O pensamento sobre o Mundo e a
humanidade é progressivo em todas as culturas. O Mundo discutido pelo
pensamento filosófico que é dividido em duas visões: noumena, o Mundo criado
pela alma humana, e a outra divisão é phenomena, o Mundo que inclui o
corpo do homem. Todavia, o pensamento hebraico é que o Mundo foi criado por
Deus, e isto, remete então o aforisma que tudo converge nEle e para Ele (Romanos
11:36).
A) O
Mundo
O Mundo para Jesus Cristo também
era criado pelo Pai, e toda a sua habitação (Marc. 13:19; Mat. 19:4). Deus não
é apenas o Arquiteto e Edificador (Hebreus 11:10), mas também aquele que
sustenta todas as coisas (Luc. 12:22ss). As dádivas do cuidado de Deus são
tanto para os bons como para os maus (Mat 5:45), haja vista, que tudo está em
suas mãos (Ecl. 9:1), isto é, Ele é o Senhor dos céus e da Terra (Luc. 10:21).
Contudo,
o bem supremo de Deus não pode ser encontrado na criação. E seria inútil o
homem “ganhar o Mundo inteiro e perder a sua alma” (Marc. 8:36). Neste contexto
“o Mundo” (cosmos) não é o mundo físico ou da humanidade, mas, sim, o
conjunto complexo de toda criação de Deus; destarte, a convergência alcançada a
toda criação em Jesus Cristo (Efésios 1:10). Sendo assim, o homem poderia
conquistar o que ele desejasse neste mundo (Mat. 4:8-9) e, mesmo assim não
chegaria ao conhecimento de Deus. Igualmente, o homem então passa a buscar a
grandeza de onde ele é inserido, a saber, a importância de seu meio. Tornando
então o amor às riquezas instrumento de princípio de todo o mal (1 Timóteo 6:10).
É somente por obra do Espírito Santo, que o homem colocará Deus em primeiro
lugar; pois é, que o seu amor natural pelo Mundo poderá ser sobrepujado (Marc.
10:27).
b) A Humanidade
A humanidade é a coroa da criação
de Deus, e o fruto das mais augustas especulações da mente finita da própria
humanidade. Assim, para entender o que não é entendível ao seu próprio
questionar (Jer. 17:9-10), deves então entender os quatro ensinos básicos
bíblicos sobre o homem: 1) O ser humano tem um valor supremo como filhos de
Deus; 2) O ser humano deve uma relação de confiança e obediência filial; 3) A
existência de uma irmandade universal; 4) O pecado quebrou a relação paternal
com Deus.
Os
seres humanos, apesar de irem contra Deus, não se tornaram por completos
rejeitados por Deus (Gên. 3:9). Deus demonstra no curso da história um cuidado
especial com o homem, e o Senhor Jesus Cristo mostra isto por intermédio de uma
estória em Mateus 6:26-30. O cuidado de Deus chega ao ponto de saber a quantidade
dos cabelos dos homens (Mat. 10:30).
O
homem tem a obrigação de servir a Deus, e não tem o direito de exigir nada
dEle. Quando fizeram tudo quanto tiveram a possibilidade de fazer, não fizeram
mais do que esperado (Luc. 17:7-10). O ser humano é completamente dependente de
Deus, e incapaz de outorgar algo em sua vida (Mat.5:36; 6:27). O homem pode
procurar segurança em suas conquistas, mas Deus pode tirá-lo de perto delas
antes que este possa desfrutá-las (Luc. 12: 16-21). Deus pode condenar o homem
ao inferno (Mat. 10:28). E Deus é juiz sobre todo o seu pensamento e ações
(Mat. 25:41 ss).
Todos
os homens são pecadores, por isto, todas as tragédias humanas não são imputadas
sobre as pessoas na proporção de sua pecaminosidade; mas todas elas
precisam arrepender-se, ou perecerão (Luc. 13:1-5).
As
pessoas encontram seu valor último para Deus quando aprendem a serem ricas não
apenas para o Mundo e sim para Deus (Luc. 12:15-21). É loucura ganhar o mundo
inteiro e perder a sua vida verdadeira, que é a presença de Deus (Mat. 16:26),
que só pode ser encontrada com a comunhão com Deus. O Senhor não quer homens
ricos; poderosos; igrejas grandes ou ricas; o Senhor quer festa nos céus, e
isto somente ocorrerá quando o pecador se arrepende (Luc. 15:7).