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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Reino Escatológico



Na mensagem de Jesus Cristo é encontrado um dualismo entre esta era e a por vir. A vinda do Reino de Deus (Mat. 6:10) ou o seu aparecimento (Luc. 19:11) que será o fim desta era para a era futura. Este Reino de Deus é mencionado em (Dan. 12.2), como sendo um governo teocrático. Mas, quando Jesus Cristo diz respeito ao Reino de Deus a seus discípulos, este refere ao século futuro (Mat. 10:17-31).
          
      A vinda do Reino de Deus é o fim de toda a obra do diabo e de seus anjos (Mat. 25:41), será uma sociedade sem pecado, sem mal (Mat. 13:36-43), e a comunhão perfeita com Cristo demonstrada pelo banquete messiânico (Luc. 13:28-29). Nesse sentido, o Reino de Deus é um sinônimo para o século futuro.
               
   A grande diferença do Reino de Deus pregado por Cristo para o pregado pelos profetas anoso testamentário é a universalidade. No Antigo Testamento o Reino de Deus é singularmente destinado a Israel (Amos 9:12; Miq. 5:9; Isa. 45:14-16; Isa. 60:12, 14), outras vezes porém são vistos como convertidos (Sof. 3:9, 20; 2:2-4; Zac. 8:20-23), mas sempre sendo Israel como nação soberana.

               
  Quando inicia a pregação de João Batista a ideia do particularismo judaico é rejeitada, o Reino de Deus é para aqueles que se arrependeram de seus pecados. Jesus Cristo por ser conhecedor dos corações destes; ele ensina que outros tomaram o lugar destes no Reino Vindouro (Mat. 8:12). Haja vista, que os filhos de Deus para Jesus Cristo são aqueles que nasceram de novo, ou seja, ouviram e entenderam a Palavra de Cristo (Mat. 13:38). Para ser inserido neste Reino de Deus o individuo precisa receber a proclamação deste Reino de Deus, com atitude de completa obediência e dependência, ser literalmente como uma criança (Marc. 10:15).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Reino de Deus e O Reino dos Céus


As duas termologias têm ocupado lugar primaz no entendimento do evangelho pregado por Jesus Cristo. Os termos “Reino de Deus” que no grego é basileia tou theou, é o mais utilizado pelos estudantes de escatologia (escathon). Todavia, basileia que substitui a palavra hebraica malkût, não há um consenso termológico. Muitos defendem que basileia seja o escathon. Destarte, é impossível o entendimento de escathon referir tanto ao presente como o futuro, haja vista, que o termo escathon na sua etimologia é referido sempre no futuro. Mas, contudo, o termo malkût é abstrato, significa domínio, ou governo (Salmos 145:11, 13; Salmos 103: 19). Hoje o judaísmo entende basileia como domínio e soberania de Deus. E, desta maneira é a melhor forma de entender os Evangelhos. Analisando diversos textos dos Evangelhos é claro o entendimento de basileia como “reino” ou “governo”, ou seja, estado absoluto da Soberania de Deus (Lucas 19:12; 23:42; João 18:36; Apoc. 17:12). Um dos grandes exemplos disso é a oração do Pai Nosso (Mateus 6:10), que pede para que o Seu domínio seja efetuado neste Mundo. O “Reino” designado por Jesus aos seus discípulos (Lucas 22:29) é o governo real.
                No evangelho de Jesus Cristo escrito por Mateus é utilizado à palavra “Reino dos Céus”. Muitos pregadores da atualidade tentam encontrar um significado diferente de “Reino de Deus”, contudo, a expressão “céus” é semítica usada comumente para substituir a palavra “Deus” (ver Lucas 15:18).

                Jesus Cristo não evitou utilizar a palavra “Deus”, então quando é utilizada a palavra “Céus” em vez de “Deus”, não se refere a uma nova ideologia. O significado é o mesmo, o estabelecimento da soberania de Deus na Terra.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O Mundo e a Humanidade


O pensamento sobre o Mundo e a humanidade é progressivo em todas as culturas. O Mundo discutido pelo pensamento filosófico que é dividido em duas visões: noumena, o Mundo criado pela alma humana, e a outra divisão é phenomena, o Mundo que inclui o corpo do homem. Todavia, o pensamento hebraico é que o Mundo foi criado por Deus, e isto, remete então o aforisma que tudo converge nEle e para Ele (Romanos 11:36).
A)     O Mundo
O Mundo para Jesus Cristo também era criado pelo Pai, e toda a sua habitação (Marc. 13:19; Mat. 19:4). Deus não é apenas o Arquiteto e Edificador (Hebreus 11:10), mas também aquele que sustenta todas as coisas (Luc. 12:22ss). As dádivas do cuidado de Deus são tanto para os bons como para os maus (Mat 5:45), haja vista, que tudo está em suas mãos (Ecl. 9:1), isto é, Ele é o Senhor dos céus e da Terra (Luc. 10:21).
                Contudo, o bem supremo de Deus não pode ser encontrado na criação. E seria inútil o homem “ganhar o Mundo inteiro e perder a sua alma” (Marc. 8:36). Neste contexto “o Mundo” (cosmos) não é o mundo físico ou da humanidade, mas, sim, o conjunto complexo de toda criação de Deus; destarte, a convergência alcançada a toda criação em Jesus Cristo (Efésios 1:10). Sendo assim, o homem poderia conquistar o que ele desejasse neste mundo (Mat. 4:8-9) e, mesmo assim não chegaria ao conhecimento de Deus. Igualmente, o homem então passa a buscar a grandeza de onde ele é inserido, a saber, a importância de seu meio. Tornando então o amor às riquezas instrumento de princípio de todo o mal (1 Timóteo 6:10). É somente por obra do Espírito Santo, que o homem colocará Deus em primeiro lugar; pois é, que o seu amor natural pelo Mundo poderá ser sobrepujado (Marc. 10:27).
 b) A Humanidade
A humanidade é a coroa da criação de Deus, e o fruto das mais augustas especulações da mente finita da própria humanidade. Assim, para entender o que não é entendível ao seu próprio questionar (Jer. 17:9-10), deves então entender os quatro ensinos básicos bíblicos sobre o homem: 1) O ser humano tem um valor supremo como filhos de Deus; 2) O ser humano deve uma relação de confiança e obediência filial; 3) A existência de uma irmandade universal; 4) O pecado quebrou a relação paternal com Deus.
                Os seres humanos, apesar de irem contra Deus, não se tornaram por completos rejeitados por Deus (Gên. 3:9). Deus demonstra no curso da história um cuidado especial com o homem, e o Senhor Jesus Cristo mostra isto por intermédio de uma estória em Mateus 6:26-30. O cuidado de Deus chega ao ponto de saber a quantidade dos cabelos dos homens (Mat. 10:30).
                O homem tem a obrigação de servir a Deus, e não tem o direito de exigir nada dEle. Quando fizeram tudo quanto tiveram a possibilidade de fazer, não fizeram mais do que esperado (Luc. 17:7-10). O ser humano é completamente dependente de Deus, e incapaz de outorgar algo em sua vida (Mat.5:36; 6:27). O homem pode procurar segurança em suas conquistas, mas Deus pode tirá-lo de perto delas antes que este possa desfrutá-las (Luc. 12: 16-21). Deus pode condenar o homem ao inferno (Mat. 10:28). E Deus é juiz sobre todo o seu pensamento e ações (Mat. 25:41 ss).
                Todos os homens são pecadores, por isto, todas as tragédias humanas não são imputadas sobre as pessoas na proporção de sua pecaminosidade; mas todas elas precisam arrepender-se, ou perecerão (Luc. 13:1-5).

                As pessoas encontram seu valor último para Deus quando aprendem a serem ricas não apenas para o Mundo e sim para Deus (Luc. 12:15-21). É loucura ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida verdadeira, que é a presença de Deus (Mat. 16:26), que só pode ser encontrada com a comunhão com Deus. O Senhor não quer homens ricos; poderosos; igrejas grandes ou ricas; o Senhor quer festa nos céus, e isto somente ocorrerá quando o pecador se arrepende (Luc. 15:7).