Não é acidentalmente que Deus é chamado de “Nosso Pai”. Deus, por ser o nosso Pai, nos “dá vida, respiração e tudo mais” (Atos 17:25). Deus é o nosso Pai por criação. O Estado não nos chamou à existência. (O Estado também não pode terminar nossa existência eterna, apenas a física.) “Vida, Liberdade, e a Busca da Felicidade” não nos são dados pelo Estado; antes, são uma “doação”, dons da mão graciosa de Deus para serem protegidos e assegurados pelo Estado. Quando o Estado recusa fazer isso, ele se torna um ladrão, ou cúmplice de ladrões. Deus é o nosso Pai porque ele dá e tira a vida: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1:21).
O Estado não tem nada para dar, exceto aquilo que ele primeiro toma. Deus é o nosso Pai no fato de suas palavras serem o nosso sustento. Todas as promessas de provisão feitas pelo Estado são temporárias: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt. 4:4; cf. Dt. 8:3). Jesus citou esse versículo quando o diabo pediu para que ele transformasse pedras em pão, como sinal de seu poder miraculoso. Mas o Cristianismo não é baseado em magia; é baseado na Palavra de Deus. É baseado na ética, não na manipulação de matéria. Se quisermos riqueza terrena, devemos trabalhar duro e fielmente, economizando para o futuro, buscando assim o reino de Deus de uma maneira leal. Essa mensagem é repetida continuamente no Livro de Provérbios. Não existe substituto legítimo, especialmente o roubo. Todavia, a sociedade de hoje é baseada sobre a política de roubo: “Não furtarás, exceto por voto majoritário”. Tal visão de governo civil é imoral. Deus quer que olhemos para ele por provisão, não para o Estado: Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR prometeu sob juramento a vossos pais. Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem. Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus. (Dt. 8:1-6)
Quase sempre os israelitas estavam em necessidade de provisões, desejando voltar para o Egito, voltar à segurança imaginária do que criam ser o Estado paternal. Quando os escravos israelitas libertados estavam com fome, ao invés de se voltarem para Deus o seu Pai para provisão, eles se voltaram para a suposta segurança do Egito tirânico: “Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão” (Ex. 16:3). O deus deles era a sua barriga (Fp. 3:19). “Porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre” (Rm. 16:18). Finalmente, Deus é o nosso Pai no fato de ter nos redimido. Num sentido, Deus é o Pai de todos. Mas num sentido muito especial, Deus é o Pai somente dos seus filhos adotados. Jesus chamou os fariseus de filhos do diabo, pois repudiaram sua obra redentora (João 8:31-47). São filhos adotados aqueles que podem clamar agora: “Aba, Pai” (Rm. 8:15).
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