Texto: João 7:53;
8:1-11.
Este texto de grande
calor emocional não faz parte dos rolos mais antigos, contudo é certo que este
fato aconteceu, e demonstra de forma bem clara o ministério do Messias concernente
a Salvação de um pecador destituído da Glória de Deus com o seu perdão inefável.
John Piper fala algo sobre isto ao comenta o trecho de João 7:53; 8:1-11 integrando
com Romanos 3:23:
Neste
trecho Jesus é o coerente com todo o restante do Evangelho, pois ilustra a
compaixão de Jesus pelas pessoas pecadoras, onde todos estão inseridos (Romanos
3:23), ou seja, todos nós nos tornamos aquela mulher, destituídos da Glória de
Deus, carentes de Deus. O que
significa ”destituídos da glória de Deus”? Significa que nenhum de nós confiou
e estimou a Deus da maneira que deveríamos. Nós não ficamos satisfeitos com a
sua grandeza e não andamos em seus caminhos. Temos buscado nossa satisfação em
outras coisas, e as tratamos como mais valiosas do que Deus, e isso é a
essência da idolatria (Romanos 1:21-23). Desde que o pecado entrou no mundo
todos nós temos sido profundamente resistentes a ter Deus como nosso tesouro
todo-satisfatório (Efésios 2:3). Isto é uma ofensa terrível contra a grandeza
de Deus (Jeremias 2:12-13).
Assim, Jesus Cristo
surpreende aos acusadores desta mulher que lhe flagraram em um ato de
adultério. Destarte, estes mesmos já haviam desconsiderado a Lei de Moisés
(8:4-6); em Levítico 20:10; e Deuteronômio 22:22 é claro em afirmar que ambos deveriam
ser julgados. Para estes religiosos pouco valia a justiça da Lei, tais
desejariam apreender Jesus numa cilada. Se Jesus dissesse para apedrejar a
mulher, estes diriam que Jesus não conhecia a Lei e que estava violando a lei
Romana da execução, todavia se Jesus dissesse para não apedrejar, tais diriam
que Jesus não cumprira a Lei. Tais homens cheios de ira no coração tentaram
contra Jesus, mas este conhecendo o coração deles começa a escrever no chão
(8:6b). Existem várias deduções concernentes ao que Jesus escrevinhava na
areia: poderia ser os dez mandamentos; o nome daqueles que tiveram relações com
aquela mulher; ou até mesmo o pecado de cada um. Isto fica em harmonia com o
que o Apostolo São Paulo ensinou em Romanos 8:27 “E aquele que examina os corações
sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos
santos”.
Os algozes desta mulher
não se deterão, e continuou a perguntar ao Mestre qual seria a pena? Mas, Jesus
Cristo os questiona para retirar de seus corações a pouca humanidade que os
restavam (Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse:
"Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra
nela" João 8:7); assim o Senhor emana a Lei e lança o desafio para
quem poderia ser a testemunha do sague daquela mulher perante a Deus
(Deuteronômio 17:7).
Aqueles culpados de
seus próprios delitos, com as pedras nas mãos; a pecadora humilhada ao lado de
Jesus Cristo; e Jesus o inculpável, o única que poderia a tirar a pedra,
permanece do lado da réu. Jesus continua a escrever a alma destes na areia
(João 8:8), então o inesperável aconteceu! Os acusadores daquela mulher se retiraram
cada um constrangidos pelos seus próprios pecados (João 8:9).
A mulher passa a ter a
segunda chance de sua vida, foi julgado inocente por falta de prova, pois não
havia ali acusadores inculpáveis. Cristo o único sem pecado (8:46) a perdoou
porque tomava os pecados dela sobre Si mesmo (Romanos 8:1-3). Todavia, Jesus a
liberta com o seu perdão, mas lhe imputa a responsabilidade de uma vida sem
pecado (Romanos 6. 1-14). Deus quer fazer o mesmo com você. Jesus quando
morreu; nós morremos com ele também, e quando ele ressuscitou; nós também
ressuscitamos com ele (Romanos 6:2-3). Hoje cristo quer que você venha ser um
novo homem, e que o velho homem fique crucificado na cruz (Romanos 6:6).
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