O Reino de Deus foi inserido
neste Mundo em meio ao Império das trevas, assim ainda o é hoje, a pregação da
igreja é feita nos lugares a onde há um domínio das trevas (II Corintios 10:4).
Quando o próprio Reino veio ao Mundo, este estava em trevas à beira da sombra
da morte (Lucas 1: 78-80). Quando Jesus foi comissionado ao seu ministério logo
após ele foi impelido à tentação pelo o império deste Mundo (Mateus 4:1). Numa
das tentações Jesus Cristo é levado ao cume do Templo, e Satã faz lhe uma
promessa interessante ao ponto de vista: 6 E lhe disse: "Eu lhe darei toda a
autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso
dá-los a quem eu quiser” (Lucas 4:6). Muitos quando leem este
texto se preocupam apenas com a tentação, mas, contudo, o ponto chave está na
frase me foram “dados e posso dá-los a quem eu quiser”. O diabo é o
príncipe do mau, dos opressores do povo de Deus (Marcos 3:22).
A
ideia de uma hoste de espíritos que rodeiam a Deus é desde o Antigo Testamento
(Sal. 82:1; 89:6; Dan. 7:10), e todas estas hostes estão sobre o domínio de
Deus, em Jó 1-2 monstra que Satã é um destes espíritos; é de suma importância
entender que Satã não tem autonomia para realizar o que quiser, mas todo os
seus atos são regidos por Deus (I Crônicas 21:1; II Samuel 24:1). A cultura de
espíritos maus é mais evidente em literaturas intertestamentárias judaicas que
proliferaram estas doutrinas (1 En. 6; 15), e também a origem de Demônios, e
têm também neste livro uma distinção entre os anjos caídos (vigias)
e os demônios (gigantes). Neste livro é atribuído todo o ensinamento do pecado
a um anjo
em especial Azazel (I En. 10:12).
No
Novo Testamento a principal função de Satã é opor-se ao propósito redentor de
Deus. Vimos que na tentação ele reivindica o poder que é dado a ele, o onde
Jesus Cristo não o questiona (Lucas 4:6). Esta ideia é ratificada por Paulo em
(II Coríntios 4:4), a mesma ideia está em refletida em Mateus 12:29, em que
Jesus fala da invasão da “casa do valente” – esta era
presente, no objetivo de despojá-lo.
É
importante lembrar que em nem um momento nas Sacras Escrituras existe um
dualismo de poder, ou seja, Deus é absoluto. No novo testamento Deus é
explicitamente criador de todas as soberanias espirituais. Nos textos
apocalípticos estas criaturas sofrerão o juízo no fim de tudo.
Na
teologia do Novo Testamento o príncipe de império é causador de diversas
oposições aos seres humanos e a igreja. Em Lucas 13:16 uma mulher andava a 18
anos em curvada pressa por Satã. Destarte, as atividades dele se concentram em
maior parte a parte moral e ética (Gálatas 5:19-21). Em quanto o julgamento
final não for estabelecido a igreja terá dentro de si pessoas influenciadas por
Satã (Mateus 13:38), que é o símbolo da sociedade mista que é representada na
parábola do joio e do trigo. O Espírito do Mundo deseja que a Palavra de Deus
seja sufocada para que assim Ela seja retirada dos corações (Marcos 4:15). Na
tentação de Cristo, Satã o tentou a desviar de sua missão redentora, e usou até
mesmo Pedro neste papel (Marcos 8:33). Cumprido já o propósito de Deus, Satã
apossou também de Judas, levando-o a atrair Jesus e a entregá-lo aos sacerdotes
(Lucas 22:3). Satã também quis a Pedro para humilhar, e fazê-lo sofrer, contudo
o Senhor Jesus intercedeu por Pedro (Lucas 22:31).
A
teologia do novo testamento é feita para demonstra que o Senhor Jesus Cristo é
a vitória sobre a toda potestade (Colossenses 1:13-23). Contudo, há ainda uma
batalha a ser travada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário