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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DESÂNIMO E ABATIMENTO MUDADOS EM CONFIANÇA


SALMO 13

Enquanto que o Salmo 12 era um lamento por causa da degeneração da sociedade, o Sl 13 é um grito pessoal e lancinante. A forma como principia é caracterizada por frustração tediosa e paciência cansada. Mas o simples ato do apelar para Deus estimula a esperança do salmista de modo que a parte final é marcada por uma apreciação alegre do trabalho e do propósito de Deus na sua vida. O Salmo divide-se em três partes: O apelo em quatro aspecto; Um temor em quatro aspectos; e uma certeza em quatro aspecto.

a) O apelo em quatro aspectos (1-2)

As palavras até quando... para sempre? constituem uma pergunta em que a esperança e o desespero se perseguem mutuamente no círculo fechado do momento em que a pressão é sentida. (Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?
Salmos 74:10; Até quando, SENHOR? Acaso te indignarás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo? Salmos 79:5; Até quando, SENHOR? Acaso te esconderás para sempre? Arderá a tua ira como fogo?  Salmos 89:46
). Os quatro aspectos do sofrimento são: solidão, porque Deus está esquecido dele; vergonha, porque parecendo que Deus não cuida dele transmite-lhe o sentimento da sua insignificância; desespero, porque ele é deixado aos seus próprios recursos, tão pobres para iludir os planos dos seus inimigos; injustiça, porque os seus inimigos têm a vantagem e estão exaltados, enquanto que aquele que busca viver retamente como diante do Senhor acha-se abatido e destituído de poder.

>Sl-13.3

b) Um temor em quatro aspectos (3-4)

Alumia os meus olhos (3); isto é, "revigoram". (Porém Jônatas não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus olhos.  1 Samuel 14:27). Este é um apelo positivo entre expressões negativas. Atenta (olha ou contempla). O apelo direto: "atenta em mim, ouve-me, ó Senhor, meu Deus" -expressa o temor de que Deus não responderá a menos que seja solicitado a fazê-lo. O salmista vê-se constrangido a clamar a Deus, não só porque lhe é doloroso julgar-se negligenciado por Deus, mas também para que a morte não venha sobre si de uma forma tão inexorável como o seu próximo sono, para que os seus inimigos não sejam finalmente triunfantes sobre ele, e para que os mesmos não tenham motivo para se regozijar em virtude de finalmente ele ser removido da sociedade humana. Estes temores são obviamente paralelos aos quatro aspectos de dor nos vers. 1-2: solidão; vergonha; desespero; e injustiça.

>Sl-13.5

c) Uma certeza em quatro aspectos (5-6)

A encarar aquilo de que a sua alma está tão intensamente privada, achando-se numa posição mesmo contrária é ressaltar pela fé para uma experiência de satisfação os apelos impulsivos e as reflexões sóbrias dos versos 1-4 não representam a atitude fundamental e a disposição do seu coração. Mas eu (5); isto é, "quanto a mim confio em ti". "O meu coração se alegrará... cantarei" (5-6). O seu desânimo dá lugar à confiança na medida em que a sua fé se firma nos quatro característicos do Senhor: a sua misericórdia para com os homens (Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia.
Salmos 116:5
), a sua intervenção libertadora, a sua prontidão em dar aquilo que verdadeiramente encanta os homens (Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; SENHOR, não te detenhas. Salmos 70:5), e a sua bondade abundante exatamente para o homem que tem estado sem repouso (Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça.
Salmos 145:7
). Esta esperança irreprimível, sempre clarificada e cristalizada pela oração, é uma das características constantes do Saltério (Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.  1 Coríntios 15:19Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu . Hebreus 6:18-19). 

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