmente na direção dos desfavorecidos. Não podemos ficar surdos em relação ao clamor das pedras, nem cegos para não ver que muitos sem as verdades completas da Bíblia estão praticando as boas ações em relação ao próximo.

As atividades Diaconais quando bem exercidas promovem o crescimento qualitativo e quantitativo da igreja. Nunca é demais compreender e valorizar este indispensável Ministério.

domingo, 3 de julho de 2016

O amor de Deus: compreendendo para não se afastar deste Amor



Texto: Judas 21 Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna.

Quando é permitido estudar sobre o amor de Deus, poder-se-ia afirmar que tal reflexão é mui prejudicada, pelo que é demonstrado no decorrer da vida cristã. O homem proporciona a si mesmo a visão de um Deus antropomórfico e antropopático, para haver melhor compreensão dEste. Deus o mesmo se expressa assim pelos seus profetas, no decorrer das Santas Escrituras: antropomórfico, forma humana (Exod. 15:3; Num.. 12:8) com os pés (Gen. 3:8; Exod. 24:10); mãos (Exod. 24:11; Josh. 4:24); boca (Num. 12:8; Jer. 7:13); e do coração (Os. 11:8). Antropopático, sentimento humano (Gn 6, 6) ciúmes, vingança, ira (Naum 1:2); amor (João 3:16; 1 João 4:8) etc.. Então para compreender é necessário entender a Deus como Espírito (Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. João 4:24), ou seja, buscar o entendimento pelo que Ele É; sendo assim, Ele é causa sui  podemos dizer que ser causa de si equivale a ser eterno, isso implica em não poder “ser explicada pela duração ou pelo tempo, ainda que se conceba a duração sem começo e sem fim” (Espinosa). Destarte, Deus É (Disse Deus a Moisés: "Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês". Êxodo 3:14) antes do próprio princípio Deus é (Gên 1:1). Sendo assim, Deus é atemporal, “existe” antes do tempo, podendo então compreender que sendo sentimentos temporais, Deus não os possui. Então como ver o amor de Deus?
Primeiramente dever-se-ia ver o amor de Deus da maneira bíblica, contudo a Sagrada Escritura explica o amor de Deus em cinco facetas de expressão.
Prmeiro é o amor peculiar do Pai pelo Filho, e do Filho pelo Pai. Tal amor é expressivo no evangelho escrito pelo apóstolo João, este amor utiliza duas palavras gregas agapaõ e phileõ (João 3:35; 5:20). Este amor intra-Trinitariano é o exemplo de Deus para o Mundo, aponto deste se tornar uma ponte de compreensão de Deus, e de sua vontade (João 14:31).
O segundo Amor expresso nas Escrituras Sacras é o denominado providencial sobre tudo o que Ele fez. Em termos usual a Bíblia não usa a palavra amor para este tipo de amor, mas é muitíssimo fácil de identificá-lo, em Genesis 1 Deus anuncia que tudo que fez foi bom. Este é o produto de um Deus amoroso. O Senhor amoroso cuida de sua criação mesmo que aparentemente não aparenta ter valores (Mateus 6:26; 10:29). Este exemplo é para acalentar aos que padecem, pois o Senhor sempre cuida de sua criação.
O terceiro amor demonstrado nas Escrituras é a postura salvadora em relação ao mundo caído. O texto áureo da Bíblia (João 3:16) demonstra este grade amor. Deus em Cristo revelado a este Mundo caído trazendo o anúncio da Salvação a todos, desvendado o Mistério oculto em Deus na eternidade (Romanos 16:25-27). O que é muitíssimo importante, é que este amor tira os eleitos do Mundo como foi à exemplo com os Apóstolos (João 15:19). É certo que Deus se coloca como Juiz deste Mundo, mas é Ele também que oferece a única e última chance deste Mundo se arrepender (Ezequiel 33:11).
O quarto amor é aos eleitos, que é efetivo e seletivo de Deus. Este amor é balizado pela soberania do Senhor, de eleger em si e não nos méritos de outrem. Exemplo prático é o da eleição de Israel como uma nação que seria representante da glória de Deus neste Mundo (Deut. 7:7-8; 4:37; 10:14-15). Este amor é extremamente diferente dos exemplos supracitados, este é o amor peculiar dirigido unicamente aos eleitos (Mal. 1:1-3). Isto é semelhante ao amor de Cristo a igreja (Efésios 5:25).
O quinto amor é o condicional ou providencial, isto é, condicionado a obediência. Este amor tem haver com o crescimento de nosso conhecimento dEle, tendo em vista,  o alerta de Judas 21, que alerta aos leitores de sua epístola à "conservar neles o amor prático de Deus ", está claro que este não é o amor providencial de Deus. Nem é este amor eterno e eletivo.
Jesus Cristo também fala sobre este assunto de maneira direta e franca em (João 15:9), os orientando a estarem neste amor. "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João 15:10).
Permanecer neste amor é também orientação contida nos dez mandamentos "E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos" (Êxodo 20:6), ou seja, Deus deseja expressar seu amor, todavia, não de qualquer forma ou maneira, mas trazendo o direito pela obediência de seus eleitos (Efeitos 1:1-13).
Destarte, há compreensão deste amor fervoroso, convidativo e exigente, que é exibido de forma clara e enfática na Cruz, "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Cor. 5:14-15). Assim, todos os salvos são devedores deste amor.

sábado, 2 de julho de 2016

Adoção



Gálatas 4:5: “Para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”.

O dom da justificação, isto é, a presente aceitação por Deus, o Juiz do mundo, é acompanhada pelo dom da adoção, isto é, o dom de a pessoa poder tornar-se filho do Pai Celestial (Gl 3.26; 4,4-7). No mundo de Paulo, a adoção se fazia comumente de jovens adultos, homens, de bom caráter, que se tornavam herdeiros e mantinham o nome da família de pessoas ricas que, de outro modo, não teriam filhos. Paulo, contundo, proclama a adoção graciosa de Deus, que adota indivíduos de mau caráter, para se tornarem “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” (Rm 8.17).

A justificação é a benção básica sobre a qual se fundamenta a adoção; a adoção é a bênção culminante para a qual a justificação abre caminho. O status de adotado pertence a todos os que recebem Cristo (Jo 1.12). Em Cristo e através de Cristo, Deus ama seus filhos adotivos, como ama a seu Filho unigênito, e partilhará com eles a glória que Cristo usufrui agora (Rm 8.17, 38-39). Os crentes estão sob o cuidado e disciplina paternais de Deus (Mt 6.26; Hb 12.5-11). Eles devem orar a Deus que é seu próprio Pai do céu (Mt 6.5-34), expressando desse modo o instinto filial que o Espírito Santo implantou neles (Rm 8.15-17; Gl 4.6).

Adoção e regeneração constituem duas realidades que permanecem juntas, como dois aspectos da salvação assegurada por Cristo (Jo 1.12-13), porém são realidades que devem ser distinguidas entre si. A adoção resulta num novo relacionamento, enquanto que a regeneração é uma mudança de nossa natureza moral. Contudo, a conexão entre elas é clara. Deus quer que seus filhos, a quem ele ama, tenham o seu caráter e, para isso, ele toma providências.