SALMO 12
Embora este Salmo pertença ao vasto grupo dos lamentos perante o sucesso
dos que praticam o mal (por exemplo Sl 7; 10; 17; 25; 37), o tema respectivo é
mais especializado do que o de alguns. A atividade dos ímpios é primariamente
sentida pelos inocentes e pelos piedosos como se desenvolvendo no domínio da
fala, isto é, uma falsificação e perversão do dom divino da linguagem. Pelo que
a intervenção de Deus deve ser não só por meio de atos, mas também por
palavras. O poema expressa a pureza real da palavra de Deus em oposição às
plausíveis reivindicações de lábios vãos.
>Sl-12.8
a) A tendência social (1,8)
O primeiro e os últimos versos oferecem um esboço da corrupção
contemporânea da sociedade em que homens indignos e baixos ocupam posições de
influência e de poder, de tal modo que a impiedade é abertamente aprovada
enquanto os homens retos, de fé piedosa, são forçados a sair da vida pública.
>Sl-12.2
b) A língua lisonjeira e enganosa (2-4)
A comunicação entre os homens está crivada de falsidade, lisonja,
duplicidade, e vaidade de discursos (cfr. Tg 3.5-10 Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes
coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um
fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e
contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo
inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de
répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas
nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia
de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os
homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede à bênção e
maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim). O Senhor cortará
(3). Melhor, "Que o Senhor corte...". O auge do orgulho humano é
atingido quando os homens forjam a linguagem numa arma de tal forma poderosa
que a publicidade enganosa parece invencível (4).
>Sl-12.5
c) A verdade sublime (5-6)
Embora os homens vãos e vis desdenhem do homem pobre que clama a Deus, o
seu desprezo é tão destituído de fundamento como o seu orgulho. A verdade é que
Deus está absolutamente consciente da opressão dos fiéis e intervirá no devido
momento para nos trazer a segurança. Aquele para quem eles assopram (5). Como
prata refinada em forno (6). Esta imagem de um cadinho do qual a prata
plenamente refinada é vazada em modelos postos em terra, é uma ilustração
adequada da pureza, valor e aplicabilidade, às necessidades terrenas, da
palavra divina rapidamente revelada e preservada para sempre. Noutros lugares,
no Velho Testamento, o processo de refinação é quase sempre aplicado aos filhos
de Deus que são purificados na fornalha da aflição.( Cfr. Ez 22.17-22 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do
homem, a casa de Israel se tornou para mim em escórias; todos eles são bronze,
e estanho, e ferro, e chumbo no meio do forno; em escórias de prata se
tornaram. Portanto assim diz o Senhor DEUS: Pois que todos vós vos tornastes em
escórias, por isso eis que eu vos ajuntarei no meio de Jerusalém. Como se
ajuntam a prata, e o bronze, e o ferro, e o chumbo, e o estanho, no meio do
forno, para assoprar o fogo sobre eles, a fim de se fundirem, assim vos
ajuntarei na minha ira e no meu furor, e ali vos deixarei e fundirei. E
congregar-vos-ei, e assoprarei sobre vós o fogo do meu furor; e sereis fundidos
no meio dela. Como se funde a prata no meio do forno, assim sereis fundidos no
meio dela; e sabereis que eu, o SENHOR, derramei o meu furor sobre vós; Malaquias 3:3E assentar-se-á como fundidor e
purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e
como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça).
>Sl-12.7
d) Confiança plena (7)
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