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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A Ressurreição de Jesus Cristo

Sermão pregado na A.D. Ministério Hagnos no dia 18/10/2015


Texto: Mateus 28:2-10

A morte de Jesus Cristo para os discípulos marcou a dor de ver os sonhos indo embora. A falta de esperança era tão grande que o medo tomou conta deles, e na prisão de Jesus Cristo se colocaram a distância para estarem seguros, e não serem aprisionados pelos opositores de Cristo (Marc. 14:50 Então todos o abandonaram e fugiram). Não há na Bíblia como os discípulos se comportaram mediante a crucificação de Jesus Cristo, mas São Lucas nos informa que este a assistiram a crucificação a distancia (Mas todos os que o conheciam, inclusive as mulheres que o haviam seguido desde a Galiléia, ficaram de longe, observando essas coisas. Lucas 23:49). Fica claro que a maioria dos seus discípulos não teve uma identificação com a sua crucificação, e isto fica ratificado quando o estrangeiro Simão de Cirene foi constrangido em carregar a cruz de Cristo, quando ele tombou com a cruz (Luc. 23:26). As escrituras apontam apenas para um discípulo que ficou ao lado de Cristo em sua paixão, a saber, São João (João 19:26). Nem o sepultamento de seu corpo foi preocupação de seus discípulos, e sim de um membro do Sinédrio (Marc. 15:43). Naquele momento ninguém queria ainda o destino de seu Senhor. Concernente ao túmulo vazio, nem foi os discípulos que o descobriu, e sim, as mulheres; estes estavam escondidos, com medo, em algum lugar (João 20:19). Cristo morreu e junto com ele as esperanças de seus discípulos. O Reino de Deus era para eles uma grande ilusão junto ao túmulo de Jesus Cristo (Luc. 24:21 e nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu). Quando e lido esta frase podemos então entender as palavras de São Paulo que diz: nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios 1 Coríntios 1:23. Por definição o Cristo era soberano e não um criminoso crucificado.
                Em poucos dias foi demonstrada uma mudança incrível na atitude dos discípulos. Em Atos é demonstrado de forma bem clara esta mudança: a) Eles passam a pregar que Jesus é  o verdadeiro Messias (Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Atos 2:36); b) Que apesar de ser um assassinato indesculpável, humanamente falando, Deus queria a morte de Cristo (A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos Atos 2:23); c) Atribuem com intrepidez que os judeus assassinaram a Cristo, e passam a declarar que Ele era o Príncipe da vida (E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. Atos 3:15); e d) proclamaram que toda a promessa anoso testamentária foi cumprida em Cristo (E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio. Atos 3:20,21).
                Podemos então nos perguntar: “Qual foi o motivo que proporcionou esta mudança?” A resposta é bem clara e objetiva. Foi a ressurreição de Jesus Cristo, São Paulo afirma que: 1Co 15.14 E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Jesus ao ressuscitará, ressuscitou a toda a esperança morta destes homens e mulheres. Jesus Cristo em sua ressureição foi o dynamo a Fé verdadeira da sua igreja, haja vista que todos então ressuscitaram com Ele e, buscam coisas novas (Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Colossenses 3:1).
                O fato é que a ressurreição é o centro da pregação do evangelho. A primeira pregação da Igreja foi sobre a importância da ressurreição (At. 2:14-36). Nesta mensagem não houve quase apontamento sobre o caráter terreno de Jesus Cristo, mas sim que foi morto e ressuscitou ao terceiro dia (At. 2:24-32). A mensagem foi pautada na vitória de Cristo sobre a morte, e baseado nisso São Pedro convida a todos a se arrependerem e serem batizados no nome de Jesus Cristo (At. 2:38).

                A ressurreição de Jesus Cristo é a nossa vitória (Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos Romanos 6:8), pois quando Ele venceu a morte proporcionou a cada um de nós a vitória (1Co 15.53-58 Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor), e pelo testemunho de sua ressureição somos constantes até a sua vinda.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O Arrependimento do Malfeitor da Cruz

Sermão pregado na A.D.Hagnos no dia 04/10/2015


Texto: Lucas 23:39-43

Uma história singular nas Escrituras Sagradas que mostra um arrependimento nos últimos instantes da vida, o Malfeitor da Cruz, um homem que viu a sua salvação juntamente com a sua morte. Mas, poder-se-ia o homem se salvar no ultimo instante? O homem arrependido no último instante herdaria a salvação? Quais as palavras que tocaram o coração de Jesus Cristo?

                A crucificação de Jesus é o relato mais cruento da humanidade, não pela atrocidade em si, mas, pela injustiça derramada sobre ele. Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito (1 Pedro 3:18). Cristo se deu por cada um dos pecadores eleitos na face da Terra de todas as Eras, logo em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados (1 Coríntios 15:22). Aquele homem na Cruz era a salvação de todos os tipos de pessoas (Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. Gálatas 3:28; Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos. Colossenses 3:11). O nosso Senhor veio salvar o que havia perdido, ou seja, os que vivem na prática dos pecados, e “não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu (Jesus) não vim para chamar justos, mas pecadores" (Marcos 2:17). Quem seria mais doente do que um homem no fim de sua vida, donde o filme de sua vida só o condenava?

                Todavia, seria de bom tom dizer que este homem alcançou verdadeiramente o arrependimento, haja vista, que ele não teve tempo de demonstrá-lo? Antes de responder tal pergunta podemos remeter o nosso pensamento no que seria o arrependimento para a vida. Primeiro que o arrependimento é uma graça evangélica (Luc. 24:47 e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém). A dor provocada pelo o arrependimento é pelo reconhecimento de sua natureza pecaminosa e sentimento de ser um pecador, e isto junto com uma consternação de ver que o seu pecado é totalmente contrário à natureza de Deus, tendo ódio da sua vida de pecado; como ocorreu com o malfeitor da Cruz (Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal". Lucas 23:40,41). Abrangendo a misericórdia divina despontada em Cristo aos reconhecidos pecadores, o pecador por meio do arrependimento, de tal caráter sente e amofina os seus pecados, que, deixando-os, se volta para Deus, planejando e buscando andar com ele em todos os caminhos dos seus mandamentos (Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte! Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 6:21-23). As criaturas não devem se satisfazer com um arrependimento genérico, mas é dever de todos procurar arrepender-se particularmente de cada um dos seus pecados (a mim que anteriormente fui blasfemo, perseguidor e insolente; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha incredulidade; contudo, a graça de nosso Senhor transbordou sobre mim, juntamente com a fé e o amor que estão em Cristo Jesus. Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. 1 Timóteo 1:13-15). Segundo a Confissão de Westminster Capítulo XV sessão IV diz:

Como todo o homem é obrigado a fazer a Deus confissão particular das suas faltas, pedindo-lhe o perdão delas, fazendo o que, achará misericórdia, se deixar os seus pecados, assim também aquele que escandaliza a seu irmão ou a Igreja de Cristo, deve estar pronto, por uma confissão particular ou pública do seu pecado e do pesar que por ele sente, a declarar o seu arrependimento aos que estão ofendidos; isto feito, estes devem reconciliar-se com ele e recebê-lo em amor.

                Aquele homem na Cruz tocou o coração de Jesus Cristo, não porque seu compadeceu dEle, mas, sim porque reconheceu que Ele era o Cristo Filho de Deus (Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. Mateus 16:16,17), e confessou que este estava em carne para o salvar de seu destino merecido (pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus Romanos 3:23), e isto só poderia ser declarado pelo o Espirito Santo Deus (Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus. 1 João 4:2), destarte tal declaração apontaria para uma nova criação (Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 2 Coríntios 5:17), que só seria possível pelo novo nascimento (Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". João 3:3) que é direcionado aos que si tornaram filhos de Deus (Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. João 1:12,13). Como os trabalhadores da vinha (Mateus 20:1-16), este homem não teve tempo de trabalhar como os outros, mas a salvação é um ato de Deus para o homem e não do homem para Deus (Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Efésios 1:5,6). Assim o Irmão da Cruz alcançou a graça proveniente aos que Deus os Elegeu a serem conforme a imagem de seu Filho (Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29).

Glória a Deus que Salvou da Perdição eterna!!!